quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pra prevenir, basta criatividade

Meio que me indignei com umas notícias que o Ministério da Saúde lançou recentemente. O jeito que jogaram aos leões algumas estatísticas só serve pra atiçar ainda mais os "Bolsonaros" da vida. Foi uma análise burra e fria de números pra justificar o novo enfoque de uma campanha de prevenção à AIDS, mais direcionada ao público jovem e gay.
Bueno, que merda.
Segue um vídeo bacana, que funcionaria muito melhor do que essas campanhas de cartaz e propaganda de intervalo de novela das 8...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Das poucas coisas boas na televisão brasileira...

Enquanto os alunos editam uma entrevista aqui do meu lado, navego a esmo, pra lá e pra cá, e me deparei com esta notíca. Muito interessante, pois Chaves foi - e ainda é - das pouquíssimas coisas boas veiculadas na tv brasileira.

Do UOL:

SBT resgata mais episódios desaparecidos de Chaves para 2012

Trunfo dos 30 anos do SBT, os episódios desaparecidos do "Chaves" são carta na manga da emissora para 2012 também.

O blog apurou que de 2003 a 2011 , 17 episódios da série que eram considerados perdidos pelo SBT voltaram ao ar. Em 2011, nove foram reencontrados e reexibidos pela emissora como parte das festividades dos 30 anos.(...)

Atualmente, há um esforço no SBT, entre técnicos de áudio e som, para tentar recuperar mais episódios de "Chaves" que tiveram suas fitas danificadas. A ordem é tentar salvar tudo, mesmo que com qualidade questionável. A conta dos fãs da série é que há, atualmente, cerca de 50 episódios desaparecidos na emissora.

Entre eles estão: "Chiquinha volta da casa das tias, versão 2", "Dar leite para os gatos que nasceram no restaurantes, parte 3", " O cachorrinho do Kiko, versão 2" " As carambolas, versão 1", "Os mosqueteiros/As pessoas boas devem amar seus inimigos" e "Seu Madroga, o primo do Seu Madruga".

- link da ítegra, aqui

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Você sente isso?


Ali, onde o sangue derramou, misturou com o suor do trabalho escravo e banhou as raízes de uma árvore sagrada, você se enconsta.
Ali, onde ainda retumba ao longe o som do grande tambor, como que um coração que insiste em bater.
Ali, onde está tudo enterrado, mas livre, onde a energia flui pelas seivas, nos seixos ao chão, ali onde o choro se fez canto, ali onde a dor hoje é vida.
Você sente isso tudo?

*foto de uma figueira, tirada na Charqueada São João, em Pelotas, novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pão e Circo Tricolor

Gladiador, arena... Odone é o Nero do Grêmio.
Vergonha total.

DO UOL: Presidente do Grêmio usa apresentação de Kleber como manobra populista
Marinho Saldanha

O presidente do Grêmio foi praticamente o protagonista na apresentação de Kleber. Pode parecer estranho, pois a atração era o novo jogador a vestir azul, branco e preto. Mas Paulo Odone apareceu em todos os momentos possíveis e criou uma estratégia para transformar a contratação do Gladiador em uma manobra populista para reconquistar a maioria dos torcedores.
Não era, como ainda não é estranho ouvir gritos de “fora Odone” a cada derrota do Grêmio no Olímpico. Cerca de cinco protestos já foram realizados contra o mandatário durante a temporada de insucessos do clube. Ciente que algo ruim poderia ocorrer na apresentação de Kleber, Odone se defendeu.
A estratégia do mandatário começou com a supervalorização de seu nome. O Grêmio já havia contratado o atacante há cerca de duas semanas, mas anúncios e formalidades só foram feitas por ele. Para enaltecer sua presença na negociação, mesmo que Paulo Pelaipe, Jorge Machado e Giuseppe Diouguardi tenham coordenado as tratativas, Odone usou o site do clube. “Paulo Odone vai apresentar Kleber” e “Odone apresenta Kleber” foram as manchetes das matérias antes e depois do evento ocorrido na tarde desta quarta-feira.
A chegada do jogador às obras da Arena, onde ocorreu a apresentação, também foi quase um comício. Na política, os candidatos se acotovelam para aparecer perto de quem é mais conhecido. No Grêmio foi o mandatário maior e o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, que se espremeram para aparecer em todas as fotos com o novo camisa 7.
Kleber conheceu a construção do estádio, ficou impressionado com o andamento, sorriu, brincou, e esteve durante todo o tempo entre Odone e Antonini. Na hora de agradecer lembrou de Pelaipe, o verdadeiro responsável pela contratação.
Mas nada disso faria a popularidade do mandatário aumentar como num passe de mágica. Mas sim alguns “privilégios”. No roteiro para apresentação do jogador constava a presença de torcedores da Geral do Grêmio, às 15h30, independente da chance de neste horário o número de 200 aficionados – máximo que o Espaço Torcedor receberia – já tivesse sido atingido. Mesmo que, antecipadamente, o clube tenha garantido que acompanhariam o evento aqueles que chegassem mais cedo. Mas o regulamento foi “burlado” para que os correligionários do presidente estivessem ali.
Coincidência ou não, foi Odone aparecer que pintou o grito: “Odone, querido, Geral está contigo”. O Gladiador foi usado como na Roma antiga. Na história os imperadores organizavam lutas para “distrair” o povo dos problemas mais graves pelos quais passava o império. No Grêmio, o novo jogador elevou o nome do mandatário, eleito Deputado Estadual na última eleição.
Como em eventos de promoção política, cercado de assessores, Odone foi mestre de cerimônia e discursou tal qual em um palanque. “Quero que o Kleber seja um símbolo do que o Grêmio quer: um time à altura deste estádio. A partir da Arena teremos uma nova fase. O Grêmio quer ser competitivo e vencer algo que não vence há 10 anos”, bradou. Após o entusiasmado repertório, recebeu aplausos, algo incomum em 2011.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Showzaço no Teatro de Arena

Neste dia 24 vamos estar pelos altos do viaduto da Borges, no Teatro de Arena, histórico espaço de resistência da cidade de Porto Alegre. Vai rolar o show de lançamento do novo disco de Richard Serraria. Estaremos participando com projeções em 3 músicas e filmando todo o show.
Segue o serviço.
Não perde, vai lá!

Show de lançamento do CD Pampa Esquema Novo
Ouça e baixe em http://richardserraria.blogspot.com/

Pampa Esquema Novo quer avançar nas intersecções da expressão negra gaúcha brasileira em diálogo com a negritude uruguaia do candombe e da murga, por exemplo e ainda na condição negra da milonga, parte do tango. A região portuária de Buenos Aires e o lunfardo, o tango portenho, tudo isso tem contribuição negra, o que de resto é constatação de boa música em todo o planeta já que a Mãe África permeou a música americana, a música caribenha e a música brasileira, talvez as 3 maiores escolas musicais fora da Europa.

Tudo isso através do objeto canção, misto de poesia e música, gênero que se solidificou ao longo do século XX como via de expressão significativa de questões existenciais contemporâneas.

Dia 24 de novembro, às 20h30 no Teatro de Arena
Entrada Franca



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Malabares

Uma bolinha sobe, a outra desce, a terceira está na mão.
Seus olhos a fitar um infinito movimento, de equilíbrio.
Lindos.

Nunca pensei que conseguiria jogar três bolinhas ao ar ao mesmo tempo.
E não é que rolou! E a sensação é interessante...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Eu preciso da Lua

Esses dias percebi.
Estava a olhar pra cima, no meio do nada - lindo.
Sempre tive a Lua em meu teto.
Morei muito mais tempo sem a opressão do concreto por sobre a minha cabeça.
Meu quarto era banhado toda a lua cheia, a janela ficava escancarada em noites abertas, deixando entrar toda aquela luz incrível, que hipnotizava.
Depois de determinada hora, depois que ela já havia escalado um bom pedaço do céu e, daí sim, os telhados do entorno não a permitiam mais me agraciar com sua beleza, eu ia lá para o outro lado da casa, sentar a esmo, simplesmente olhando pra cima.
E foi assim ano após ano, por uns 20 anos.
Então, esses dias percebi.
Olhando pra mim mesmo, percebi que faltava alguma coisa.
Não que eu não goste da minha casa, do lar que estou morando já há 3 anos, mas está faltando...
Eu preciso da Lua, muito!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AO OLÍMPICO MONUMENTAL

*escrito por um palmeirense que foi ao Olímpico, vindo de São Paulo, no jogo de domingo

Um dia, imagino eu, meus filhos vão querer saber que estádio era aquele que aparece nas imagens de antigamente como palco de grandes duelos entre Palmeiras e Grêmio. Quando eles tiverem, digamos, idade futebolística, o Grêmio será associado pelos mais jovens a mais uma dessas arenas modernas. Restarão do Olímpico fotos, vídeos e os nossos relatos, com a lembrança de quem viveu este que é sem dúvida um dos grandes estádios do futebol brasileiro.

Tantos foram os jogos históricos disputados no Olímpico Monumental que fica difícil acreditar que ele deixará de existir. Sofremos agora a ausência do nosso Palestra, mas ao menos sabemos que haverá um outro campo no mesmo lugar, o que acaba por preservar a noção de que é o mesmo estádio. Ao gremista, nem isso vai restar, uma vez que a tal arena será erguida em um local bem distante.

Se fui a Porto Alegre neste domingo, não foi apenas pelo dever de estar sempre ao lado do Palmeiras; foi também porque precisava me despedir do Olímpico. Precisava prestar minha última homenagem a uma das canchas mais importantes do futebol brasileiro.

O Palmeiras fez seu último jogo oficial no eterno Palestra Itália logo contra o Grêmio, este clube contra quem tivemos uma rivalidade sem igual nos anos 90. E foi, a passagem de quase duas décadas nos permite observar agora, uma rivalidade que serviu para engrandecer os dois clubes e a relação entre eles. Uma rivalidade forjada em grandes batalhas de Libertadores, de Copas do Brasil e de Brasileirões ainda dignos, com mata-mata em vez destes abjetos pontos corridos. Uma rivalidade forjada em ódio momentâneo, em brigas homéricas, em pressão vinda da arquibancada, em artimanhas de parte a parte, em declarações polêmicas, em gols, em expulsões que valeram mais do que muitos gols, em títulos, em classificações, em eliminações. Futebol e guerra são sinônimos, e Palmeiras e Grêmio entenderam e aplicaram isso dentro e fora de campo.

E Palestra Italia e Olímpico Monumental serão sempre lembrados como palcos destas batalhas épicas - e de outras tantas.

Tivemos na tarde de hoje mais uma grande jornada no Olímpico. Os vagabundos que foram a campo ao menos representaram a camisa alviverde. Deixando de lado este ano terrível que não quer terminar, foi uma tarde digna. Uma tarde de futebol, uma tarde de Olímpico Monumental, uma tarde de Grêmio x Palmeiras. E, já que não dá para saber como serão as coisas em 2012, foi importante para mim ao menos garantir uma despedida de um estádio que, sem dúvida, vai deixar saudades...

http://forzapalestra.blogspot.com/2011/11/o-ano-que-nao-quer-terminar.html

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Odone é o fim do Grêmio


Chega a ser "comovente" o esforço de Paulo Odone para acabar de vez com o Grêmio.
Não bastasse a série de desmandos e a operação de terminação do clube enquanto agremiação, que é o que ocorre em todo este processo da arena, o mandatário Tricolor quer afundar o que resta do cnpj do clube em dívidas infindáveis pagando fortunas a obscuros jogadores.
Estamos, incrível, com a maior folha salarial da história - maior do que na época da ISL! E nosso time é risível.
Odone vai pagar tudo que for possível pra trazer o mediano Kleber, até porque um Ronaldinho 2 seria mais que o fim dessa figura já folclórica no clube - Odone seria expluso até do purgatório político que se encontra hoje, não conseguindo, acredito, nem mais se eleger síndico de condomínio...
E o time, hoje, é isso aí mesmo, refletindo no campo o descalabro de fora do mesmo.
O descompromisso é incrível, o futebol burocrático: entramos em campo, jogamos, recebemos no final do mês, fizemos o nosso trabalho.
Só sendo muito imbecil mesmo pra continuar torcendo - tipo eu assim...
Ano que vem, não vou a nenhum jogo no Olímpico - talvez no último.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Terra é de quem plantar...

Estou dando aula em duas oficinas no Ponto de Cultura Quilombo do Soapo.
Em uma delas, a TV Sopapo, tivemos a grande satisfação de entrevistar Pedro Munhóz, cancionista dos movimentos sociais, esquerdista puro, artista nato.
Gravamos para o primeiro programa, que será complementado em breve, tratando especialmente do momento que vive o bairro Cristal - momento triste, de appertheid social em andamento (clique aqui para ver a postagem no site do Quilombo do Sopapo).
Aqui embaixo uma palhinha...