segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Grêmio não precisa de zagueiros não

Essa grita geral que se ouve contra a montagem da zaga Tricolor só tem uma fonte: os vermelhirrosas da imprensa. Só pode ser.
Quando um WC ou um Cabral se manifestam demais contra algum setor do nosso time é porque há o medo de que a coisa se ajeite facilmente.
Pois, se não, vejamos.
Há uma noção geral na torcida Gremista de que nossa base precisa ser não só preservada, mas investida e melhor aproveitada.
Mesmo que as paixonites pelos nossos guris às vezes sejam insanas, como nos casos de Maylson e William Magrão, por exemplo, e os ódios também, como nos casos de Fernando e Adílson.
O fato é que é necesserário, antes de mais nada, política de futebol bem fundamentada para que se dê certo equilíbrio no funcionamento das promoções de jovens talentos e nas contratações de bons jogadores - mais experientes - que venham a se somar tanto no 11 titular como no grupo como um todo, podendo até mesmo agirem como tutores da gurizada.
No nosso caso, momentaneamente, se há um setor que não necessita de contratações é exatamente a zaga. Temos 3 excelentes prospectos que já provaram em campo serem dignos de confiança e já têm em sua breve carreira currículo ou de seleção de base ou de título importante.
Mário Fernandes, Neuton e Saimon são três jóias que precisam lapidação - uns mais urgentemente que outros - e isso só se consegue jogando.
Não dá para trazer um zagueiro de fora e barrar mais o crescimento de jogadores como estes. Será um erro de cálculo que pode colocar novamente jogadores Tricolores promissores fazendo carreira em outros clubes.
E Odone parece meio desesperado ultimamente - e isso preocupa muito.
Acho que nosso presidente deve ter tomado um toque de alguém e resolveu calar a boca e agir. No entanto, contratar por contratar nunca dá certo.
Talvez este medo de não se eleger mais nem pra síndico de prédio o faça inchar o grupo e exatamente acabar com as chances de se equilibrar veteranos, jogadores maduros e jovens.
Ou, por outro lado, sabendo ele que não dando certo a merda volta pro ventilador ainda mais fedorenta, isso faça com que finalmente o clube venha a constituir política de futebol - finalmente!
Mas, será?

Sobre o grupo, sigo, então, minhas opiniões.
No gol, excelente dupla com Victor e Marcelo Grohe. Qualquer guri que venha a se juntar com eles deve estar super feliz mesmo.
Na zaga, boa composição de jogadores. Rodolfo e Rafael Marques como jogadores mais velhos, experientes, Vílson, versátil e guerreiro, e os três guris, também versáteis. Dá pra montar uma bela dupla ou trio, dependendo do esquema tático a se constituir.
Nas laterais, com o retorno de Edílson, Gabriel permanecendo, a direita é outro setor que não precisa contratar. Já na esquerda, eu iria atrás de um titular.
Na volância, com Rochemback jogando o que joga, também com grande experiência, somando-se Gilberto Silva, e este se confirmando como boa contratação, há base para os jovens Adílson e Fernando crescerem.
Nas meias, chegando Marquinhos pra fazer sombra a Douglas, quem sabe ele não volta ao nível do segundo semestre do ano passado. Lúcio joga na meia também, acho que dá pra esquecer ele na lateral. Seria interessante, neste combo, começar a aparecer mais o Pessali, pois é outro talentoso guri que já mostrou ser bom de passe dentro de campo.
No ataque, chegando Miralles e contando-se com a saúde de André Lima, talvez seja apenas necessário se ir atrás de mais um jogador de área, um cabeceador, pra que não se fique apenas com um atacante com essas características no grupo.
No mais, acho que o Grêmio precisava ir atrás de outros lugares pra fazer jogar - ou fazer dinheiro - os jogadores William Magrão, Róberson, Wesley e Mithyuê. Além de devolver Escudero, a contratação mais sem noção e equivocada deste ano (empréstimo de um ano com compra fixada em 5 milhões de dólares), e Vinícius Pacheco a seus clubes de origem.
Pode parecer, hoje, burrice, mas eu manteria Diego Clementino no clube. Acho que é um atacante agudo que pode, sim, ser útil em alguns finais de partida que teremos. E ainda duvido de Lins, mas daria mais tempo de avaliação para ele, por ainda ser um jovem.

Dá-le!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O olhar do gato

Você vira e ele está lá, te olhando.
Você anda de um lado para outro e ele lá, te olhando.
O que será que ele vê?
Assim, tão singelo, mas tão profundo?

Foto: Têmis Nicolaidis
Modelo: Zion

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A caixa-preta da elite guasca foi aberta ontem...

As comoções na sociedade brazuca são interessantemente manipuladas pela Grobo e sua fiel escudeira aqui no sul, a RBS.
Morrem todos os dias pobres, meninos negros, gente trabalhadora, poceiros, enfim, quem mete o pé na jaca mesmo, que tá ali, na zona de exclusão da sociedade moderna ocidental judaico-cristã, onde a violência é realidade intensa e senta na mesa do bar.
Isso, para as redes que vendem o pensar dessa mesma sociedade, é coisa normal.
Quer dizer, neguinho morre à bala na favela, se não tem polícia envolvida, vale nota pelada no jornal e denominação de bandido, traficante, essas coisas que justificam sua morte.
Agora, se a cidade baixa entra na alta, mata ou morre no confronto das classes, a comoção é geral. Tem família de vítima chorando na telinha, especialista de tudo quanto é lado dando pitaca pra dizer que ou tem que cercar uma praça, ou aumentar a polícia na favela, ou mandar a vila pro espaço que a copa vem aí e não dá pra correr risco. Tem-se o direito até a voz grave de apresentadores almofadinhas dos melhores jornais da nossa telecegueira.
Bueno, mas e quando a coisa toda acontece dentro da intocável high society?
Ao invés de estudiosos dissecando causas e consequências vemos pontos de interrogações para todos os lados: "Mas como?!".
Claro, porque filhinho de papai, dono de grande empresa não estupra, empresários não matam suas mulheres e queimam seus corpos, não se envolvem em tráfico de drogas...
Ãin...opa! Peralá.
Ontem, no pior momento da televisão guasca, o tal de periódico que tem almoço no nome, a apresentadora aquela, que estranhamente tem a cor da sua pele laranja, filha de alguém com história dentro da empresa que ela trabalha, mulher de ex-funcionário da mesma casa, um tiozão considerado rei em cidade dalém-mar, quer dizer, gente rica, muito rica, entrevistava uma mulher numa cadeira de rodas. Loira, bonita, contando sua história de vida, não sei se sofrida, com um figurão que a única coisa que fez na vida, pelo que entendi da fala da moça, foi ter nascido em uma família de sobrenome Chaves Barcellos. Dizia ela que estava separada há um tempo do cidadão, mas que ainda morava na mesma casa. Entre uma engasgada e outra da lembrança daquela segunda-feira passada, quando ele matou a facadas o seu agora namorado, ela citava que já era difícil lidar com ele há tempos, com sua dependência química...
Bingo!
Taê, dona apresentadora, seja jornalista uma vez na vida! Vamos lá, deixe o teleprompter de lado, veja que a mulher aí na sua frente deixou a bola picando. Mas que mal era aquele que assolou a família dela por tanto tempo? Será que, talvez, explicasse o comportamento errático do assassino - já que, quando se é com pobre, sempre se justifica que o cara tava chapado de crack ou coisa assim para matar ou assaltar alguém...
E ela não perguntou nada.
A mulher continuou e, ao final, tascou o nome da substância. Aquela que estranhamente a gente nunca vê noticiada com tamanho destaque, tanto de apreensões como de justificativa para acidentes de carro, assassinatos ou roubos: COCAÍNA.
Rico cheira cocaína.
Cheira em festas da high society, servida em bandejas como "vulcões".
Ponto.
E não teve matéria especial sobre o assunto.
Não teve infográfico.
Não teve entrevista com especialista.
Não teve foto de casa, local de trabalho, não teve teia tecida de relações.
Nada!
Não se acha nada nas capas desses grandes veículos que destaque o crime.
Foi-se, passou.
E tudo é céu azul de novo nas casas do high society, a empregada desempoeira a sala, molha as plantas...
Porque essa turma... Essa turma gente boa, cidadãos de bem, eles que sofrem as mazelas da sociedade. Que pagam impostos absurdos pra encher o tanque das suas vigorosas caminhonetes...
Eles nunca geram nada.
Nada.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bolão do Brasileirão

Vai começar o Brasileirão!
Tricolor capenga, mas dá pra se divertir...
Se inscreve lá!
www.bolao.almadageral.com.br

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Estou em trânsito, aqui, posto parte de um trabalho que estou desenvolvendo

Abaixo seguem dois trechos de entrevistas de um trabalho que estou fazendo para a Rede Juçara, neste, aborda-se a recuperação local que se consegue implementando-se o manejo da Palmeira Juçara em pequenas propriedades, neste caso, uma em Dom Pedro de Alcântara, Rio Grande do Sul, outra em Presidente Getúlio, Santa Catarina, ambas nas adjacências da Mata Atlântica.




Este material, juntamente com o que está sendo produzido neste mês de maio e princípios de junho, faz parte do que virá a ser a revista da Rede Juçara. Texto, fotos e imagens de Gustavo Türck (Coletivo Catarse).

domingo, 8 de maio de 2011

Pois então...

...venceu o banco.
Nitidamente os melhores jogadores estavam do outro lado.
Mas futebol não é isso, pelo menos não só isso.
Como havia sido o último GREnal, Renato mostrou que é treinador.
O outro... Bom, o outro, pelo que se fala do tal de ghost writer, nem colunista era.
Ganhamos algo?
Sim, um jogo, no estádio adversário.
O campeonato?
Não.
Se ganharmos o campeonato estamos bem?
DE JEITO NENHUM!!!
Dá-le!

É muita diferença de qualidade

Um pensamento que vem neste meio tempo de GREnal.
Mas como estamos mal de elenco, como é necessário urgentemente investir melhor nas categorias de base.
Por exemplo, Marcelo Grohe.
O Grêmio, como política, forma goleiros.
Que grande goleiro!
E o que mais? Quem mais?!
É muita diferença para com os jogadores do interzinho.
Agora, por que o empate? Por que as forças se igualam?
Bueno, neste meio tempo, e pelo GREnal anterior, no banco está o desequilíbrio que vem equilibrando as coisas.
É muita diferença de qualidade...

sábado, 7 de maio de 2011

Rádio comunitária é fechada no Rio

Do MonBlog:

Rádio Santa Marta é fechada e comunicadores populares são detidos

Na manhã desta terça-feira (3/5), a rádio comunitária Santa Marta, localizada na comunidade de mesmo nome, em Botafogo, zona Sul do Rio, foi fechada em uma ação da Polícia Federal e da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Os agentes lacraram todos os equipamentos e levaram o transmissor. Rapper Fiell (Emerson Claudio Nascimento) e Antonio Carlos Peixe, os diretores da emissora, foram levados pelos agentes para as dependências da Polícia Federal, na Praça Mauá, Rio. Parece ironia, mas a ação repressora que fechou a rádio comunitária do morro carioca ocorreu no Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, decretado pela ONU em 1993.(...)
- continue lendo, clique aqui

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Duas escalações para quarta

Vamos juntar a toalha, jogada pela direção há tempos, e tentar reverter aquilo que parece improvável!

4-4-2 (com uma linha de 4 defensiva e forte)
Marcelo Grohe
Mário Fernandes, Rodolfo, Rafael Marques e Neuton
Vílson, Adílson, Fernando e Douglas
Viçosa e Lins

3-5-2 (minha preferência)
Marcelo Grohe
Rodolfo, Rafael Marques e Neuton
Maylson, Vílson, Adílson, Douglas e Gílson
Viçosa e Lins

E o Leandro?
Quando deixar de ser guri, que vive se atirando, pode ser um jogador de muita valia ao clube.
Lançado muito cedo aos leões.
Agora segura...

O Paradigma de Arquimedes no futebol: a Cama de Gato

Quando era criança e assistia muita porcaria na TV, tinha um jogo que se fazia num desses programas em que uma loira seminua e sua trupe de lolitas apresentavam para pequenos seres humanos. Pois este jogo se chamava Cama de Gato e consistia num emaranhado de tiras de tecido com sinos pendurados, e o carinha tinha que passar por tudo sem balançar os sinos.
Bem interessante até.
Outra coisa que divertia a gurizada, bem singelo e lúdico, era fazer com as mãos algo parecido com este emaranhado. 4 mãos e um barbante comprido geravam uma infinidade de variações daquilo que também se chamava Cama de Gato.
Agora, o mais interessante é com relação a uma jogada no bate-bola que era clássica. A gente, com 6 ou 7 anos, já sabia o nome dela e que era falta: Cama de Gato.
Nunca entendi porque se chamava assim, mas sempre tive que era falta.
Acontecia quando o cara usava o corpo como alavanca contra o adversário, quase sempre quando este pulava, deslocando e derrubando o cara para ficar livre de sua marcação.
Incrível, mas em tudo que era pelada a gente marcava isso. Nunca tinha juiz, mas fosse no futebas da calçada, do parque, das pedrinhas do estacionamento, pênalti não se marcava, impedimento então, pffffff!
Mas Cama de Gato, sim.
Uma jogada tão clara que ninguém reclamava. Bastava um "opa!" e, como todo piá já sabia até o nome estranho daquilo, não precisava nem perder tempo explicando e era só seguir a pelada com a bola no chão. Nunca passava despercebida.
E o interessante é que isso tudo, essa cultura toda do futebol de rua estava errada.
Sim! Ontem aprendemos que é preciso quebrar o Paradigma de Arquimedes no futebol, que a Cama de Gato não é e nem nunca foi falta.
Que se comece, portanto, a divulgar isso em todos os rincões em que a bola ainda rola pra piazada não se enganar mais e os jogos ficarem mais corridos, com mais gols e com menos choradeira. Isso precisa ser intrínseco, como era anteriormente no caso de ser falta. As federações de futebol precisam destacar fiscais de peladas em escolas e nas ruas pra ajudar o gurizinho de 7 ou 8 anos que faz a Cama de Gato no coleguinha a explicar que Arquimedes era um filósofo de muito tempo atrás, muito inteligente, matemático, que estudou princípios que o levaram a dizer: "Dê-me uma alavanca e moverei o mundo!". Pois o cox é a alavanca e o adversário, o mundo - não é mais falta!