quarta-feira, 31 de março de 2010

Suíte Senzala

A realização deste documentário sobre o Tambor de Sopapo vem surpreendendo a quem está se envolvendo. Por um lado já imaginávamos - e nos propusemos a tal - que iríamos encontrar um sem número de histórias envolvendo a matriz negra da história do Rio Grande do Sul. Agora, para o que não estávamos preparados era encontrar e descobrir o que realmente estamos desvendando aos poucos. O Sopapo, instrumento lindo, mítico, carrega na sua genética não parte, mas a própria história do que aconteceu nesta região das Américas.
Pelotas hoje é uma cidade estagnada, com uma nuvem de energia latente que paira sobre as cabeças de quem vive ali, algo pulsante, vivo, obscuro. E o Sopapo vem tocando e registrando este caminhar há séculos, até parar e se esconder para retornar como parte do profano - do sagrado, do elemento espiritual que acompanhava os escravos, ao profano das festas de carnaval.
E Pelotas calou sua própria história.
Os negros não queriam contá-la, pois desejavam se esquecer e não perpetuar com lembranças período tão sombrio, por isso passaram apenas a bailar no toque do tambor, tão lindo, tão retumbante e ressoante, que se bate com as mãos tocando o couro do animal sacrificado para a consagração da carne.
Os brancos trataram de apagá-la pelos seus interesses de manutenção da ordem. Seu poder sobre os negros se mantinha, assim, intacto, mesmo sem a escravidão legalizada, sobre a nova ordem da escravidão social. Os brancos criaram seus heróis assassinos, um hino mentiroso e uma bandeira que se diz verde e amarela riscada pelo vermelho do sangue dos heróis farroupilhas, sem dizer que este sangue, este líquido sagrado derrubado a troco de nada nas terras gaúchas, é dos negros, dos escravos que encamparam a luta dos oligarcas das charqueadas pela sua própria liberdade, tendo sido traídos friamente pelas mãos daqueles que hoje dão nomes às ruas de todas as cidades do estado. Foram massacrados para que não voltassem à terra em onde trabalhavam para reinvindicar, enfim, seus direitos de homens livres.
Hoje, Pelotas purga e cala esta história.

Ouça mais uma música que será trilha do filme, na voz da cantora pelotense Giamarê, gravada em uma versão demo no estúdio da Casa Brasil Dunas (foto).









Discussão sobre pólo tecnológico da UFRGS causa ojeriza em professor que manifesta todo o seu ódio pelo debate

Legítima patrulha ideológica da direita.
Veja como ela se caracteriza com detalhes neste e-mail que recebi por tabela:

--------------------------------
Assunto: Sobre os anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia, anti-Patentes, anti-Empreendedorismo...

Prezados colegas do Centro de Nanotecnologia, do Centro de Biotecnologia e demais:

Tomo a liberdade para fazer algumas observações, que também foram constatadas por outros colegas, sobre as recorrentes críticas anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia , anti-Patentes, anti-Empreendedoris mo e agora esta celeuma em torno do Parque Tecnológico.

Quando vindas da opinião pública, estas críticas sempre devem merecer nossa consideração e respeito. Porém, o posicionamento crítico de alguns professores Universitários, colegas nossos da UFRGS, merecem uma análise mais aprofundada e atenção para o que realmente está por trás das aparências.

Ao se examinar com cuidado o discurso destes colegas que são contra quase tudo, percebe-se má fé na argüição e propósitos pouco nobres, quais sejam: instigam a histeria coletiva e se valem da demagogia política para agitar, atrair holofotes, para a autopromoção e para ganhar projeção política. Quase sempre pregando o que nem eles mesmos acreditam, mas para conquistar apoio entre os piores funcionários e os piores alunos - muitos destes últimos se matriculam em uma única disciplina por semestre só para poder fumar pelos matagais do campus, almoçar no RU e se beneficiar de outras regalias.

Mas tomem muito cuido com estes alunos, eles não são tão inofensivos como aparentam. Por conta da manipulação dos maus professores citados, eles são mobilizados e levados a um tal estado de excitação que podem fazer qualquer coisa.

É muito triste observar o malefício enorme que estes professores estão causando à nossa Universidade e para o desenvolvimento da Biotecnologia, da Nanotecnologia e de outras áreas. Entre outras coisas, estão jogando em descrédito o importante trabalho da crítica saudável, indispensável para o bom desenvolvimento destas áreas citadas, além de estarem solapando a imagem da nossa Universidade na mídia e na sociedade. Na iniciativa privada eles não conseguem espaço, somente na Universidade pública, onde muitos deles ainda ganham um salário de Professor Titular para fazer este desserviço.

Resumindo: alguns poucos professores com posicionamento anti-Tudo o fazem como um honesto exercício crítico para contribuir com estas áreas do conhecimento; alguns outros talvez por incompetência (deles ou minha !?); mas a maioria dos colegas professores anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia, anti-Patentes, anti-Empreendedorismo, ... fazem-no por pura má fé, péssimo hábito, interesses baixos ou por uma combinação destes.

Peço desculpas por fazer uma reclamação tão contundente. Mas espero que ela sirva para refletirmos sobre a seguinte indagação: qual ou quais mecanismos institucionais poderiam coibir estes excessos? Ou melhor, como podemos inibir a usurpação política do espaço público? Deixo a pergunta no ar.

Aproveito a oportunidade para externar o reconhecimento aos palestrantes Raquel Mauler (Secretária de Desenvolvimento Tecnológico), Flávio Wagner (Diretor do Instituto de Informática) e Carlos Eduardo Pereira (Vice-Diretor da Escola de Engenharia) pela enorme paciência e competência demonstrados na 1a Audiência Pública sobre o Parque Tecnológico da UFRGS, realizada no dia 23 de março passado.

Atenciosamente,
Tarso Kist.
Chefe do Departamento de Biofísica
------------------------------------

Reserve-se, enfim, o direito de opinião deste cidadão, com certeza, mas, que este também reserve o direito de resposta e análise do que ele questiona.
Como assim inibir a usurpação política do espaço público? Quem deveria estar pregando o direito à heterogeneidade de posições parece, dessa forma, defender a hegemonia de um conceito sobre todos os demais, alijando o espaço público do debate de idéias e solicitando um amém coletivo para o ideal dos iluminados que propõem aquilo que ele está defendendo (afinal, no seu texto nem dá para entender seu posicionamente, tamanho é o seu esforço de digressão e desqualificação do discurso alheio, práticas, também, características dos grupos fundamentalistas da direita que não desejam discutir suas idéias, mas, sim, a todo custo e a qualquer preço a sua aceitação irrestrita).
Triste...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Agrofundamentalistas mamam demais nas tetas do governo

Carter: exagerar o poder do MST é um preconceito de classe

Em dezembro de 2009, Miguel Carter concluiu o trabalho de organizar o livro "Combatendo a Desigualdade Social – O MST e a Reforma Agrária no Brasil". É um lançamento da Editora UNESP, que reúne colaborações de especialistas sobre a questão agrária e o papel do MST pela luta pela Reforma Agrária no Brasil. Confira a entrevista de um especialista que jamais será consultado pela direita midiática (Globo, PRBS, Band, etc.). Por Paulo Henrique Amorim:

PHAProfessor Miguel, o senhor é professor de onde?
MC – Eu sou professor da American University, em Washington D.C..

PHAHá quanto tempo o senhor estuda o problema agrário no Brasil e o MST?
MC - Quase duas décadas já. Comecei com as primeiras pesquisas no ano de 91.(...)

PHAO senhor sabe muito bem que a grande imprensa brasileira – que no nosso site nós chamamos esse pessoal de PIG (Partido da Imprensa Golpista) - a propósito da grande marcha do MST, a imprensa ficou muito preocupada como foi financiada a marcha. O senhor sabe que agora está em curso uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista, que reúne o Senado e a Câmara, para discutir, entre outras coisas, a fonte de financiamento do MST. Como o senhor trata essa questão? De onde vem o dinheiro do MST?
MC - Tem um capítulo 9 de minha autoria feito em conjunto com o Horácio Marques de Carvalho que tem um segmento que trata de mostrar o amplo leque de apoio que o MST tem, inclusive e apoio financeiro.

PHAO capítulo se chama “Luta na terra, o MST e os assentamentos” - é esse?
MC – Exatamente. Há uma parte onde eu considero sete recursos internos que o MST desenvolveu para fortalecer sua atuação, nesse processo de fazer a luta na terra, de fortalecer as suas comunidades, seus assentamentos. E aí tem alguns detalhes, alguns números interessantes. Porque eu apresento dados do volume de recursos que são repassados para entidades parceiras por parte do Governo Federal. Eu sublinho no rodapé dessa mesma página o fato de que as principais entidades ruralistas do Brasil têm recebido 25 vezes mais subsídios do Governo Federal (do que o MST). E o curioso de tudo isso é que só fiscalizado como pobre recebe recurso público. Mas, sobre os ricos, que recebem um volume de recursos 25 vezes maior que o dos pobres, (sobre isso) ninguém faz nenhuma pergunta, ninguém fiscaliza nada. Parece que ninguém tem interesse nisso. E aí o Governo Federal subsidia advogados, secretárias, férias, todo tipo de atividade dos ruralistas. Então chama a atenção que propriedade agrária no Brasil, ainda que modernizada e renovada, continua ter laços fortes com o poder e recebe grande fatia de recursos públicos. Isso são dados do próprio Ministério da Agricultura, mencionados também nesse capítulo. Ainda no Governo Lula, a agricultura empresarial recebeu sete vezes mais recursos públicos do que a agricultura familiar. Sendo que a agricultura familiar emprega 80% ou mais dos trabalhadores rurais.(...)

- leia a íntegra no site da Catarse, clique aqui

Se o encarregado do caso Eliseu fosse o inspetor Renato Martins, a tese de execução prevaleceria desde o início

Sobre assassinato em churrascaria de Porto Alegre no domingo:
O inspetor Renato Martins, da Delegacia Volante da Polícia Civil, acredita na hipótese de execução, devido à forma como o crime aconteceu. "Pelas informações que recebemos, não houve anúncio de assalto."

Leia a notícia no Correio do Povo (clique aqui) que fala da morte de um rapaz em frente a sua família. Note nuances que são muito semelhantes ao caso Eliseu, mas a conclusão é completamente diferente.

Deu, né? Silas, larga do William....

Ok, voto de confiança a Silas!
Está dado.
Agora, chega do William.
Quem assiste aos jogos do Grêmio, mesmo o mais dos pacientes, já não aguenta mais a ineficiência do centroavante.
Está na hora de algum graúdo lá de dentro do clube tocar o ombro do Silas e dizer: "Ok, velhinho. Já entendemos que tu confias no William, mas não dá mais. Coloca o Bérgson que é da casa e precisa ser valorizado".
Pronto! Facinho, facinho.
William nem é do Grêmio...

ps: excelente partida de Mithyuê - o garoto tem futuro.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Finalmente um camisa 10!

Há tempos tenho observado um jogador da Inter de Milão e me impressionado.
É Sneijder, um holandês de toques e enfiadas de bola precisos, procurando sempre o chamado "ponto futuro". Um jogador diferenciado que faz, hoje, da Inter o grande time a ser batido na Liga dos Campeões da Europa.
Pois não é que, pra graça dos torcedores do Grêmio, temos um jogador assim por aqui?
Depois de Assis, nunca mais havia presenciado desfilando com o manto Tricolor um camisa 10 tão legítimo como é Douglas. Lançamentos, dribles, toques de primeira e enfiadas no vazio o fazem uma excelente peça para se montar um meio de campo criativo - é quase como Sneijder, guardadas as devidas proporções, claro.
Lembro de observá-lo no São Caetano e já desejar a sua contratação. Infelizmente, foi para o corinthians, mas, neste 2010, é mais uma das acertadas contratações do Departamento de Futebol do clube.
Nessa eu tenho que dar o braço a torcer para o Meira...
Grande Douglas!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Resumindo o Projeto Arena

Segundo li e ouvi nos resumos do que foi explanado sobre o Projeto Arena hoje pela manhã, as relações - de maneira bem simples - seriam mais ou menos estas:

Arena custa 400 milhões.
OAS banca inicialmente 55% deste valor (220 milhões).
O restante será financiado pelo Grêmio em 7 anos (180 milhões).
OAS recebe área do Olímpico e compra área do entorno de onde será construído o novo estádio (cerca de 28 hectares) para construir o que desejar - com os lucros destes empreendimentos sendo 100% da empresa.
Grêmio será dono apenas do terreno onde se levanta o estádio, tendo que "alugar" a arena por 20 anos por valores definidos em contrato (por exemplo, os sócios que vierem a receber descontos ou que entrarem de graça nos jogos deverão ter seus acessos subsidiados pelo Grêmio para a OAS - literalmente o Tricolor vai pagar os ingressos). Somente depois desse período é que o clube terá propriedade sobre o estádio - e tão somente sobre o estádio - e seus dividendos.

Num raciocínio simplório - correndo-se o risco de ser tachado de perigoso e manipulador - daria pra se observar o seguinte:
O Grêmio vende o seu patrimônio "área do Olímpico" para a OAS por 220 milhões de reais - em permuta, pela construção da arena - mais um terreno no Humaitá de cerca de 5 hectares (somente a área onde se levantará o estádio).
Depois, pagará em financiamento 180 milhões pela construção de um novo estádio para a OAS.
Esta concederá por 20 anos o uso do estádio ao Grêmio por preços definidos em contrato (um consórcio de 20 anos?) até que, findado esse período, passa-se a posse da arena ao Grêmio.
No final, abre-se mão de um estádio (o Olímpico), juntamente com as demais construções, e o terreno de 9 hectares em um bairro central e nobre da cidade (Azenha), e adquire-se uma dívida de 180 milhões por um terreno de 5 hectares no Humaitá mais um consórcio de um estádio por 20 anos.
Valor da arena para o Grêmio = área do Olímpico + 180 milhões + consórcio.
Se o valor desse consórcio a ser pago com as rendas e outros faturamentos da arena pelos 20 anos for de 220 milhões, então significa que a OAS vai levar de graça o terreno da Azenha, pois os 400 milhões a serem gastos com toda a construção da arena teriam sido pagos pelo financiamento mais o consórcio.
No final, teríamos um balanço assim:

Antes
- OAS: nada
- Grêmio: Olímpico e área da Azenha

Depois
- OAS: área do Olímpico, 180 milhões, área do Humaitá, consórcio
- Grêmio: terreno da arena

20 anos depois
- OAS: prédios e empreendimentos comerciais em área nobre na Azenha, shoppings, hotéis e centro empresarial no Humaitá no entorno da arena
- Grêmio: arena

É isso?
Vale mesmo a pena?

Há boas perguntas e respostas e comentários nos seguintes links (o melhor FAQ sobre a arena que encontrei):
- Perguntas e resposta sobre a arena 1
- Perguntas e resposta sobre a arena 2
- Perguntas e resposta sobre a arena 3
- Perguntas e resposta sobre a arena 4
- Perguntas e resposta sobre a arena 5
- Perguntas e resposta sobre a arena 6

quinta-feira, 18 de março de 2010

Enquanto isso, na Cidade Baixa, lugar de diversão onde vão muitos bacanas da cidade...

Esses dias passei pela Cidade Baixa pra tomar uma cervejinha.
Numa caminhada pelos "centrinhos" da noite classemediana, algo saltou aos olhos: havia uma quantidade absurda de brigadianos, dois por cruzamento.
Bom?
Ruim?
Necessário tanto assim?
Só sei que tem lugares na cidade que simplesmente não têm policiamento.
"Coincidentemente", são lugares onde quem mora?

- Homem é assaltado duas vezes em 10 minutos na zona norte da Capital e presencia terceiro assalto na seqüência

terça-feira, 16 de março de 2010

Duda = Odone: Grêmio segue firme rumo ao fundo do poço

Sou, sim, fatalista.
Mas basta observar meticulosamente os indícios do que acontece nos últimos anos (desde 2000) pra se sentir desse jeito.
ISL, Guerreiro, cheques, compra do Paulo Nunes, dívidas com jogadores, Obino, arena da OAS, Meira, marketing -1000, camisetas podres...
Somem-se a estes fatos "eixo" diversos outros em uma linha do tempo que venha até 2010 e duvido que alguém não preveja um futuro obscuro, nebuloso, ao Tricolor.
Há um grupo de pessoas que literalmente manda no clube - os nomes não são tão difíceis de se saber.
É gente que se reveza gestão após gestão, em combinações diferentes, mas que praticamente não muda nunca.
Aqueles "novos", que ousam destacarem-se em suas funções, logo são vitimados pela degola conservacionista da fogueira de vaidades tricolor.
Está chegando a hora da torcida dizer um "CHEGA!" de verdade.
Está na hora de rolar manifestações mais fortes e presenciais.
E não adianta usar os meios "oficiais" do clube, até porque esse pessoal faz o que quer, rasga, pisa, gospe no estatuto e nada acontece.
É preciso começar a se pensar num movimento de refundação do Grêmio.
E agora!
Sob pena de, daqui a 20 anos, estarmos todos perplexos, sentados em alguma mesa de bar no entorno de um shopping na Azenha, rememorando os tempos de Olímpico Monumental e pensando em refundar um clube extinto pelas traquinagens de pessoas, então, já falecidas e que deixaram de herança um buraco em nossos corações...
Triste, muito triste.

- Gremista, leia tudo neste link, vá até o final dos comentários, importantíssimo: http://sempreimortal.wordpress.com/2010/03/15/conselho-deliberativo-3/#comments

sexta-feira, 12 de março de 2010

A nova camiseta do Grêmio é simplesmente horrível!!!

Fora Puma!!!
Deu, chega!
Que departamento de marketing nós temos...
A nova camiseta conseguiu ser pior que a do pato donald do ano passado!
Incrível.
Já tinha achado horrível quando vi no estádio, no último jogo. Mas, hoje, bem de perto...
Nossa! Não é a camiseta do Grêmio.
Pelamordedeus, o manto sagrado mais lindo virou este pano brabo, que te faz estranhar e pensar estar vendo a camiseta de um time do Japão, ou da Argentina, ou o Porto de Caruaru, que se baseiam no Tricolor...
Triste!
Não pensei duas vezes, fui lá e comprei duas camisetas da Libertadores do ano passado na hora! 80 pilas cada, a tricolor e a branca com as listras horizontais - lindas!
Taê uma boa, uma espécie de marketing invertido, colocar essa merda dessa camiseta nova do lado das antigas, encalhadas. Até a do Quico fica parecendo bonita...

"Nós queremos morar onde sempre moramos"


Centenas de moradores das vilas Gaúcha, Figueira, Padre Cacique, Ecológica e União Santa Tereza foram pra rua ontem pela manhã, manifestar contra o projeto do governo do estado que quer despejá-los de casa. Todas essas comunidades serão prejudicadas pela venda da área da FASE (Fundação de Atendimento Sócio-Educativo), na avenida Padre Cacique, em Porto Alegre.

- leia a matéria de Jefferson Pinheiro no site da Catarse, clique aqui

quarta-feira, 10 de março de 2010

Projeto sobre o Tambor de Sopapo: filmagens de longa-metragem estão a pleno

A Catarse é simplemente sensacional. Preciso dizer isso.
Muito cedo estou conseguindo conquistar a plenitude naquilo que imaginho ser o meu caminho profissional. Bendita a hora que encontrei as pessoas que encontrei e que decidimos seguir tocando este barquinho contra a corrente.
Hoje, 5 anos depois, com a Catarse bem mais estruturada, nos meus 30 anos, vou conseguir realizar já um sonho: dirigir um longa-metragem.
Sim! Demais.
E este é parte integrante de um projeto que vai procurar trazer à tona um pouquinho de uma história insistentemente apagada pelo positivismo branco que tomou conta dos relatos "históricos" do Rio Grande do Sul e tratou de apagar quaisquer traços da contribuição do negro na construção do estado.
Então, pra procurar derrubar um pouco deste mito do gaudério branquinho, base do ideal tradicionalista do 20 de setembro, a gente resolveu pegar o mote da existência de um tambor típico e surgido - a partir de derivações que respeitam a origem africana e a territorialidade local - na região das charqueadas pelas mãos dos escravos.
Estes negros... Estes, sim, responsáveis pelo crescimento e enriquecimento de Pelotas e Rio Grande em uma fase da história do RS.
De boca em boca, de pouco em pouco, seguindo o Tambor de Sopapo, vamos ver se conseguimos contar um pouquinho de uma história "diferente" daquela insistentemente repetida pela matriz branca e "oficial" do gaúcho.
Estamos a mil.
A partir de terça que vem, novamente em Pelotas e Rio Grande.
Acesse o blog do projeto, ali faremos o acompanhamento do que está rolando - clique aqui.

Seu Sid, grande carnavalesco de Rio Grande, muita história pra contar

Mestre Baptista, carnavalesco, griô e o luthier de Pelotas que fabrica o Sopapo

Dilermando, coordenador da ong Odara, músico percussionista e aprendiz de griô do Mestre Baptista

Dona Sirlei, carnavalesca e griô, patrimônio vivo do carnaval de pelotas, uma maluca beleza total!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Matéria da Catarse: Estudantes da UFRGS denunciam reitoria por projeto de Parque Tecnológico


Na tarde de ontem, quarta (03.3), os estudantes da UFRGS receberam o apoio da Via Campesina e de movimentos de trabalhadores da cidade para a mobilização que fazem contra a votação imediata do projeto Parque Tecnológico da universidade. O projeto está sendo tocado à revelia da discussão e participação dos alunos, professores e funcionários da UFRGS. O assunto interessa a toda sociedade, afinal, é do dinheiro público gerado pelo povo brasileiro que a universidade se mantém. E é justamente esse o nó da questão. Tal parque, do jeito que está sendo pensado, deve servir menos ao público (mesmo que a universidade seja pública) e mais ao interesse de empresas privadas.

Assista à reportagem produzida pelo Coletivo Catarse:



Segue relato do professor Brack sobre o que aconteceu ontem:

"Pela tarde, na UFRGS as mulheres foram inicialmente também barradas, com os portões sendo fechados, e depois foram recebidas no saguão da Reitoria pelo Reitor e Vice, enquanto lá fora a mobilização tava bem grande com tambores e muita gente.


O triste foi terem sido barrados no portão da Reitoria as campesinas, os estudantes, os funcionários e os professores, sendo possível, depois de muita confusão e empurra da segurança da UFRGS, a entrada no saguão de somente 20 pessoas, devidamente documentadas e identificadas.


Não houve uma sala para as pessoas sentarem e, de pé, o reitor e vice receberam o grupo as 15:30 h e escutaram vários pronunciamentos, por uns 40 minutos, com o pedido para maior discussão e não colocarem em votação no Consun nesta sexta-feira (5/3) o Parque Tecnológico da UFRGS (espaço amplo para receber empresas de tecnologia e inovação de qualquer coi$a, com propriedade intelectual - patentes- bem resguardadas a elas e a alguns ilustres professores e técnicos) pois desde agosto ele só circula em direções e não foi feita audiência para discussão sobre o papel do mesmo.


Parabéns às mulheres de Via que vieram na UFRGS questionar o papel desastroso deste Parque Tecnológico, que tem como premissa as "patentes" , a "competitividade" e o "lucro". Ficamos também envergonhados pela forma desumana e pouco honrosa que esta universidade recebeu o grupo de mulheres, estudantes, funcionários e professores. Recebeu no saguão,em pé. Fechou os portões às agricultoras. E ainda por cima, de forma deselegante, o reitor e vice falaram pouco e deram um ponto final na pequena audiência de saguão reafirmando que manterão o tema do Parque Tecnológico, na próxima reunião do Consun. Somente "perguntarão" ao conselho se este eventualmente muda de idéia e adia a votação.. Ficou patente a intenção de tocar adiante de uma vez o projeto, alegando que "já houve tempo suficiente para o debate".

Vamos lutar até o fim contra este processo atropelado que abre espaço de forma escancarada, por meio deste Parque, a mercantilização definitiva da universidade pública. Os pequenos parece que não têm vez mesmo nas universidades e os grandes tomam conta dos espaços públicos oferecendo dinheiro, recursos e muito prestígio para os "entes públicos do saber". Enquanto isso, os governos federal e estadual também incentivam estas PPPs que trazem um vínculo perverso com empresas que só visam seus lucros, sua acumulação ilimitada, detestam regras, e cabresteiam os pesquisadores por meio de vínculos mal cheirosos com empresas como a Monsanto (USP), a Aracruz, agora Fibria, (UFRGS), Votorantin (UFPEl), etc."

P. Brack

Fotos Coletivo Catarse:
1 - Aluna critica a falta de informações sobre o projeto
2 - Movimentos urbanos tocam e cantam em apoio à mobilização dos estudantes
3 - Depois da universidade ter fechado os portões do campus para as mulheres da Via Campesina, alunos conseguem abrir uma das entradas e recebem as trabalhadoras rurais
4 - Manifestação dos movimentos em frente à entrada da Reitoria, antes da reunião infrutífera com o reitor


NESTA SEXTA-FEIRA O PROJETO FOI RETIRADO DA PAUTA DA REUNIÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Hospital de Clínicas age rápido com 12 anos de atraso


Divulgamos a situação de Marcelo, relatada no site da Catarse e abaixo, para a ouvidoria do Hospital de Clínicas no dia primeiro de março. Ontem, por volta das 10h, recebemos ligação da Vera, em nome da ouvidoria, comunicando que o menino será atendido dia 09/03, terça que vem. Ela já havia ligado para Júlio, pai do garoto, para informá-lo.

O Clínicas age rapidamente com 12 anos de atraso. Espera-se que, agora, Marcelo consiga fazer a sua cirurgia para poder caminhar.

Confira abaixo a matéria de Jefferson Pinheiro e Thaís Fernandes.

Menino espera há 12 anos por cirurgia para andar

Marcelo Gonçalves dos Reis tem 14 anos. Desde os 02 de idade espera por uma cirurgia para tentar caminhar. A família, que mora na Vila Dique, em Porto Alegre, há 12 anos percorre os serviços públicos de saúde com a esperança de que o menino consiga fazer a intervenção cirúrgica. Sempre ouviu dos médicos que a fila é grande e não há outra coisa a fazer que não seja esperar. Enquanto o tempo passa, a possibilidade de Marcelo voltar a andar vai diminuindo, com a contração dos nervos das pernas.

Depois de mais de uma década lutando para ter seu direito constitucional atendido, de receber o tratamento adequado para sua reabilitação, em 2010 Marcelo finalmente teve a cirurgia agendada para o dia 18 de janeiro, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foi adiada. Remarcada para o dia 01 de fevereiro, depois de Marcelo ficar um dia inteiro esperando no próprio hospital, foi outra vez cancelada, sem nova data para acontecer.

Os pais do menino não perdem a esperança de que o filho ainda consiga fazer a cirurgia e se recuperar. Marcelo sonha com esse dia. Mas para isso, dependem de que o Sistema Único de Saúde (SUS) e seus funcionários resolvam cumprir com a parte que lhes cabe.

Assista ao vídeo produzido pelo Coletivo Catarse com Marcelo e sua família:

segunda-feira, 1 de março de 2010

Retranca sensacional garante taça no armário para o Tricolor

Em um evento de grande maestria, o nosso Grêmio comandado pelo grande Silas foi perfeito dentro das regras do futebol de resultado contra o grande Novo Hamburgo na tarde de ontem.
Fez o um a zero de maneira surpreendente - contra todas as previsões - e tratou de se defender o restante do jogo, com chutões pra frente, pra tentar algum tipo de contra-ataque, e trombadas pra parar os grandes meias do adversário.
Silas foi o maestro de uma orquéstra óbvia e nos trouxe o grande título de Campeões do 1º Turno do Campeonato Gaúcho!
Afinal, é assim que se deve jogar quando estamos enfrentando uma equipe infinitamente superior à nossa, que esbanja dinheiro em suas contratações - se deu ao luxo de deixar no banco o grande Rodrigo Mendes por todo o primeiro tempo - e que é treinado pelo Alex Fergusson dos pampas.
Claro, este é o tipo de comportamento que exigimos, nós torcedores do Tricolor, quando enfrentamos alguma equipe de maior capacidade que a nossa, que vem de um grande pólo industrial, uma mega-cidade, que nos coloca em sua região de influência, a Região Metropolitana de Novo Hamburgo.
Grande Silas!
Parabéns direção pela festa do título!
Se continuarmos assim, conseguiremos, enfim, passar das oitavas-de-final da Copa do Brasil e terminaremos em um honroso 12º lugar no Brasileirão.

Dá-le!

Funcionário do PRBS joga sujo e chama deliberadamente os gaúchos de burros

Trecho do RS Urgente:

Primeiro delegado a chegar ao local do crime, Alexandre Vieira (aquele que peitou Enio Bacci e conseguiu a demissão do Secretário de Segurança junto à governadora, sendo promovido depois) fez a frase que pode ser considerada como resumo dessa guinada: “Se o matador planejou, planejou mal”. Nesta terça-feira, o jornalista Humberto Trezzi repete essa tese em ZH, ao falar de “assassinos brancaleones”. Se foi uma execução, diz ele, “estamos diante do atentado praticado pelo maior grupo de trapalhões jamais reunido no submundo”.


Na ânsia de uma vez por todas de colocar panos quentes em mais uma ação orquestrada pelas máfias que comandam o RS, este cidadão Trezzi usa uma lógica absurda pra empurrar garganta abaixo dos ignorantes uma tese pra lá de furada.
Como assim "trapalhões"???
Mas de onde vem o raciocínio lógico dele?
O alvo em questão não morreu?
SIM!
Só com dois tiros?
SIM!
Houve mais alguém atingido?
NÃO!
Já pegaram os caras?
NÃO!
Então... Não precisa nem ir mais longe pra derrubar essa pantomima que o celetisda do partidão ideológico da direita gaudéria está procurando passar.
Joguete de palavras.
Nos subestimam mil...
Olha a cara do desavergonhado que adora atochar o MST também com a mesma sorte de embustes:
Gosta de nos tirar pra trouxas, né, senhor?


ps: lembram da frase de Lair Ferst para a ex-namorada do suicidado embaixador gaudério, Marcelo Cavalcanti, quando da sua vinda para depor na PF? "TOME CUIDADO NO RS QUE AQUI O PESSOAL É AMADOR"...