quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Parecer de comissão do Conselho do Grêmio é devastador nas entrelinhas, e aqui afirmamos: o fim do Grêmio enquanto clube está próximo!

Leia atentamente o parecer do Projeto Arena feita por comissão especial do Conselho Deliberativo do Grêmio. Preste atenção em entrelinhas, em amenizações de linguagem que travestem um futuro nebuloso.
Antes, saiba mais uma vez da nossa posição: somos contra o projeto Arena DO JEITO QUE ESTÁ.

- via Grêmio Sempre Imortal


CONSELHO DELIBERATIVO
COMISSÃO PARA ASSUNTOS RELATIVOS AO PATRIMÔNIO
PARECER A RESPEITO DO PROJETO ARENA


ÁREAS E SEUS VALORES

1 – A dimensão da área da Azenha é de 8,8 ha e da área de Humaitá que será propriedade do Grêmio de 4,9 ha, correspondente à projeção horizontal da Arena. A área total de Humaitá que está sendo adquirida pela OAS é de 32 ha, ficando, portanto, como propriedade da referida empresa, 27,1 ha no entorno do novo estádio.

Chama atenção o fato da área a ser recebida ser muito menor do que a atual do Grêmio.

Cumpre ressaltar que não está claro, nas informações recebidas do CA, se está incluída, como o mesmo não é propriedade do Grêmio, o Clube teria de fato uma fração ideal de tal área, em condomínio com a OAS.

Na Azenha o Clube possui um espaço sem edificações de 5,3 ha, embora nunca tenha tornado-o adequadamente rentável.

Chama atenção o fato de que o Grêmio não terá participação nenhuma no entorno da Arena.

Tampouco terá participação no que será construído na Azenha.

Essa Comissão entende que o Clube devera receber posses no entorno da Arena, as quais poderão no futuro propiciar expansão e/ou rendas, se geridas corretamente de forma profissional. Entende, ainda, que esta é uma oportunidade imperdível para o Grêmio obter rendas extras a partir dos investimentos que serão realizados na Azenha e em Humaitá, com as quais há muitos anos vem sonhando.

Chama atenção o fato de que nem no ‘shopping”, que será construído no corpo da Arena e que aparece nas maquetes eletrônicas apresentadas, o Grêmio não terá participação.

2 – Não foi feita uma avaliação formal da área da Azenha. Foram obtidas apenas manifestações informais das empresas Construtora Goldztein e Imobiliária Lopes Dirani. A partir de tais manifestações informais, o Conselho Administrativo passou a raciocinar com valores de R$ 700,00/m² e total de R$ 61.600.000,00. Para utilizar tal área para outra finalidade que não a atual, haverá o custo de demolição do Estádio Olímpico e retirada dos resíduos, avaliada pelo CA em R$ 8.000.000,00. Por tais raciocínios e informações o preço da área da Azenha ficaria em R$ 53.600.000,00. Essa Comissão entende que o Grêmio deve ter em mãos avaliações técnicas formais, de modo a subsidiar o Clube com segurança na negociação desenvolvida. Por outro lado, com a mudança do Regime Urbanístico, o valor da referida área aumentará consideravelmente. Como tal mudança está a cargo do Grêmio, que tem mais facilidade de aprová-la por ser uma entidade que representa mais da metade da população de Porto Alegre e carrega apelo emocional, a Comissão entende que o Clube deve ser resarcido de alguma forma por isso;

3 – O Grêmio não possui o valor de venda da área de Humaitá nem uma avaliação da mesma. Segundo informações do CA fornecidas em 2007, a área semelhante da Habitasul, localizada ao lado, teria um preço de venda de R$ 30.000.000,00. A título apenas de comentário, informamos que fontes Gremistas, que não sabemos identificar, disseram que tal valor seria o triplo de venda anterior ao Projeto Arena, constante de uma opção de compra não efetivada em mãos de terceiros, o que é compreensível tendo em vista a valorização que um projeto de porte da Arena do Grêmio gera. Uma opção de compra, realizada através de terceiros, poderia ter garantido o valor anterior, porém sabermos ser quase impossível manter tal assunto sob sigilo no Clube. Usando o valor de R$ 30.000.000,00 chega-se a um preço para o terreno que o Grêmio recebera em Humaitá de R$ 4.593.750,00, 8,5% do estimado para a área da Azenha. Chama atenção a enorme diferença entre os valores dos terrenos da Azenha e de Humaitá, atual e futura propriedade do Grêmio;

4 – A área total hoje ocupada no Olímpico de forma permanente como vestiários, alojamentos, administração, capela, ginástica, escoteiros, restaurante, bares de uso permanente, posto de abastecimento e outros, ou seja, toda a área que não é ocupada exclusivamente em dias de jogos como gramado, arquibancadas, cadeiras, sociais, bares de uso eventual, sanitários e outros, é de 8.500 m², segundo informações do Conselho Administrativo. A área total construída da Arena será 226.712 m² sendo 181.435 m² de áreas internas, 32.707 m² das arquibancadas e a área do campo com 12.570 m². A área da Arena a ser ocupada pelo Grêmio para os mesmos fins acima citados será de 8.513,80 m², praticamente igual a do Olímpico destinada para o mesmo fim (ver Quadro 1 adiante disposto);

5 – No Estádio Olímpico existem 744 vagas de estacionamento do Grêmio. No corpo da Arena estão previstas 2.235 vagas, sendo 314 do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e 1.921 da SPE, que renderão para o Clube 65% do faturamento e reverterão para o mesmo em 20 anos. Chama atenção a perda inicial e parcial de 430 vagas, o que entendemos deva ser revisto;

6 – O Estádio Olímpico tem aproximadamente 46.000 lugares. A Arena terá 53.000 lugares. Existe um apelo por parte de muitos torcedores e associados de que a Arena tenha uma capacidade superior ao de outro estádio de porte existente em Porto Alegre, localizado na Av. Padre Cacique. Recomendamos que o assunto seja reavaliado, de modo a atender os anseios da Comunidade Gremista;

ESTUDO DE ALTERNATIVAS

7 – Entre as alternativas estudadas, houve proposta apresentada pela Construtora Odebrech, que foi corretamente descartada pelo Conselho Administrativo por não satisfazer os interesses do Grêmio;

8 – Uma segunda proposta, apresentada pelo Consórcio TBZ – OAS, na qual a Arena seria construída na área hoje ocupada pelo Estádio Olímpico, foi descartada pelo Conselho Deliberativo porque previa a demolição deste antes da entrega da referida Arena, deixando o Clube sem um estádio adequado por longo tempo. Tal proposta envolveria, ainda, o inaceitável risco do Grêmio ficar com um estádio inacabado, como houvesse algum problema de insolvência dos responsáveis por sua construção;

9 – O Conselho Administrativo não analisou com profundidade o aproveitamento e reforma do Estádio Olímpico. Tal possibilidade foi descartada no Estudo de Pré-viabilidade elaborado pela AAA – Amsterdan Arena Advisory, em metade da página 38/129. A inexistência de tal análise, que no entender dessa Comissão deveria ter sido feita, se não pode ainda, impede o Grêmio, através de todas as suas instâncias, de avaliar tal alternativa e cotejá-la com as demais propostas apresentadas. A remodelação do Estádio Olímpico consta, inclusive, do Planejamento Estratégico em vigor;

PROJETOS ARQUITETÔNICO, DE ENGENHARIA E ACESSIBILIDADE

10 – Não existem ainda Projetos Finais de Engenharia e Arquitetura. O tempo disponível não permitiu que nos detivéssemos nos Planos Funcionais existentes. Entendemos que o Contrato deverá detalhar minuciosamente os acabamentos e especificações de serviços. Durante a construção o Grêmio deverá contar com equipe qualificada e especializada de acompanhamento e avaliação da sua qualidade, atuando durante o tempo necessário para assegurar ao Clube um bom resultado, cujos custos deverão estar previstos no negócio, com a definição de quem os assumirá. Durante a fase de operação deverão ser feitas avaliações periódicas das instalações, com base em metodologia adequada e índices de qualidade previamente estabelecidos;

11 – O Projeto deverá prever acesso facilitado para idosos e excepcionais, inclusive através de elevadores, respeitada a legislação existente sobre o assunto. Deverá prever a construção de espaço adequado à realização de cultos religiosos (Espaço Sagrado), que se adaptem pelo menos aos credos mais usuais;

12 – Hoje a área do Estádio Olímpico possui acessibilidade muito superior a de Humaitá. Considerando o relativo isolamento daquele Bairro, a saturação da BR-116 – Norte e os controles dos acessos à BR-116/BR-290 – Auto Estrada Porto Alegre – Osório, com elevado volume de tráfego neste segmento, para criar a acessibilidade desejada são necessários vultosos investimentos, públicos ou não. São necessárias a construção da BR-448 – Rodovia do Parque, com projeto em andamento, o prolongamento da Rua Voluntários da Pátria, hoje paralisada, e a construção do viaduto sobre a linha do Trensurb e acesso a Porto Alegre, componente da 4ª Perimetral, cujo projeto foi elaborado na década de 80. A implantação da BR-448 – Rodovia do Parque traz vantagens e prejuízos à Arena. As vantagens estão relacionadas com o alivio da BR-116 – Norte, facilitando o acesso dos torcedores que provém da região norte e nordeste do Estado. As desvantagens estão ligadas ao fato de que a mesma jogará na área da Arena um tráfego importante de passagem, inclusive pesado, que nada terá a ver com a mesma. Tais investimentos precisam estar assegurados, para o sucesso do empreendimento (ver Figuras 1 e 2 adiantes);

ASPECTOS OPERACIONAIS

13 – O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense sempre teve estádio próprio, construído e gerido com recursos próprios. A formação de uma parceria implica numa perda de autonomia do Clube, pelo longo período de 20 anos, no estádio que é indispensável para a prática do Futebol, seu objetivo altamente preponderante. O Clube passará a conviver com um “sócio” cujo objetivo principal não é o mesmo seu, e sim a auferição de lucros gerados por qualquer espetáculo. Essa Comissão entende que será mais interessante um modelo de negócio no qual o Grêmio mantenha o Estádio sob sua propriedade e controle;

14 – O uso do campo de jogo para outras finalidades é problemático. A sua qualidade é fundamental para a prática do futebol e as experiências ocorridas no Brasil sempre resultaram em danos aos gramados, com custos e prejuízos posteriores. A única Arena existente no Brasil, a do Atlético Paranaense, não sediou mais do que 5 (cinco) espetáculos de qualquer natureza, independente de eventuais danos ao campo de jogo. Cabe comentar que no modelo de estádio dito olímpico também podem ser feitos espetáculos, usando a área central. Tem a desvantagem de apresentar arquibancadas mais distantes, principalmente a superior, e a vantagem de possuir espaços nas laterais e atrás das goleiras para a colocação de palcos, sem a utilização do gramado;

15 – No projeto apresentado pelo Conselho Administrativo, a gestão da Arena ficará a cargo da OAS, através de uma SPE criada para tal fim, na qual o Grêmio terá assento em duas cadeiras de seu Conselho Administrativo. O controle de receitas e despesas deste tipo de empresa é complexa e tem grande influência nos resultados apresentados, gerando uma deficiência de garantias para o Clube. Por outro lado, como o Grêmio participa do Conselho de Administração com poderes de veto e de opinar na conceituação/definição da operação, isso determina uma responsabilidade administrativa solidária. Caso, futuramente, existam problemas na operação, esta formatação poderá por em risco a Arena, visto que, muito embora a OAS, responsabilize-se por sua blindagem (da Arena) em relação a credores, a “co-gestão” enseja que o Grêmio possa vir a ser chamado a lide em eventuais imbróglios;

16 – Considerando o disposto nos itens 13, 14 e 15 acima, sugestão dessa Comissão é de que as posições colocadas no item 15 sejam invertidas, passando a gestão da Arena ao Grêmio. O Clube tem mais de 100 anos de experiência em administração e operação de estádios de futebol, diferentemente da OAS, o que avaliza tal posição e lhe dá maior segurança. Por outro lado, a fiscalização por parte da OAS certamente será mais eficiente que a do Grêmio, com ganhos para ambos os Laos. O fato do Grêmio ficar com 65% dos resultados, também justifica nossa posição. O tipo de exploração formatada no modelo proposto pelo CA, faz que o Grêmio tenha todos os ônus de ser solidário na operação, sem exercer a sua execução, submetendo-se a ter os resultados em cima dos fluxos líquidos de caixa gerados e apresentados pela OAS, que ficará só com 35% dos mesmos;

ASPECTOS NEGOCIAIS

17 – Pelo disposto na Minuta do Contrato Grêmio x OAS apresentada, o Grêmio não será o titular da Arena ao final de sua construção, via sua escrituração. A Arena permanecerá como propriedade da SPE criada e controlada pela OAS até o fim da concessão, quando então reverterá ao Grêmio. Entendemos que isso representa riscos muito sérios, pois uma eventual dificuldade da própria empresa OAS poderá contaminar a SPE de sua propriedade. Entendemos necessária uma nova formatação que blinde o Grêmio em tal situação. Por outro lado, a formatação proposta impede o Clube de utilizar alguns expedientes como, por exemplo e dentre outros, o lançamento de ações para o negócio Arena, com isso abrindo mão de importantes fontes de captação de novos recursos;

18 – Está previsto na Minuta do Contrato Grêmio x OAS apresentada, que o Grêmio deverá entregar a área da Azenha totalmente desonerada quando da conclusão da Arena. Como garantia do cumprimento de tal compromisso, o Grêmio oferecerá os valores a serem recebidos pelo televisionamento de seus jogos. Considerando a importância de tais quotas de televisionamento para o Clube, parcela de extrema importância no conjunto de suas rendas, e as dificuldades até hoje encontradas para o pagamento das dívidas que geraram tais onerações, essa Comissão manifesta preocupação com tal compromisso e chama a atenção do Conselho Administrativo e dos Conselheiros para o assunto. Entendemos que deva ser encontrada outra forma para dar as garantias desejadas pela OAS;

19 – Sempre que o contrato de concessão resulta em bons resultados para a concessionária, a tendência é que ela se interesse e até provoque a sua prorrogação. Para tanto, a mesma se vale muitas vezes da falta de recursos do concedente para a realização de determinados e sonhados investimentos. No Grêmio que, por exemplo, sonha sempre em ter o melhor time do mundo, tais carências são comuns. Não encontramos no Contrato nenhuma cláusula que impeça ou, ao menos, dificulte tal prorrogação e entendemos que a mesma é necessária;

20 – O Projeto que nos foi fornecido não contempla a questão dos sócios patrimoniais, proprietários de cadeiras e outros. Entendemos que o Projeto deva apresentar um equacionamento de tal assunto, visto que hoje em dia as pessoas tendem a não abrir mão de seus direitos. Se o mesmo não for resolvido de forma adequada, o Grêmio poderá ser muito prejudicado, pois terá que garantir a parte da OAS em todos os ingressos que ocorrerem na Arena. Por outro lado, eventuais ações judiciais gerarão desgastes ao Clube;

21 – A formatação do modelo de contratação, transferência do terreno – fração do mesmo – mais o contrato de exploração por 20 anos, em permuta pelo Olímpico, ao final da construção da Arena, não blinda o Grêmio de riscos quanto à posse futura da superfície, visto o que está conceituada no item 15 acima, sem falar nos prováveis problemas de imagem que isso venha acarretar;

22 – O contrato apresentado pelo CA prevê que, em caso de problemas incontornáveis com a OAS, o Grêmio assume a gestão do negócio e fica obrigado a repassar para a mesma 35% do resultado. Entendemos que tal previsão não está correta, pois nesse caso a OAS deveria ser penalizada pelo não cumprimento do compromisso assumido;

CONSIDERAÇÕES FINAIS

23 – Estas foram as observações decorrentes do exame realizado no exíguo espaço de tempo que nos foi disponibilizado para analisar tão complexo Projeto. Sugerimos que se disponibilize maior prazo para exame do assunto, inclusive para todos os Conselheiros individualmente, para que cada um possa realizar suas próprias observações, ficando menos dependentes dos pareceres das Comissões. Entendemos, inclusive, que se for possível troca de informações entre tais Comissões, teremos uma visão mais completa do Projeto;

24 – Entendemos que o Projeto apresentado pelo Conselho Administrativo constitui um grande negócio imobiliário, formatado de uma maneira complicada. O mesmo poderá ser caracterizado como tal, ocorrendo uma formatação negocial mais simples, que dará maior segurança, em todos os sentidos ao nosso Grêmio. Poderá ser realizada, por exemplo, uma permuta Olímpico x Arena devidamente escriturada, com a geração de u contrato de locação ao explorador do novo Estádio, com todas as nuances de performance (exploração/administração) previamente acertadas, garantias das receitas a Grêmio definidas e sem nenhuma ingerência sua, a não ser aquelas pertinentes de um proprietário em relação ao desempenho do seu inquilino (modelo de shopping);

25 – Queremos deixar claro que não somos contrários a construção da Arena. Apesar do vínculo afetivo que todos nós temos com o Estádio Olímpico, fruto de trabalho sacrificado de Gremistas inquestionáveis e palco de tantas vitórias, achamos que tal construção será um passo positivo gigantesco do Grêmio. Entendemos, no entanto, e transmitimos esta posição ao nosso Conselho Deliberativo, que o Projeto apresentado necessita de mudanças, conforme descrito nos itens anteriores, sem as quais o Clube corre grandes e inaceitáveis riscos;

26 – Queremos finalmente ressaltar o trabalho incansável do Conselho Administrativo. Montar um Projeto deste porte exige um esforço e uma gama de conhecimentos enorme. Foram pessoas desta forma dedicadas que fizeram o Grêmio tão grande e haverão de torná-lo ainda maior. Queremos assegurar-lhes que a única razão que nos leva a fazer as objeções aqui contidas é comum a todos nos; o bem do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2008.

Conselheiros:
Felipe Herrmann – Presidente da Comissão
Newton Quites
Paulo Roberto Faria Ferrer
Ricardo Scavuzzo Machado
Roger Gonçalves Leal
Sergei Ignácio Assis Costa
Sérgio Sant’Anna Pegoraro

Deputados que assinaram CPI contra o MST receberam dinheiro da Cutrale

Quatro deputados federais que assinaram a CPMI receberam doações da empresa que monopoliza o mercado de laranja do Brasil e acumula denúncias na Justiça.
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/deputados-que-assinaram-cpi-contra-o-mst-receberam-dinheiro-da-cutrale
--
Agência Brasil de Fato

Almômetro: juizinho meia-boca arruma o Grêmio com expulsão de Rochemback

Mário Fernandes foi o destaque:

Victor 7,33
Mário Fernandes 7,83
Réver 7,33
Thiego 6,17
Lúcio 3
Adílson 7,50
Fábio Rochemback 0,67
Tcheco 6,67
Souza 7,50
Maxi López 6,67
Perea 3,67

Douglas Costa 7,67
Saimon 6,17
Maylson s/n

Autuori 5,50

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Carlos Eduardo convocado: vem grana para o Grêmio?

Era questão de tempo.
O garoto Carlos Eduardo cresceu muito no futebol europeu e é um dos destaques da sensação do futebol alemão, o Hoffenhein.
Joga como um legítimo meia-esquerda, não tão enfiado como quando atuava pelo Tricolor.
Agora, com as "experiências" de Dunga, vai vestir a amarelinha.
No contrato de transferência, havia cláusula de grana para o Grêmio caso ele fosse convocado?
Se sim, alguém sabe quanto?
Sei que há um grande percentual para o Grêmio caso ele seja vendido...
No entanto, ele andou renovando contrato com o clube alemão, será que isso não anularia todas as cláusulas em benefício nosso?
Seria uma pena.
Mas torcemos por ti, Cadu!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O que os leitores acham disso?

Estádios privados podem ter R$ 1,2 bi do BNDES para Copa

O ministro do Esporte, Orlando Silva, confirmou nesta terça-feira que os estádios do Morumbi (do São Paulo), Beira Rio (do Internacional) e Arena da Baixada (do Atlético-PR) terão direito a captarem juntos R$ 1,2 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para benfeitorias nos arredores, reformas e adaptações para a Copa do Mundo de 2014.

- siga lendo no Terra, clique aqui

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sobre o Grenal...

Pra não passar em branco, aqui vai uma troca de e-mails que fiz com meu camarada Hélio pela lista do Almômetro:

From: Guga Türck
To: almometro@googlegroups.com
Sent: Sunday, October 25, 2009 6:19 PM
Subject: Mais uma derrota...


Não pude assistir ao Grenal.
Mas ouvi o jogo inteiramente. E fiquei com algumas impressões que queria ver se os amigos com suas notas e observações as confirmam ou não.
Pelo que ouvi, se errou muitos passes, principalmente Rochemback. Este cara precisa entrar em forma antes de jogar seriamente, ou então é mandar pastar mesmo...
Lúcio também pareceu um bosta.
Como foi o Douglas?
E a arbitragem? Antes do jogo estava apreensivo, pois o Seneme é um fdp que sempre nos rouba. Pelo rádio fica difícil, porque é quase todo mundo colorado. O cara que comenta a arbitragem, por exemplo, mencionou um lance em que o Bolívar puxava a camiseta do Réver dentro da área (pênalti, certo?), seu comentário: "mas o Réver se projeta para a frente e não há o pênalti". Como assim???
Bom, o fato é que este ano está perdido desde o seu início, quando se manteve o Celso Roth. A partir daí, tudo foi conseqüência...

Abraços e seguiremos!
Guga



From: "Helio Sassen Paz"
To: "Guga Türck"
Sent: Sunday, October 25, 2009 7:03 PM
Subject: Re: Mais uma derrota...

Guga,

Fomos a um cheese perto do Olímpico, na Carlos Barbosa.

O T.A. teve uma única chance de gol - que foi um frangaço do Victor.

Douglas Costa estava jogando razoavelmente bem. Diria que o ídolo da
Geral, Tcheco, não teria feito melhor.

Perea não tinha chances. Não estava mal, mas estava muito bem marcado.

Rochemback e Lúcio são ex-jogadores em atividade. E custaram muito caro.

Adilson foi o melhor do Grêmio. Porém, como Rochemback insiste em
errar passes e em se mandar para cima sem voltar, não pode aparecer
mais pelo lado esquerdo com Lúcio.

Tcheco e Maxi deveriam ter sido multados em 90% do salário, pois o
T.A. não é aquilo tudo.

Autuori acertou tudo atrás, mas errou feio ao tirar Douglas Costa ao
invés de Rochemback. Porém, Herrera - minha escolha no intervalo -
perdeu um gol que não se pode perder. A única coisa certa que Herrera
fez foi um cruzamento perfeito na cabeç de Souza, que perdeu um gol
praticamente sozinho.

Houve um lance no 2º tempo (antes do escorregão de Herrera e do
cabeceio de Souza, que foi ainda antes) em que TRÊS jogadores do
Grêmio tiveram a chance de concluir a gol no MESMO lance, mas um
passou para o outro, que passou para o um... Enfim, tiveram MEDO de ou
chutar nas pernas de um zagueiro (pouco provável, pois todos tiveram
espaço pra bater), ou de isolar a bola (pra mim, teria sido menos pior
pela tentativa).

Não fomos atacados. Ponto. E faltou MUITA qualidade e insistência na
pressão.

Foi o pior Grenal (não pelo resultado) que já assisti em toda a minha
vida. Sério: 0x0 teria sido justo, assim como um 1x1 (não mais do que
isso).

O único lance no qual Seneme influenciou diretamente o resultado foi
um pênalti claríssimo no qual Bolívar agarrou Réver quase na linha da
pequena área. Detalhe: o árbitro estava na marca do pênalti sem nenhum
jogador encobrindo a sua visão.

[]'s,
Hélio

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Catarse na Bienal

Amanhã, estarei mediando uma das atividades da Bienal, em que se destacará a utilização do vídeo como arma.
Vamos falar da Catarse e destacar o trabalho realizado com o Quilombo dos Silva - primeiro quilombo urbano titulado do Brasil.
Começa às 14h, no armazém A3 do cais.
Todos estão convidados!

Segue release:

Percursos Urbanos, de Julio Lira, inicia em Porto Alegre

Percursos Urbanos – Escuta na Cidade / Ruído na Bienal, projeto do artista brasileiro Julio Lira para o Programa de Residências Artistas em Disponibilidade da 7ª Bienal do Mercosul , inicia no dia 21 de outubro, quarta-feira, às 15h. Compartilhar conhecimentos e (re)descobrir espaços e pessoas é o objetivo dos percursos que tem duração de três horas e meia e trajetos diferentes a cada dia. As saídas serão sempre no Armazém A3, do Cais do Porto. As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas podem ser feitas, com até um dia de antecedência, pelo telefone 3254 7547 ou através do e-mail julia@bienalmercosul.art.br.

O projeto Percursos Urbanos se caracteriza por criar roteiros investigativos dentro de uma metodologia própria. Em Porto Alegre, Percursos Urbanos - Escuta na Cidade / Ruído na Bienal irá apresentar e discutir os desafios e as possibilidades da urbe, através de conversas com pessoas de saberes acadêmicos e populares, que atuarão como mediadores durante os trajetos realizados em ônibus urbanos. Em outubro, Percursos Urbanos acontece entre os dias 21, 22, 24 e 25 de outubro. Em novembro, nos dias 01, 04, 05, 07, 11, 14 e 15. A saída será sempre do Armazém A3 do Cais do Porto.

O projeto é desenvolvido também em Fortaleza/Ceará, há mais de cinco anos, pelo coletivo Mediação de Saberes em parceria com o Centro Cultural Banco do Nordeste de Fortaleza.

Mais informações sobre o artista podem ser conferidas em http://juliolira.wordpress.com. Abaixo, confira a programação de outubro.

Programação
• Dia 21, de outubro (quarta-feira), das 15h às 18h30 - Cidade como Templo, com Baba Diba de Iyemo nja, da Comunidade Terreira Ilê Axé Iyemonja Omi Olodo e membro do Cedrab/ RS - Congregação em defesa das religiões afro do Estado do Rio Grande do Sul
A cidade como templo (Religiosidade) - A palavra templo se refere a uma estrutura arquitetônica dedicada ao serviço religioso. Ampliando este conceito, nesta tarde iremos observar como as vivências de matriz afro-brasileiras se relacionam com o espaço público da cidade de Porto Alegre, resignificando-o com seus símbolos e ritos, fazendo do território urbano, lugar de culto e religação com universos imateriais.
Mediador: Baba Diba de Iyemonja
Ponto de saída: Armazém A3 do Cais do Porto

• Dia 22 de outubro (quinta-feira), das 15h às 18h30 - O vídeo como arma, com Gustavo Türck, jornalista e membro do Coletivo Catarse de Comunicação. Realiza um trabalho engajado, comprometido com a construção de alternativas que fortaleçam a cultura e o jornalismo independentes.
O vídeo como arma (Audio –visual) - Desde suas origens as possibilidades do vídeo são exercidas criando um território que ao mesmo tempo é próprio e mesclado com outras linguagens como o cinema e as artes visuais. A politização, a apropriação do vídeo como instrumento de ação e expressão é uma destas vertentes que tem sido muito produtiva. Este percurso se dedicará a observar o modo de operação do vídeo como arma, instrumento de transformação, dentro e fora da Bienal.
Mediador: Gustavo Türck.
Ponto de saída: Armazém A3 do Cais do Porto

• Dia 24 de outubro (sábado), das 15h às 18h30 - Práticas do Desejo, com Cláudia Paim, artista plástica, doutora em Artes Visuais pela UFRGS.
Práticas do Desejo (Espaços para arte) - Partindo de um desejo de realização, liberdade e autonomia artistas criam e administram espaços próprios onde buscam outro tipo de relação entre as pessoas e com as proposições artísticas. São espaços intermediários que se afirmam por apresentarem singularidades que refletem o pensamento de seus idealizadores. Neste percurso serão visitados o atelier de Rodrigo Lourenço, a Galeria Subterrânea e a Galeria Azul.
Mediadora: Cláudia Paim.
Ponto de saída: Armazém A3 do Cais do Porto

• Dia 25 de outubro (domingo), das 15h às 18h30 - Paisagens não-visuais, com Thaís Aragão, produtora cultural, jornalista e pesquisadora do som; e Juliano Machado, funcionário público federal, deficiente visual desde os 10 anos
Paisagens não-visuais (Vivências) – Para nos ajudar a perceber e repensar a paisagem urbana convidamos cegos para nos conduzirem, levando-nos a retomar a cidade através da escuta, do tato e da atenção sinestésica. Além do espaço urbano, obras da bienal serão apreciadas. Em vários momentos os participantes serão convidados a usar vendas. Tão importante quanto a vivência será o bate-papo com estudiosos sobre questões como a configuração da paisagem não como algo determinado pela natureza mas pela articulação de experiências e práticas discursivas.
Mediadores: Thaís Aragão, produtora cultural, jornalista e pesquisadora do som enquanto constituidor de territorialidades e Juliano Machado, Funcionário público federal, formado em jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul, graduando de Ciências Sociais pela UFRGS. Deficiente visual desde os dez anos de idade.
Ponto de saída: Armazém A3 do Cais do Porto

Júlio Lira é Bacharel em Ciências Sociais (Universidade de Fortaleza, 1982) e Especialista em Desenvolvimento Urbano e Regional (Universidade Federal do Ceará, 1983), cumpriu os créditos de Mestrado em Desenvolvimento Urbano e Regional, na Universidade Federal de Pernambuco, em 1986. Atualmente faz especialização em Audiovisual em Meios Eletrônicos, na Universidade Federal do Ceará.

Serviço
Programa de Residências Artistas em Disponibilidade, com artista Julio Lira
Percursos Urbanos - Escuta na Cidade / Ruído na Bienal
Dias 21, 22, 24 e 25 de outubro
Saída do Armazém A3, do Cais do Porto: das 15h às 18h30min
Entrada franca, mediante inscrições antecipadas pelo telefone 3254 7547 ou pelo e-mail julia@bienalmercosul.art.br
É necessário chegar com 15min de antecedência

Almômetro atualizado

Consegui atualizar o Almômetro.
Já são 36 jogos e, disparado, o Victor aparece como o melhor jogador do Grêmio na temporada. Nesse último jogo, contra o Coritiba, a turma deu 10 pra ele em peso - a primeira vez no Almômetro.
E tem mais, abaixo segue a escalação "ideal" do Tricolor segundo nossas notas:

VICTOR
MÁRIO FERNANDES
RÉVER
RAFAEL MARQUES
FÁBIO SANTOS (Bruno Collaço)
TÚLIO
ADÍLSON
TCHECO
SOUZA
MAXI LÓPEZ
HERRERA


- confere o Almômetro completo, clique aqui

CNJ discute conflitos fundiários, sem participação dos movimentos sociais

O Conselho Nacional de Justiça realizou de 29/09 a 01/10, em Campo Grande (MS), o I Encontro do Fórum Nacional para Monitoramento e Resolução dos Conflitos Fundiários Rurais e Urbanos. Mesmo sem convidar os movimentos sociais, o encontrou tentou aprofundar o debate sobre a atuação do Poder Judiciário na questão fundiária brasileira com um público formado por juízes, desembargadores, representantes dos ministérios públicos, advogados, defensores públicos, agentes do Estado e representantes dos ruralistas.

É relevante considerar que o Poder Judiciário tem um importante papel para a questão fundiária, já que também é responsável pela efetivação dos direitos humanos e de políticas públicas, entre elas a de Reforma Agrária. Por esse motivo o espaço do Fórum se caracteriza pela intensa disputa política, uma vez que ele poderá pautar a atuação do Poder Judiciário no tema.

Durante a abertura do evento, um dos temas levantados foi o conflito entre direito à propriedade e direitos sociais. Para o Presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Elpídio Martins, o “Judiciário não pode ignorar o confronto entre direitos sociais (acesso à terra para povos e comunidades tradicionais, reforma agrária e urbana) e o direito de propriedade”, dando a entender que a propriedade privada individual e absoluta deveria prevalecer. Ressaltou ainda que em Mato Grosso do Sul demarcações de terras indígenas estão ocorrendo em áreas “muito produtivas” e que o direito de propriedade precisa ser respeitado em detrimento do direito de preservação da cultura indígena.

O presidente do CNJ e do STF, Gilmar Mendes, aproveitou para condenar a ocupação de terras pelo MST, considerando inaceitável a “invasão de terras” e a posterior desapropriação do imóvel. Contraditoriamente, disse que vivemos no Brasil uma barbárie e que o Fórum deve “ajudar a encontrar o caminho da civilização”. Mendes ainda conclamou a todos os presentes para buscar uma solução para os conflitos fundiários. Para ele os processos criminais deveriam ter prioridade máxima, o que traria resultados na diminuição dos conflitos.

Mas, se as falas iniciais apontaram para a defesa do direito de propriedade, em contraposição aos direitos sociais, as propostas discutidas pelos grupos de trabalho indicaram outro caminho. Enquanto Gilmar Mendes, Elpídio Martins e o Governador do Estado, André Puccinelli, defenderam o direito de propriedade individual e absoluta e atacam direitos dos indígenas, os juízes, desembargadores, promotores, defensores públicos, advogados, entre outros, souberam dar relevo à necessidade de garantir a democratização do acesso à terra na aprovação das propostas que serão levadas ao pleno do CNJ.

Na mesma linha enquanto Gilmar Mendes defendia prioridade para os processos criminais, o Desembargador do TJRS, Amilton Bueno de Carvalho,debatendo a crise da lei e o princípio da proporcionalidade, apontou que a “criminalização dos movimentos sociais é uma imbecilidade”, e que não há espaço para o direito penal resolver conflitos sociais, muito menos os complexos conflitos que envolvem a questão fundiária.

É importante refletir que caso o CNJ enfoque sua atuação em processos criminais, estará concorrendo para aumentar a criminalização dos movimentos sociais e não contribuirá para a efetivação das políticas públicas de democratização e de acesso à terra. Todas as propostas discutidas durante o Encontro serão levadas ao CNJ para a posterior incorporação no planejamento do Conselho e na pauta política do Judiciário.

- da rede Mocambos

Ecos do massacre de maio de 2006 em São Paulo

Para conhecimentos de todos(as).

02 de outubro de 2009. Aqui estamos mais um dia. E a história se repetindo como farsa trágica.
Nós seguimos sem ter nada o quê comemorar...
Nós, familiares, amigos e amigas das vítimas dos ataques da polícia durante uma das maiores chacinas da história brasileira, os "Crimes de Maio" de 2006, não fomos ouvidos durante a produção deste filme hollywoodiano que hoje é lançado sobre a nossa história: "Salve Geral".
Não fomos consultados nem convidados pra mais essa festa que os homens armaram pra nos convencer... Viemos contar nossa história real, que também daria um filme...
Há pouco mais de três anos, o chamado "estado democrático de direito", por meio de seus agentes policiais e pára-militares, promoveu um dos mais vergonhosos escândalos da história brasileira. Durante o mês de maio de 2006, em uma suposta resposta ao que se chamou na imprensa de "ataques do PCC", foram assassinadas no mínimo 493 pessoas, entre mortos e desaparecidos. Sendo que a imensa maioria delas - mais de 400 jovens negros, afro-indígena, descendentes e pobres - executados sumariamente pela polícia militar do Estado de São Paulo.
Somos centenas de mães, familiares e amigos que tivemos nossos entes queridos assassinados covardemente, e até hoje seguimos sem qualquer satisfação por parte do estado brasileiro: os casos permanecem arquivados sem investigação correta para busca da Verdade dos fatos; sem Julgamentos dos verdadeiros culpados (os agentes do estado brasileiro); sem qualquer proteção, indenização ou reparação por parte do estado que nos tirou os nossos jovens. Um estado que ainda insiste em nos sequestrar também o sentimento de Justiça!
O desprezo pela memória e pela história fez ainda que o dia de estréia deste filme "Salve Geral", feito com base na nossa dor e que deverá concorrer ao Oscar no ano que vem, coincidisse também com outra data que é um marco emblemático da injustiça e da violência do Estado Brasileiro contra seus próprios cidadãos pobres, indígena-descendentes e negros em particular.
Há exatos 17 anos, no dia 02 de outubro de 1992, os agentes policiais do Estado de São Paulo protagonizaram uma outra matança em série, desta vez na Casa de Detenção de São Paulo, covardemente contra pessoas sob a sua custódia: seres humanos sem qualquer possibilidade de defesa. Um episódio sangrento que ficou conhecido como "Massacre do Carandiru" e que teve ao menos 111 pessoas assassinadas por agentes policiais, segundo os números oficiais. Outro crime em série do Estado Brasileiro que permanece sem investigações corretas, sem julgamento ou condenação dos verdadeiros culpados - a começar pela alta cúpula do estado, Fleury e cia.
Sem qualquer reparação para as vítimas e seus familiares. Outro episódio que, no entanto, a indústria cultural conseguiu fazer mais dinheiro em cima da dor das vítimas: produzindo filmes espetaculares, séries televisivas, livros e outras mercadorias descartáveis. A Verdade e a Justiça que é bom: mais uma vez não compareceram na estréia...
Relembramos hoje, portanto, que em apenas dois episódios sangrentos só aqui em São Paulo, MAIS DE 600 VÍTIMAS POBRES E NEGRAS. Isso para não falar das violências e execuções sumárias cotidianas que atingem sobretudo as periferias urbanas de todo país: uma pesquisa divulgada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, UNICEF e Observatórios de Favelas,no dia 21/07/2009, afirma que se as estatísticas permanecerem como estão, mais de 33.5 mil jovens terão sido executados no Brasil no curto período de 2006 a 2012. Os estudos ainda apontam que, os jovens negros apresentam risco quase três vezes maior de serem executados em comparação com os brancos.
Tantos casos e números que são ainda mais impressionantes do que todos os absurdos cometidos durante a ditadura civil-militar brasileira pelo mesmo estado brasileiro, só que agora seus agentes matam em nome da "democracia" e da "segurança". Casos com contornos de crueldade que só mudam o endereço de região para região do país: a Chacina da Candelária e de Vigário Geral no Rio de Janeiro (1993), o Massacre de Corumbiara em Rondônia (1995), o Massacre de Eldorado dos Carajás (1996), a Chacina da Baixada Fluminense (2005), a chacina do Complexo do Alemão (2007) a chacina de Canabrava, de Plataforma e a matança generalizada em Salvador na Bahia (2006-2009), entre outros tantos casos no dia-dia do povo pobre brasileiro. A imensa maioria deles sem investigação correta, muito menos punição dos seus verdadeiros responsáveis.
Nomes e números que jamais conseguirão traduzir o sentimento de perda e de dor irreparável das famílias todas: repetimos para nos fazer ouvir que só aqui em São Paulo, durante estes dois episódios de matança estatal (o "Massacre do Carandiru" e mais recentemente os "Crimes de Maio de 2006″), foram mais de 600 famílias destruídas e outras milhares dilaceradas pela dor da perda de seus entes queridos.
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR O FIM DO GENOCÍDIO CONTRA A CLASSE POBRE, A POPULAÇÃO INDÍGENA-DESCENDENTE E NEGRA DO BRASIL!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR O FIM DO CHAMADO "AUTO DE RESISTÊNCIA" ou "RESISTÊNCIA SEGUIDA DE MORTE", FARSAS LEGAIS QUE TEM INSTITUÍDO E DADO NA PRÁTICA O AVAL PARA UM VERDADEIRO ESTADO DE SÍTIO NO BRASIL!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR O DESARQUIVAMENTO E A FEDERALIZAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES SOBRE OS ATAQUES DA POLÍCIA EM MAIO DE 2006, DURANTE OS "CRIMES DE MAIO"!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR QUE O ESTADO BRASILEIRO E SEUS AGENTES VÃO PARA OS BANCOS DOS RÉUS!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR A VERDADE E A JUSTIÇA HISTÓRICA SOBRE TODAS AS MORTES COMETIDAS PELO ESTADO, E A PUNIÇÃO DE TODOS OS RESPONSÁVEIS!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR VOZ, PROTEÇÃO, ASSISTÊNCIA, INDENIZAÇÃO E REPARAÇÃO A TODAS AS FAMÍLIAS DE MORTOS E DESAPARECIDOS, SOBRETUDO PARA AS MÃES E COMPANHEIRAS DE VÍTIMAS!!!
EM NOME DA MEMÓRIA DE NOSS@S FAMILIARES E NOSS@S AMIG@S MORT@S OU DESAPARECID@S PELO ESTADO BRASILEIRO "MÃES DE MAIO" DA ASSOCIAÇÃO AMPARO DE FAMILIARES E VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA.

Selma Dealdina

- da rede Mocambos

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Você conhece Mauro Zacher?

Do RS Urgente:

A conexão Projovem

A Operação Rodin, que investigou a existência de uma fraude milionária no Detran gaúcho, continua rendendo frutos. Na sexta-feira, a Polícia Federal confirmou o indiciamento de nove pessoas (cujos nomes não foram divulgados) por envolvimento em irregularidades no contrato de execução do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) em Porto Alegre. O inquérito da Polícia Federal foi instaurado no dia 20 de novembro de 2007, a partir de informações e documentos apreendidos na Rodin. Segundo as investigações, o contrato do Projovem, que deveria ser executado pela Fundae (também envolvida na fraude no Detran), foi repassado a uma empresa privada, caracterizando fraude em licitação. O valor do contrato foi de 10,3 milhões de reais entre os anos de 2005 e 2007.

No dia 15 de maio deste ano, o Ministério Público informou que as investigações sobre a fraude no Detran tinham produzido dois filhotes: uma investigação sobre os contratos da Fatec com a Anatel e outra sobre o Projovem, em Porto Alegre. Segundo o MPF anunciou na época, dos mais de R$$ 11 milhões que a prefeitura da capital recebeu do governo federal, cerca de R$ 10 milhões teriam sido repassados a Fundae, contratada sem licitação para operá-lo. A Fundae, por sua vez, teria contratado a Pensant Consultoria, de modo similar ao que ocorreu no Detran.

Na época, o responsável pela aplicação dos recursos do Projovem em Porto Alegre era Mauro Zacher, secretário da Juventude na prefeitura da capital. Após as denúncias de irregularidades na execução do programa, Zacher deixou a Secretaria da Juventude e reassumiu sua cadeira na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

PRBS: a Fox News gaudéria

Mídia é considerada organização partidarizada, apêndice dos Republicanos
Deu no The Nation, edição dominical:

Chefe de comunicações de Obama diz que já não podem confiar em jornalistas para moderar debates públicos. A batalha entre a Casa Branca e a rede Fox News [que pertence ao multimilionário direitista Rupert Murdoch] alcançou um novo pico no domingo, quando Anita Dunn, Diretora de Comunicações de Obama, numa cadeia nacional, declarou que a rede Fox News é organização partidarizada, que funciona como apêndice do Partido Republicano.

"A rede Fox News opera, praticamente, ou como o setor de pesquisas ou como o setor de comunicações do Partido Republicano" – disse Dunn à CNN. E acrescentou: "não precisamos fingir que [a Fox] seria empresa comercial de comunicações do mesmo tipo que a CNN." Dunn também aproveitou as páginas do The New York Times, a cujos repórteres declarou em entrevista do domingo, que "a rede Fox está em guerra contra Barack Obama e a Casa Branca, [e] não precisamos fingir que o modo como essa organização trabalha seria o modo que dá legitimidade ao trabalho jornalístico."

- continue lendo no Diário Gauche

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Pelas ruas de Montevideo IV: plebiscito junto à eleição presidencial vai enquadrar ditadores

O clima no Uruguay está interessante.
Se está às vésperas de uma eleição presidencial, e pelas ruas a campanha é morna.
Quem anda fazendo barulho é a mídia (e disso falaremos em outro post específico sobre a eleição), sem grandes reflexos na população que observamos desde o Chuy até Montevideo.
Não há gente com adesivos, não há carros com bandeiras, não há militantes nas ruas.
Os poucos que aparecem aqui e ali, muito timidamente, parecem ser do tipo pagos.
Mas chama a atenção outra mobilização.
Defronte à universidade pública, a entidades associativistas de classes trabalhadoras, sindicatos, no peito dos estudantes, há uma grande campanha em ação. A campanha pela derrubada da Ley de Caducidad. Esta, uma lei que anistia os militares responsáveis por atrocidades na época da ditadura uruguaia.
A derrubada deste absurdo jurídico vai enquadrar direitinho os gorilas da banda oriental do Rio da Prata e colocá-los no banco dos réus, para, finalmente, pagarem por tudo aquilo que fizeram. Prevê-se que muita coisa vai surgir debaixo dos tapetes, e os militares estão em polvorosa, usando, claro, o candidato da direita e os dois jornais porta-vozes de suas agruras para tentar manter suas benesses.
Nas últimas pesquisas, 45% estão dizendo SIM ao fim da ley. O problema é que a campanha de desinformação ainda está vencendo, pois o plebiscito exige o voto de todos que irão às urnas, assim, aqueles que anularem ou deixarem em branco a cédula terão seus votos contabilizados ao NÃO.
É preciso 50%+1 para a justiça começar a ser feita no Uruguay.
Independente disso, o fato de o país passar por este tipo de processo é extremamente sugeneres em se tratando de América Latina. É a segunda vez que vem à tona esta escolha no país, a primeira perdeu para aqueles que resolveram se abster - ou seja, ao darem de ombros, disseram NÃO. Torcemos, portanto, para que, desta vez, o culo de los militares não seja salvo pela alienação.
E, quiças, o Brasil siga também este rumo e, de uma vez por todas, pare de dar guarida, aposentadoria, benefícios, pensões, etc, para estes filhos da puta que torturaram, assassinaram, sangraram brasileiros por tanto tempo.
ABRAM JÁ OS ARQUIVOS DA DITADURA!!!
ACABEM COM AS BENESSES DESSES DESGRAÇADOS E OS MANDEM PARA A CADEIA!




¿Qué es la Ley de Caducidad?
Es la Ley 15848, del 22 de diciembre de 1986, que se aprobó durante el primer gobierno democrático y que establece que el Estado queda impedido de castigar los crímenes contra la sociedad cometidos por militares y policías durante la dictadura. Fué sometida a referéndum en 1989, oportunidad en la que el 43% de la ciudadanía se pronunció contra la ley. Al no superarse el 50% requerido la ley quedó firme hasta el presente.

¿Qué tipos de crímenes ampara?
El terrorismo de Estado y los crímenes contra los Derechos Humanos: secuestros, torturas, violaciones, asesinatos y desapariciones cometidos contra la población, incluyendo mujeres embarazadas y apropiación de niños.

¿Por qué se aprobó esa Ley?
Tanto el parlamento cuando la votó, como la sociedad en el referendum de 1989, creyeron que era el mejor camino para dejar atrás la dictadura evitando el desacato de los militares.

¿Cuál fue esa amenaza de desacato de los militares?
Los militares se negaban a comparecer ante la justicia y el Ministro de Defensa, General H.Medina había anunciado que guardaba las citaciones en su caja fuerte y no estaba dispuesto a cursarlas. El debate parlamentario previo da cuenta de esta situación, reconocida por todos los actores políticos. La Ley de Caducidad debió ser aprobada en la madrugada del 22 de diciembre y -en un hecho inédito hasta el momento- trasladada contra reloj al Presidente para que la promulgara esa misma mañana, minutos antes que venciera el plazo de las primeras citaciones a militares.


- mais em http://nulidadleycaducidad.org.uy/

Pelas ruas de Montevideo III

Anexa ao Estádio Centenário - dentro -, há uma escola pública.


Da série "Quem matou Elton Brum?": famílias do MST ameaçadas de despejo das margens da BR 386 em Sarandi-RS



A CATARSE esteve em Sarandi para realizar esta reportagem sobre o possível despejo das famílias do MST acampadas às margens da BR 386 em Sarandi, no norte do estado do Rio Grande do Sul.
A juíza da comarca de Sarandi decretou que as famílias deveriam ser retiradas dos limites da sua comarca, porém não indicou local para levar estas pessoas. Exigiu apenas que elas fossem expulsas do município.
Veja este vídeo e divulgue para que a sociedade veja como a mídia comercial esquece de algumas coisas importantes.

Postado por Sérgio Valentim

Pelas ruas de Montevideo II

A capital uruguaia tem poucas pixações em suas paredes.
Destas, afora as evangélicas, enxerga-se algum sentido...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Show do Richard Serraria ao vivo!!!

Confira a partir das 19h30 o show do Unimúsica, direto do Salão de Atos da UFRGS.
Quando abrir o sinal, aperte o play!

Stream videos at Ustream

Isso é inadmissível e precisa de resposta enérgica de todas as nações que se julgam sérias!

A confissão de Micheletti

Clarín: ¿Fue la corrupción, la Constituyente o intentos de cambios sociales lo que llevó al golpe?

Micheletti: Lo sacamos a Zelaya por su izquierdismo y corrupción. El fue presidente, como liberal, como yo. Pero se hizo amigo de Daniel Ortega, Chávez, Correa, Evo Morales.

Clarín: Perdón...

Micheletti: Se fue a la izquierda, puso toda gente comunista, nos preocupó.

LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NO CLARIN.COM

- via Blogoleone