quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Eles não vivem sem a gente mesmo

Notícias
Inter | 27/11/2008 00h52min
Piffero aproveita vitória em La Plata para ironizar o Grêmio

Grêmio, a maior torcida do Rio Grande do Sul: 10 milhões de torcedores - 6 milhões a favor, 4 milhões torcendo contra.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

No RS, as leis só são aplicadas com pobres

Vivemos em uma sociedade chamada de estamental - e não tenham dúvidas disso (clique aqui para entender).
Os direitos e deveres dos cidadãos gaúchos são distribuídos de acordo com a classe social a que pertencem. Para alguns vale o rigor da lei ou o que desejar o comandante da polícia. Para outros, vale o que eles mesmos decidem sobre suas próprias situações.
Esse é o caso da Casa da Mãe Joana guasca, o Tribunal de Justiça.
Leia atentamente os três posts linkados a seguir, do Blog IndignAÇÃO, de uma servidora do judiciário que tem denunciado e explorado milimetricamente e com riqueza de detalhes o nepotismo praticado por aqueles senhores(as) que se colocam constantemente acima da lei e da ordem:
RADIOGRAFIA DO MAUSOLÉU DA JUSTIÇA
- parte I
- parte II
- parte III

*obs: alguém lembra de já terem mencionado uma tal "caixa-preta" do judiciário brasileiro? Pois é...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O que aconteceu no intervalo em Salvador?

Abro excepcionalmente (muuuuito excepcionalmente) um espaço para um colunista do PRBS que escreve sobre futebol, já que estou de quarentena por aqui sobre falar do Tricolor até o final do Brasileirão e este texto expressa exatamente o meu pensamento:


O misterioso intervalo do Grêmio em Salvador
por Luiz Zini Pires

Na sua mala de quatro gols, o Grêmio trouxe outro mistério ao Estado quando seu jato avistou o Aeroporto Internacional Salgado Filho. O que realmente aconteceu no intervalo da amarga decisão em Salvador? O que se passou no interior do vestiário em 15 rápidos minutos. O que houve?

Como pode um time perder seu futebol, sua concentração, sua discutida postura tática em 900 segundos? O Grêmio fez um bom primeiro tempo, ganhou um gol contra, mas teve chances de marcar outras três vezes. Ok, o Vitória poderia ter feito dois. Se o placar anunciasse um 4 a 2, raros torcedores locais atacariam o rechonchudo Héber Roberto Lopes. O placar seria justo.

Será que houve briga, discussão logo depois? Será que o ambiente estava carregado pela carranca de Perea, que ficou indignado por ter ficado fora do jogo? Não. Pelo contrário. O Grêmio terminou o primeiro tempo vencendo, superando o adversário, anunciando que iria vencer.

O que faltou ao Grêmio no intervalo foi um treinador capacitado, alguém que fizesse a diferença no banco de reservas, um organizador de time, alguém que conseguisse enxergar o segundo tempos antes da hora. Vagner Mancini viu, mudou a sua equipe no vestiário, deu um nó tático em Roth e venceu com uma naturalidade surpreendente, espantosa. Um desavisado acharia que o candidato ao título vestia vermelho e preto na trágica tarde baiana.

O grande exemplo da falta de critérios no Grêmio foi a escalação de André Luis, um segundo atacante que nunca fez gol no Brasileirão. Pode um jogador assim ser usado numa partida decisiva? Não. E o centroavante que não marca desde agosto? Que dupla.

Roth, que vê além de nós todos, sempre contrariando o mundo, chamou André Luis e, outra vez, o jogador não respondeu com uma atuação de qualidade. Gol não fez. Ele não faz desde maio.

Quem não faz muito, mas faz mais que André Luis, um atacante chamado Perea, nem na reserva estava. Imagine. O goleador da temporada gremista viajou, mas ficou fora do banco numa partida na qual o time precisava desesperadamente da vitória. Se você entendeu, ajude-me. Eu não entendi a decisão de sacar Perea. Roth também não explicou.

Quando o Grêmio buscava um centroavante, Roth pediu Marcel, bateu pé por Marcel, exigiu Marcel. André Krieger aprovou. A procura cessou imediatamente. Depois, faltou verba para buscar um mais qualificado. Agora, o Grêmio acena com a possibilidade de oferecer bicho extra nos dois jogos finais. Perde tempo. Perde foco. Rasga dinheiro.

A direção poderia tentar descobrir os reais motivos que fazem o Grêmio patinar feio em jogos decisivos, sofrer 10 gols em três deles (Cruzeiro, Lusa e Vitória) e jogar o título pela janela. O Grêmio não sabe porque ganha, porque perde e anda perdendo bastante desde janeiro passado. Ainda não descobriu. Mas sabe que precisa alcançar algum dinheiro para que outro clube corra um pouco mais por ele em 180 minutos.

O Grêmio entende que o bicho extra vai garantir seu posto na Libertadores. Atenção! O Grêmio continua cuidando muito dos outros, pouco dele mesmo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Nepotismo no Judiciário gaudério

Esta postagem vem na íntegra do Blog Movimento IndignAÇÃO, de uma servidora do TJ-RS que está denunciando a mil os desmandos do topo da pirâmide da sociedade gaudéria.


Pega na mentira...
Egrégia Nova Bréscia
Boa noite! Em Brasília, 22h20min
Aqui estou, sábado à noite, finalizando minha bela maquiagem, quando abro a Zero Hora e me deparo com mais uma edição do Festival da Mentira. Hora de alimentar o blog, afinal, o dever me chama!


A Zero Hora traz a matéria "Pente Fino contra o Nepotismo". Então tá. Vou escrever "180 Chibatadas contra quem mente". Melhor assim?

Pode ser que o Des. Voltaire ainda não tenha tomado conhecimento da grande quantidade de nepotes escondidos dentro do Tribunal - daí as declarações à Zero. Mas eu, que sou uma diligente servidora, vou tratar de informá-lo por aqui mesmo. Vamos lá?

- Ivan Carlos Campos Ribeiro, araponga since 1984, e sua companheira Adriana Barcelos da Silva
- Vívian Pacheco dos Santos e sua irmã Luciana Pacheco dos Santos
- Aline Mileski (o mano já foi pra casa)
- Denise Nunes Meneghetti, seu irmão Danilo Nunes e seu marido Marco Antônio Reinbrecht Meneghetti
- Ana Lia Vinhas Hervé e seu rebento Rodrigo Vinhas Hervé
- Maria Augusta Santos dos Santos, filha da concursada Mariana Santos dos Santos
- Mariana Vernieri Machado, filha da concursada Jeanne Vernieri Machado
- Cynthia Fischer e seu irmão Roger Fischer
- Tatiana Schmidtt de Arruda, esposa do ex-diretor-e-gato Eduardo Arruda
- Maria Lúcia Maraschin Santos, irmã do Des. Jorge Maraschin Santos
- Gervásio Barcellos Júnior e sua irmã Mônica Barcellos Filippini
- Fernando de Jesus Rovani, irmão do juiz Francisco de Jesus Rovani
- Maria Teresa "Neka" Nedel Duarte, irmã da Des. Ana Maria Nedel Scalzilli
- José Carlos Kasper, marido da concursada e sua chefe Maria Tereza Andrade Nunes
- Rogério Missel Vasques e esposa, assessora de desembargador
- Astrid Dorinha Peiter Brito, mulher do deputado Adolfo Brito
- Marilete Inês Simonis e seu marido e literalmente subordinado Inácio Simonis
- Ilza Terra Burlani, irmã de juíza
- Marcelo Barata de Lacerda e sua irmã Mariana Barata de Lacerda Potter

Agora, passemos às aberrações: o concursado Michel Wagner, sobrinho da Diretora da Processual, Maria Teresa Wagner, tem uma FG itinerante: onde ele vai, a FG vai atrás. Prova de que o acessório segue o principal, não é verdade? A FG é da Processual, foi dada pela titia, e vai com ele aonde ele estiver.

Outra FG itinerante é a da Maria do Carmo Scartazzini de Moraes, que, mesmo licenciada do TJ para trabalhar no CEJUS, ao lado do maridão-e-múmia Chico, tem consigo a FG. Incrível, não é mesmo? A velha mania de tratar o Tribunal como a casa da gente...

E por falar em família, o Sindjus contratou como segurança o irmão do Diretor Jurídico Gílson. É a onda do nepotismo chegando ao sindicato, também.


Se tem mais? É claro que tem, gente. Estamos esperando as contribuições!

Bom, agora que o Des. Voltaire foi informado, espero que ele pare de dizer que não tem nepotismo dentro do Tribunal. Vamos passar direito essa vassoura, não é? Não vá fazer como o Des. Armínio, que no mesmo dia em que negava o nepotismo, era publicamente desmentido pelo Conselheiro Mileski... Bah, que chato!


Buenas, agora, eu já posso sair.
Recomendações às famílias citadas e ao Eng. Marco Antônio.

A Natureza cobra o seu preço

Fotos recebidas por e-mail.
De Alexandre Camargo











Salafrário

[De or. obscura.]
Substantivo masculino
1.Pop. Homem ordinário, vil, patife, safardana

E viva a democracia!

Mas que baita ditadura esta, tchê!
Da Revista Fórum

Chávez perde na capital venezuelana, mas vence em 17 dos 22 estados
Por Redação [Segunda-Feira, 24 de Novembro de 2008 às 10:35hs]

O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, perdeu o controle da prefeitura metropolitana da capital Caracas. As eleições realizadas ontem, 23, apontam que os venezuelanos elegeram um total de 23 governadores e 328 prefeitos, além de 233 legisladores regionais. As informações são da BBC Brasil.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o governo de Chávez venceu em 17 dos 22 estados em disputa. Os resultados correspondem a 95,67% das urnas apuradas.

Foi registrado empate técnico nos estados de Carabobo, Táchira e no município de Sucre – o mais populoso da região metropolitana de Caracas, que inclui cinco municípios. Por isso, o CNE só anunciará os resultados depois da totalização de todos os votos.

A surpresa da jornada eleitoral venezuelana foi a prefeitura metropolitana de Caracas – segundo posto mais importante do país, depois da Presidência. Antonio Ledezma, antigo líder opositor, venceu com 52,45% dos votos o candidato chavista Aristóbulo Isturiz, que obteve 44,92% dos votos. Ambos já foram prefeitos da cidade.

As longas filas registradas ontem obrigaram alguns centros de votação a permanecer abertos até as 22h (00h30 de Brasília), por determinação do CNE. A legislação venezuelana prevê que as urnas não podem ser fechadas enquanto houver eleitores na fila de votação. De acordo com o CNE, a participação nessas eleições ultrapassou o recorde histórico com mais de 65% do total de 17 milhões de eleitores.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

MANIFESTAÇÃO PELO VETO DA LEI DO PONTAL DO ESTALEIRO

Dia: 23 de novembro de 2008 (domingo)
Local: Brique da Redenção, junto ao Monumento ao Expedicionário
Horário: a partir das 11h

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Artistas, ambientalistas, estudantes, profissionais de todos os níveis, integrantes dos movimentos sociais e de bairro e a população em geral vão se reunir neste domingo, dia 23 de novembro, a partir das 11h, em frente ao Monumento ao Expediciário, no Parque da Redenção. O objetivo é fazer uma grande manifestação em defesa do veto à lei que permite a construção de prédios residenciais na Orla do Guaíba, dentro do projeto do Pontal do Estaleiro.

No final deste mês, se encerra o prazo para a Câmara dos Vereadores apresentar ao prefeito José Fogaça a redação final desta lei. A partir de então, o prefeito terá 15 dias para sancioná-la ou vetá-la.

Durante a manifestação, os freqüentadores do Brique da Redenção poderão aderir ao abaixo-assinado em defesa da Orla do Guaíba.

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SOBRE O PROJETO DE LEI

O projeto de lei aprovado em regime de urgência no dia 12 de novembro de 2008 pela Câmara de Vereadores modifica a Lei 470 de 2002 que veda o uso residencial da área. Além disso, descaracteriza a área de “especial” - com um regime urbanístico específico que depende de estudos de viabilidade urbanística -, para “projeto especial de segundo nível” – de empreendimentos de grande porte, sem relevância ambiental. Só que a área do Pontal do Estaleiro é uma área de Preservação Permanente.

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ARGUMENTOS DOS AMBIENTALISTAS

- se aprovado, o projeto será construído em uma área de preservação permanente que deveria ser voltada para uso público, mas, da forma como está sendo planejado, vai beneficiar só os proprietários dos imóveis;

- o empreendimento vai retirar o livre acesso da população ao Guaíba, privatizando-o;

- os edifícios construídos vão retirar a vista do pôr-do-sol do Guaíba, suprimindo o direito à paisagem que pertence a toda a sociedade;

- certamente acarretará problemas de tráfego: estão previstos no empreendimento aproximadamente 1.500 estacionamentos, insuficientes até para as residências. O fluxo sistêmico destes, somado ao das duas torres comerciais do mesmo empreendimento, mais Barra Shopping, Iberê Camargo, Gigante para Sempre, acrescidos ao fluxo da zona sul da cidade, tornará a situação insustentável;

- o projeto obrigará mais agressões ao rio para equacionar o atendimento à demanda instalada;

- a possibilidade de aprovação do projeto abre um procedente para que “espigões” sejam construídos em qualquer ponto da cidade, sem critérios que obedeçam à questão ambiental e urbanística, uma vez que nem as áreas de preservação permanente são respeitadas.

Mais informações com Paulo Guarnieri, do Fórum Municipal das Entidades, pelo e-mail forumpoa@ymail.com

Informações sobre o Movimento em Defesa da Orla do Guaíba:
- http://poavive.wordpress.com
- http://goncalodecarvalho.blogspot.com
- http://agapan.blogspot.com

O Riso é Livro

Via Vespo:


BIER


EDGAR VASQUES


EUGÊNIO NEVES


HALS


JUSKA


KAYSER


LANCAST


MOA


RAFAEL CORRÊA


RAFAEL SICA


RODRIGO ROSA


RUBEN


SANTIAGO


UBERTI


VILANOVA

Para ler a nota de lançamento, clique aqui.

Fotos: Cláudia Cardoso

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Assembléia na ULBRA

Do blog Crise na ULBRA:

Considerações para a assembléia de hoje

1. Neste período de paralisação, conseguimos um único ganho concreto (apenas parte do salário de setembro).

2. A decisão da justiça do trabalho que determina bloqueio das contas e o pagamento dos salários, tomada antes da paralisação, pode se mostrar pouco efetiva. Os juízes não estão achando as receitas do conglomerado ULBRA nas contas bloqueadas.

3. A ULBRA possui um histórico de não cumprimento de decisões judiciais.

4. O futuro é bastante incerto. O contexto atual indica perda de receita para os próximos anos (por menor que seja, haverá evasão e diminuição da entrada no vestibular).

5. A ULBRA quer ser conhecida como uma instituição de ensino superior ou como um conglomerado de empresas? Atualmente, os esforços estão sendo feitos para consolidar a segunda opção.

6. Considerando que há um déficit mensal de 10 milhões, como a universidade pretende sair do atoleiro sem atrasar os salários?

7. O projeto de recuperação da instituição divulgado é muito genérico. A TV, de caráter comercial (deficitária?), continuará nos planos? A rede de hospitais (deficitários?), será mantida? E as outras operações desvinculadas da atividade educacional? E o futebol profissional? E o museu do automóvel, continuará recebendo carros raros e caros?

8. A universidade manterá a filantropia? Caso contrário, como irá sobreviver?

9. Fato objetivo -> O núcleo de poder que conduziu a ULBRA para a crise continua e continuará mandando na universidade.

10. Considerando o histórico de promessas não cumpridas, como confiar nas declarações dos atuais dirigentes da universidade?

11. Estamos chegando no final do semestre. Vamos voltar agora para paralisar de novo nas férias?

12. Se nunca prezaram pelo respeito aos professores e funcionários, e se nunca houve transparência na instituição, é possível que os administradores mudem de atitude a partir de agora?

13. E as multas pelos atrasos salariais?

14. Prometeram a regularização dos salários de outubro para esta semana. Quem acredita?

15. O que mudou, de fato?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sem limites para manipular

O PRBS não mede esforços e não tem a mínima cara-de-pau em manipular fatos e elementos relacionados a praticamente todos os setores da sociedade.
Bastam pequenas pesquisas para se perceber que sempre onde há interesses da grande família sirotskyniana eles metem o bedelho do jeito que querem em jornais, rádio e televisão e fazem valer no final das contas as suas vontades.
Pois gostaria de saber qual é o interesse do grupo da "rede bunda suja", como dizem por aí, em jogadores do Grêmio.
Já pesquei por diversas vezes alguns absurdos inimagináveis como escolher o Gavião melhor em campo na maior pressão de tentar fazer com que todo aquele jogo de futebol que assistimos ao vivo teria sido mera obra de nossas cabeças, uma alucinação coletiva.
É sabido que a família Sirotsky tem cadeira no conselho Tricolor.
Sabe-se, também, que empresários - conselheiros ou não - têm muito dinheiro emprestado ao clube que se depositam nas futuras carreiras de jogadores vindos da base. E essa grana deve gerar uma pressão imensa nas estruturas de administração do clube, com certeza.
Pois hoje me deparo com outra dessas situações.
Não vou falar do jogo de ontem em si, até porque me fiz uma promessa de não tocar mais no assunto "Grêmio" até o final do campeonato. Mas vou pegar essa deixa pra "levantar uma lebre".
ZMentira de domingo faz um estardalhaço com os dois meias William Magrão e Rafael Carioca. A todo o momento mencionam que os garotos valem juntos R$ 100 milhões - cada um 50. Faz alguns dias já que esse tipo de informação vem pintando na mérdia, inclusive.
Pois bem, à noite, um dos piores em campo é o Sr. William Magrão. Ele errava praticamente tudo o que tentava e presenteou o Coritiba com duas bolas para contra-ataques das quais, em uma delas, não fosse Victor e a sorte do Tricolor poderia ter sido outra.
Eu estava no estádio com outras duas pessoas e éramos unânimes no sentido de que Magrão poderia ter saído até mesmo no primeiro tempo, tão irritante eram suas incursões desastradas com a bola. E ele não saiu nem no segundo tempo, mas Carioca, sim. Ok, também não estava tão bem, aceitamos a decisão do nosso treinador.
Mesmo assim, elencamos - como sempre fazem grande parte dos torcedores - os melhores e piores em campo. Dos piores, Magrão foi "o" pior, disparado.
Pois bem. Qual o meu espanto quando ligo a televisão hoje para assistir ao fraquíssimo TVCom Esportes, e aquela dupla mais bolha da televisão guasca inicia matéria com o seguinte texto: "Tcheco fez gol ontem no Coritiba. Héverton também. Mas o melhor em campo foi... WILLIAM MAGRÃO!".
Quase me engasgo com o mate.
Mas não é possível a cara-de-pau... Levanta-se a bola antes do jogo e, mesmo com atuação abaixo da crítica, levanta-se depois forjando a eleição do cara como craque do jogo.
O mais interessante é o poder que a televisão tem sobre a gente. Mesmo muitos dos que foram ao estádio, que viram com seus próprios olhos o jogo inteiro, rendem-se hipnoticamente à falsa credibilidade forçada pelos "especialistas" ali da bancada e passam a ponderar: "É... Até que eles têm um pouco de razão. Ele não jogou tão mal assim".
Pronto! Aceitamos, dessa forma, passivamente a metamorfose de nossas opiniões. Deixamos de crer em nossos próprios olhos, as janelas para nossas significações, para consumirmos a boa e velha opinião enlatada - conservada, processada e industrializada.
Estou com a pulga atrás da orelha de que tem coelho nesse mato (lembra da lebre?).
Pois o mesmo raciocínio vale para as questões do Pontal do Estaleiro. Vale lembrar, então, que a família corleone, quer dizer, Sirotsky tem parte na construção civil porto-alegrense...
Seria mera coincidência os seus veículos terem feito uma cobertura pró-projeto do pontal?

Sobre a Justiça e suas injustiças

Recebemos o seguinte e-mail:

VIDE ABAIXO MANIFESTAÇÃO DE UM ANALISTA APÓS RETALHAÇÃO DE COLEGAS DENTRO DO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA. PUBLiQUEM PLEASE!

Mais uma para colocar no Blog, estamos extremamente desmotivados em trabalhar neste "Egrégio Tribunal de Justiça", antes lugar de respeito e de orgulho.

Nunca antes houve tanto desrespeito a nós servidores, a figura do Magistrado hoje cada vez mais desmoralizada pela postura de descaso com àqueles que movem a máquina do Judiciário nos faz refletir sobre o momento vivido.

Todos eramos tratado com o devido respeito e consideração que mereciamos. Havia uma parceria entre Magistrados e servidores visando um bem comum, todos nós nos orgulhavamos de pertencer a esta entidade.

Hoje, a situação se mostra diversa, o momento vivido nos reporta aos anos negros da ditadura, só nos faltam torturas físicas, pois a psicológica já vem sendo exercida diariamente... lamentável!!!!!!!

O Departamento de Informática é o reflexo de uma Presidência autoritária e repressora. O que mais chamava a atenção neste Departamento era a parceria, todos estimulados em buscar resultados.

Hoje vemos com tristeza o esvaziamento do setor pelo afastamento de alguns colegas que não mediram esforços para passar em outros concursos; a desmotivação dos que ficaram é notória, mas em contrapartida não menos empenhados em seguir o mesmo caminho dos que já se foram; e finalizando, observamos uma pequena parcela disputando poder, ou melhor se agarrando a ele, novamente lamentável!!!!!!!

-----Mensagem original-----
De: Carlos Alberto de Oliveira Miranda
Enviada em: domingo, 16 de novembro de 2008 18:14
Para: DI_SerSis; DI_Producao
Assunto: Desagravo

DESAGRAVO

Eu Carlos Miranda, Analista de Sistemas do TJ, indignado com a abertura de sindicância e relotação dos colegas Denior Machado e Sadao Makino, representantes sindicais do Departamento de Informática, venho manifestar meu apoio irrestrito aos colegas e veemente repúdio à iniciativa da direção do Depto de Informática.

A sindicância objetiva "apuração dos fatos constantes no processo 0022-08/000170-0, relativos a uma convocação de colegas de trabalho, realizada pelos servidores Denior Machado, para reunião nas dependências do departamento sem autorização da chefia...". Era uma reunião dos funcionários do DI, onde os colegas participavam como organizadores. Importante frisar que, no caso, a reunião fazia parte do calendário de manifestações semanais definido pela categoria na assembléia geral unificada com os trabalhadores do Ministério Público, do dia 26/9, organizada em todas as comarcas pelo Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindijus), o que nos leva à reflexão de que atos dessa natureza trazem insegurança aos representantes sindicais, tolhendo o desempenho de sua atividade, que é legalmente garantida. Vê-se aqui uma clara manobra para enfraquecer a atividade sindical dentro do prédio do Tribunal de Justiça.

Causa indignação também, o fato das senhas de acesso ao sistema Themis de 1ºGrau estarem sendo alteradas devido a esta sindicância, trazendo suspeitas totalmente infundadas e desnecessárias sobre colegas com quem trabalhamos há 10 anos. Ressaltando que esta operação é tecnicamente arriscada e pode trazer prejuízos ao trabalho nas comarcas, mesmo que temporariamente.

Assim, expresso minha indignação diante da injustiça que está sendo cometida com os colegas, e me colocando como testemunha da lisura, seriedade e competência dos colegas, peço apoio irrestrito aos colegas Denior Machado e Sadao Makino, para que sejam garantidos todos os meios possíveis para sua defesa e o retorno o mais rápido possível ao ambiente de trabalho.



O que tá acontecendo com o "nosso" estado? Me envergonho de ser gaúcha...
Para ler mais sobre o que acontece no Judiciário, CLIQUE AQUI.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sábado, lançamento de DVD de oficina com moradores de rua

Nesta semana tive a grata satisfação de participar de uma cerimônia de formatura um pouco diferente.

Na última segunda-feira, dia 10 de novembro, ocorreu nas instalações do GAPA/RS, no Bairro Cidade Baixa, a diplomação de moradores de rua que participaram de oficinas de fotografia, internet, vídeo, entre outros.

Eu e o colega de Catarse, Rafael Corrêa, com auxílio da Têmis, ministramos a oficina de vídeo. Desta saíram 3 filmes que formam um DVD que será lançado no próximo sábado, dia 15 de novembro, a partir das 15h, na Feira do Livro de Porto Alegre. Mais precisamente na Sala do Pensamento, Armazén A do Cais do Porto.

Serão apresentados os 3 vídeos e vendidos os DVDs, com a renda sendo revertida integralmente aos participantes das oficinas.


Os 3 filmes vieram de idéias concebidas pelos próprios moradores de rua, com destaque para o pequeno curta ficção - que apresentamos aqui - A História Perdida dos Meninos da Rua, com roteiro, produção e direção dos próprios oficinandos (apenas a edição foi feita pela Catarse). Os outros dois foram um exercício de câmera, em que comentam situações corriqueiras de suas vidas, chamado Wilson que filmou Maneco que filmou Paulo que filmou Barbie que filmou Mc Dom que filmou Gilmar que filmou Chinesa que filmou Diego que filmou geral, e um pequeno documentário sobre as oficinas, com eles falando, então, de suas vidas e suas dificuldades, chamado Não Perca as Esperanças.

A nota ruim fica por conta de que dois deles - a Chineza e a Barbie - vieram a falecer recentemente, mas tiveram uma homenagem prestada no DVD, com texto da Chineza, inclusive, na contra-capa. Infelizmente, estas duas pessoas com quem convivemos algum tempo não puderam assistir em carne e osso ao seu próprio trabalho finalizado, mas temos certeza de que, se existe algo além desta vida, eles estão observando e estão muito felizes com o resultado final.

Assista ao pequeno filme aqui embaixo e compareça lá na Feira do Livro, dia 15, para prestigiar um trabalho sensacional de pessoas que são diariamente reprimidas pelo preconceito e a imposição da baixa-estima pela sociedade. É, sem sombras de dúvida, uma grande vitória.

* as oficinas foram uma promoção da Alice (Agência Livre para informação, cidadania e educação), via projeto do Jornal Boca de Rua, com a parceria do GAPA/RS (Grupo de Apoio e Prevenção à AIDS). As cópias dos DVDs foram patrocinadas pela Graturck.

Quer saber como foi ontem à tarde na Câmara?

Então, acessa o CEL3UMA.
E o Salve o Pampa.

A chinelagem no poder

Do RS Urgente:
Cresce na ilustre sociedade porto-alegrense a indignação pela não eleição do jornalista-policial-ensaísta Paulão “Polícia em Ação” para a Câmara de Vereadores da capital. Pelo que se viu nesta quarta-feira no parlamento municipal, o âncora do programa mais educativo da televisão gaúcha teria um lugar fácil, fácil no Legislativo. Mas ainda não foi desta vez. O inimigo(?) número um da “chinelage” deve ter morrido de angústia com o que viu hoje. Vários dublês de chinelo se revezaram na tribuna, mentindo pro tio e contando pro vô. E a casa não caiu. Pelo contrário,vai ganhar vários andares. Muitos andares. E algumas coberturas. Que Fórum Social Mundial que nada. Porto Alegre é hoje a capital da chinelagem. “Outro chinelo é possível” passou a ser o lema da cidade. E quem não gostar que vá se queixar para o bispo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Desmitificando a produção audiovisual

Na última sexta-feira (07/11) estivemos dando oficina de vídeo para uma gurizada da Vila Hípica, promovendo as atividades do Quilombo do Sopapo - ponto de cultura do Bairro Cristal.

Dividimos a galerinha em três grupos: um de mais velhos, um de meninas superpoderosas e outro de piazada do futebol. A Têmis, claro, ficou com as superpoderosas, eu, claro, com os guris projetos-de-craque da bola. O grupo mais fácil de se lidar, já trabalhando, inclusive, nas oficinas do ponto, ficou a cargo do amigo Ricardo.

Discutimos rapidamente nossa proposta, falamos cada um em seu grupo sobre como conduzir a produção de um filme seja com câmeras ou com telefones celulares e partimos para as filmagens. Do meu grupo, saíram pequenos fragmentos de uma partida de futebol. A galerinha participou ativamente, indo buscar os uniformes (o figurino!) e se "puxando" nas encenações. O resultado é este pequeno vídeo aqui:



Interessantíssimo como é importante trabalhar a desmitificação da produção audiovisual. Todos consomem televisão e a têm como um santo graal, intocável, construída por mágicos sobre-humanos. Quando se trabalha com as facilidades da tecnologia de hoje, demonstrando que as coisas são palpáveis e que é possível também produzir vídeos dali, daquela realidade própria, parece que novas portas se abrem nas visões de quem quer que se aproprie da técnica.

É assim que temos trabalhado nos mais variados cantos desta cidade. Desmistificando. E esperamos, agora, encontrá-los lá no Quilombo do Sopapo não só para videozinhos de futebol ou pequenos fragmentos de realidade momentâneas - como foi o enfoque dessa oficina -, mas para a construção teórica dessa desmistificação, para a seqüência do interesse na prática audiovisual como atividade transformadora, inclusive, de suas realidades.

*o Quilombo do Sopapo é projeto constituído pela OCIP Guayí, com apoio do Sintrajufe.
**a Catarse é parceira nas oficinas de vídeo

Reflexiones de Fidel Castro: El analfabetismo económico

Existe gran temor de que los países más ricos del mundo, reunidos con un grupo reducido de países emergentes golpeados por la crisis financiera, aprueben un nuevo Bretton Woods ignorando al resto del mundo, advierte el líder cubano.

Clique aqui para ler o artigo na íntegra (em espanhol).

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Abaixo, uma tradução livre recebida por e-mail:

Reflexões de Fidel Castro - O Analfabetismo Econômico

Existe grande temor de que os países mais ricos do mundo, reunidos com um grupo reduzido de países emergentes castigados pela crise financeira, aprovem um novo Bretton Woods ignorando o resto do mundo, adverte o líder cubano.
extraído de Cubadebate


Chávez falou em Zulia do "camarada Sarkozy", e o disse com certa ironia, mas sem intenção de feri-lo. Pelo contrário, quis reconhecer sua sinceridade quando, em sua condição de Presidente rotativo da Comunidade de Países Europeus, falou em Pequim.

Ninguém proclamava o que todos os líderes europeus conhecem e não confessam: o sistema financeiro atual não serve e é preciso mudá-lo. O Presidente venezuelano exclamou com franqueza: "É impossível refundar o sistema capitalista, seria como a tentativa de pôr a navegar o Titanic depois que está no fundo do Oceano."

Na reunião da Associação das Nações Européias e Asiáticas, na qual participaram 43 países, Sarkozy fez confissões notáveis, segundo as agências de notícias: "O mundo vai mal, enfrenta uma crise financeira sem precedentes por sua magnitude, rapidez, violência, e suas conseqüências sobre o meio ambiente põem em questão a sobrevivência da humanidade: 900 milhões de pessoas não têm os meios para alimentar-se".

"Os que participamos desta reunião representamos dois terços da população do planeta e a metade de suas riquezas; a crise financeira começou nos Estados Unidos, mas é mundial e a resposta deve ser mundial."

"O lugar para um menino de 11 anos não é a fábrica, mas a escola."

"Nenhuma região do mundo tem lição a dar a ninguém." Uma clara alusão à política dos Estados Unidos.

Ao final recordou ante as nações da Ásia o passado colonizador da Europa nesse continente.

Se o Granma tivesse escrito essas palavras, diriam se tratar de um clichê da imprensa oficial comunista.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse em Pequim que não se podia "prever a magnitude e a duração da crise financeira internacional em curso. Trata-se, nem mais nem menos, da criação de uma nova carta constitutiva das finanças." Nesse mesmo dia foram divulgadas notícias que revelam a incerteza geral desencadeada.

Na reunião de Pequim, os 43 países da Europa e Ásia acordaram que o FMI deveria desempenhar um papel importante, dando assistência aos países gravemente atingidos pela crise, e apoiaram uma cúpula inter-regional visando estabilidade a longo prazo e o desenvolvimento da economia do mundo.

O presidente do governo espanhol, Rodríguez Sapatero, declarou que "havia uma crise de responsabilidade em que uns poucos se enriqueceram e a maioria está empobrecendo", que "os mercados não confiam nos mercados". Exortou os países a fugir do protecionismo, convencido de que a competição faria com que os mercados financeiros cumprissem seu papel. Não foi oficialmente convidado à cúpula em Washington devido à atitude rancorosa de Bush, que não lhe perdoa a retirada das tropas espanholas do Iraque.

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, apoiou sua advertência sobre o protecionismo.

O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, reuniu-se por sua parte com economistas eminentes para tentar evitar que os países em desenvolvimento sejam as principais vítimas da crise.

Miguel D'Escoto, ex-ministro de Relações Exteriores da Revolução Sandinista e atual presidente da Assembléia Geral da ONU, solicitou que o problema da crise financeira não fosse discutido no G-20 entre os países mais ricos e um grupo de nações emergentes, mas nas Nações Unidas.

Há disputas a respeito do lugar e da reunião onde deve se adotar um novo sistema financeiro que ponha fim ao caos e à ausência total de segurança para os povos. Existe grande temor de que os países mais ricos do mundo, reunidos com um grupo reduzido de países emergentes prejudicados pela crise financeira, aprovem um novo Bretton Woods ignorando o resto do mundo. O presidente Bush declarou ontem que "os países que discutirão aqui no próximo mês sobre a crise global devem também voltar a se comprometer com os fundamentos do crescimento econômico de longo prazo: mercados livres, livre empresa e livre comércio."

Os bancos emprestavam dezenas de dólares por cada dólar depositado pelos correntistas. Multiplicavam o dinheiro. Respiravam e transpiravam por todos os poros... Qualquer contração os conduzia à ruína ou à absorção por outros bancos. Era preciso salvá-los, sempre às custas dos contribuintes. Fabricavam enormes fortunas. Seus privilegiados acionistas majoritários podiam pagar qualquer soma por qualquer coisa.

Shi Jianxun, professor da Universidade de Tongui, Xangai, declarou em um artigo que publicou na edição exterior do Diário do Povo que "a crua realidade levou as pessoas, em meio a um pânico, a se darem conta de que os Estados Unidos utilizaram a hegemonia do dólar para saquear as riquezas do mundo. Urge mudar o sistema monetário internacional baseado na posição dominante do dólar."

Com muito poucas palavras explicou o papel essencial das moedas nas relações econômicas internacionais. Assim vinha ocorrendo há séculos entre a Ásia e a Europa: recordemos que o ópio foi imposto à China como moeda. Disso falei quando escrevi 'A vitória chinesa'.

Nem sequer a prata metálica – que os espanhóis usavam inicialmente, desde a colônia nas Filipinas, para pagar pelos produtos adquiridos na China – as autoridades espanholas desejavam receber, porque ela se desvalorizava progressivamente devido a sua abundância no chamado Novo Mundo recém conquistado pela Europa. Até vergonha os governantes europeus sentem hoje pelas coisas que impuseram à China durante séculos.

As atuais dificuldades nas relações de intercâmbio entre esses dois continentes devem ser resolvidas – segundo o critério do economista chinês – com euros, libras, ienes e yuanes. Não resta dúvida de que a regulação razoável entre essas quatro moedas ajudaria no desenvolvimento de relações comerciais justas entre Europa, Grã-Bretanha, Japão e China.

Estariam incluídos nessa esfera o Japão e a Alemanha, dois países produtores de sofisticados equipamentos de tecnologia avançada tanto para a produção como para os serviços –, e o maior motor em potencial da economia do mundo, a China, com ao redor de 1,4 bilhão de habitantes e mais de US$ 1,5 trilhão em suas reservas de divisas conversíveis, que são em sua maioria dólares e bônus do Tesouro dos Estados Unidos. Seguida do Japão com quase as mesmas cifras de reservas em divisas.

Na atual conjuntura, aumenta-se o valor do dólar pela posição dominante desta moeda imposta à economia mundial, justamente assinalada e rejeitada pelo professor de Xangai.

Grande número de países do Terceiro Mundo, exportadores de produtos e matérias-primas com pouco valor agregado, somos importadores de produtos de consumo chineses, que costumam ter preços razoáveis, e equipamentos do Japão e da Alemanha, os quais são cada vez mais caros. Ainda que a China cuide para que o Yuan não se supervalorize, como os ianques exigem sem parar para proteger suas indústrias da concorrência chinesa, o valor do Yuan aumenta e o poder aquisitivo de nossas exportações diminui. O preço do níquel, nosso principal produto de exportação, cujo valor atingiu mais de 50 mil dólares a tonelada não faz muito tempo, nos últimos dias mal ultrapassa os 8.500 dólares por tonelada, isto é, menos de 20% do preço máximo atingido. O do cobre caiu para menos de 50%; assim sucessivamente ocorre com o ferro, alumínio, estanho, zinco e todos os minerais indispensáveis para um desenvolvimento sustentado. Os produtos de consumo, como café, cacau, açúcar e outros, sem fazer qualquer sentido racional e humano, em mais de 40 anos mal aumentaram seus preços. Por isso não faz muito tempo eu adverti igualmente que, em conseqüência de uma crise que estava muito próxima, os mercados seriam perdidos1 e o poder aquisitivo de nossos produtos seria reduzido consideravelmente.

Nessa circunstância, os países capitalistas desenvolvidos sabem que suas fábricas e serviços paralisam, e só a capacidade de consumo de grande parte da humanidade já nos índices de pobreza, ou abaixo destes, poderia mantê-los funcionando.

Esse é o grande dilema que a crise financeira nos impõe, e o perigo de que os egoísmos sociais e nacionais prevaleçam acima dos desejos de muitos políticos e estadistas agoniados diante do fenômeno. Eles não têm a menor confiança no próprio sistema do qual surgiram como homens públicos.

Quando um povo deixa o analfabetismo para trás, sabe ler e escrever, e possui um mínimo indispensável de conhecimentos para viver e produzir honradamente, ainda lhe faltaria vencer a pior forma de ignorância em nossa época: o analfabetismo econômico. Só assim poderíamos saber o que está ocorrendo no mundo.

Fidel Castro Ruz
26 de Outubro de 2008

*Fonte: Agência Prensa Latina*

nota: a expressão "los mercados se perderían" pode ter dois sentidos: (a) os mercados ficariam perdidos, e (b) os mercados seriam perdidos.

sábado, 8 de novembro de 2008

Esses podem...


Duas horas na faixa de segurança

Um ato de desrespeito às leis de trânsito foi flagrado ontem, na rua Caldas Júnior com a Andradas, no Centro de Porto Alegre. Um ônibus com placa de São Paulo, promovendo o evento Meninas Fantástico, estacionou na faixa de segurança, infração considerada grave pelo Código de Trânsito Brasileiro, com multa, medida administrativa, remoção do veículo e cinco pontos na carteira. O veículo ocultou a parada de ônibus, na Caldas Júnior, obrigando os passageiros a ocuparem o leito da rua. Pouco depois, uma van, do mesmo grupo, parou entre as faixas de segurança da Caldas Júnior com a Andradas, aumentando o transtorno, visto que o local é ponto de desembarque de passageiros. Várias ruas ficaram congestionadas. A EPTC apareceu quase duas horas após o coletivo ter estacionado e uma hora e 11 minutos de acionarem sua central de rádio. Os carros não foram multados.

O transtorno começou às 15h. Os pedestres tentavam atravessar a rua ou ver se o ônibus que iriam tomar estava chegando. Uma mulher de 66 anos, que esperava o coletivo da linha C3, considerou incrível: 'Será que ninguém fará alguma coisa?'. Às 15h45min, a van parou na esquina. O veículo deu ré, obrigando pedestres a correr para não serem pegos. Segundo um dos integrantes da equipe de divulgação, foi feito contato com a EPTC. O agente de trânsito explicou que não houve permissão para parada na faixa de segurança. 'Às vezes, o pessoal pede autorização para um local e pára em outro. Precisamos ter uma certa flexibilidade com pessoas que são de fora para que não pensem que somos trogloditas', justificou o fato de os veículos saírem sem multa. O motorista do ônibus afirmou que sabia da proibição. Disse que parou só para descarregar os brindes. A distribuição levou mais de duas horas.


Retirado do Correio do Povo de 07/11.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Nada muda na "terra da oportunidade"

Na minha opinião, a vitória de Obama é muito mais significativa pelo ponto-de-vista simbólico da chegada de um negro à Casa Branca do que por qualquer outra coisa.
É preciso lembrar que a "democracia" estadunidense é o maior regime de partido único do mundo ocidental. Republicanos e Democratas são como a falsa dicotomia que existia à época da Ditadura Militar brasileira com Arena e MDB - apenas com este último congregando algumas figuras de esquerda, que desejavam não desaparecer da vida política nacional, mas que autonomia mesmo não tinham.
Democratas e Republicanos são o mesmo lado de uma mesma moeda: o american way of life. Naquele país é onde se tem a prova viva de que um presidente não manda nada, que ele simplesmente segue uma agenda pré-estabelecida e funciona como bibelô de decisões que são tomadas não em porões, mas em amplos escritórios em algum andar bem alto dos enormes prédios de corporações - vide George W. Bush, um cidadão que constrange pela falta de inteligência e que foi guindado ao cargo mais alto dos Estados Unidos por 2 enormes fraudes eleitorais, que tiveram guarida nas vistas grossas dos Democratas no Congresso Nacional.
Se Obama realmente começar a fazer uso do sistema de Justiça estadunidense e passar a realizar reformas de base na economia socialmente injusta do Brasil lá de cima, está fadado a ser mais um na galeria das lideranças assassinadas na terra do Tio $am.
Essa gente não brinca em serviço.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ecos da Satiagraha

O delegado federal Protógenes Queiroz virou uma celebridade. Afastado da Operação Satiagraha, o policial percorre o Brasil fazendo palestras sobre o combate à corrupção, enquanto se prepara para terminar um curso de especialização na Academia de Polícia, em Brasília. Apenas em outubro, Queiroz esteve em mais de dez fóruns de debate, em faculdades, assembléias legislativas e câmaras municipais, onde, invariavelmente, fala para audiências lotadas. O delegado é reconhecido nas ruas, é paparicado por cidadãos, mas paga um preço alto por ter batido de frente contra grupos poderosos da República.
(...)
Carta Capital: Por que o senhor se preocupou, especificamente, em investigar a participação de gente da imprensa no esquema criminoso de Daniel Dantas?
Protógenes Queiroz: Eu sabia que, a partir da execução da Operação Satiagraha, viriam notícias para proteger o bandido. Por isso resolvi abrir um capítulo no meu relatório sobre o papel da mídia na investigação. Então, há vários jornalistas comprometidos com Daniel Dantas, de forma direta e indireta. Se eu não colocasse isso no papel, seria pior. Coloquei justamente para a própria imprensa ter a decência de discutir o processo sob o plano da ética e da moral. Hoje, a imprensa já encontrou o seu caminho. Alguns jornais passaram a discutir isso internamente, que eu sei, fui informado. O furo de reportagem é válido, mas nem sempre o timing da imprensa é o timing da polícia. Se puder conciliar as duas coisas, magnífico. Mas na maioria das vezes não é possível, e o prejuízo para a sociedade e para o País é muito grande.

CC: Havia mesmo uma espécie de “Sistema Dantas de Comunicação”, como apelidou o jornalista Paulo Henrique Amorim?
PQ: Havia, sim, em quase todos os jornais e revistas daqui e até no exterior. Eu me espantei, fiquei assustado, porque era uma coisa que eu jamais poderia imaginar, que uma pessoa teria o poder de manipular a mídia do Brasil. Levei logo o assunto ao conhecimento do procurador (Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal de São Paulo) e ao juiz (Fausto De Sanctis, da Justiça Federal de São Paulo). Aquilo me causou uma repulsa muito grande e, no decorrer da investigação, isso foi se aprofundando a tal ponto que eu percebi que grandes veículos de comunicação estavam nas mãos do Dantas. Não as empresas todas, mas determinados jornalistas que fabricavam matérias para facilitar os negócios de Dantas, no presente e no futuro. Isso era uma coisa diária, a relação dele com esses jornalistas. Quando o interroguei, até disse a ele que ele seria mais feliz se comprasse um jornal ou uma rede de televisão, porque, como banqueiro, ele não é uma pessoa feliz.
(...)
CC: O que o senhor achou da tentativa de incluir a Satiagraha, o seu nome e o do delegado Paulo Lacerda nessa história do suposto grampo feito no STF?
PQ: Foi uma situação prematura, onde se deu credibilidade a uma falsa notícia de uma revista comprometida com Daniel Dantas. A revista fabricou um escândalo envolvendo duas pessoas importantes da República, o presidente do Supremo Federal e um senador, Demóstenes Torres (DEM-GO). Mas o que mais me espantou foi o fato de essas duas figuras, Mendes e Torres, terem dado credibilidade a essa mentira, a uma reportagem montada. Cadê o áudio? Desde o primeiro momento eu perguntei isso. Até para um leigo foi possível perceber que aquilo ali era uma coisa inidônea. Ainda mais para dois profissionais do Direito (o senador Torres foi procurador-geral de Justiça de Goiás).

CC: O que o senhor acha da atuação do deputado Marcelo Itagiba na CPI dos Grampos?
PQ: Olha, é uma CPI para investigar grampos clandestinos em nível nacional. Mas o foco da CPI agora é o caso Daniel Dantas. E o caso Daniel Dantas não teve interceptação clandestina. A Operação Satiagraha só teve interceptações autorizadas judicialmente. Ele tinha que chamar todo o grupo do Opportunity para a CPI, porque o Dantas está denunciado por grampo clandestino, por conta da Operação Chacal. Tinha que chamar também os diretores da Kroll para dar esclarecimento. Mas ele chama quem investigou o Dantas. Mas a sociedade percebe. Hoje, neste assunto, não tem analfabeto no País.

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ESTÁ IMPERDÍVEL!

Brincando de soldadinho da ditadura (da série "Os sonhos de Mendes")

As coisas podem piorar e muito no RS. As barricadas começam a ser montadas do lado de lá. É explícita a intenção do confronto.
Faz horas que namoro este posto do RS Urgente na minha lista de blogs de leitura diária. Não queria ler, seria demais para o meu estômago. Mas tomei coragem e cliquei. Li o dito cujo.
É simplesmente inacreditável, e reproduzo-o aqui na íntegra:

Coronel Mendes quer proibir realização de protestos em frente ao Palácio Piratini
O comandante da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel Paulo Mendes, defendeu hoje a proibição de manifestações de protesto, em frente ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Segundo ele, “os protestos acabam provocando muitos transtornos”. Especialmente para a governadora Yeda Crusius (PSDB), faltou dizer. Mendes ganhou o apoio do deputado estadual Cassiá Carpes (PTB) que defendeu a delimitação de “outros lugares” para a realização de manifestações. Além de ignorarem a Constituição brasileira, o coronel e o deputado zombam da inteligência alheia ao dizerem que a pretensão de proibir protestos em frente ao Piratini não tem nenhuma conotação política.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ciclo de Vídeos dos 30 anos do Ói Nóis Aqui Traveiz

Durante a exposição Rondó da Liberdade: os 30 anos do Ói Nóis Aqui Traveiz, que está ocorrendo no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (Rua Riachuelo, 1031 - centro de Porto Alegre) até o dia 14 de novembro das 08 as 17 horas com entrada franca, também estará acontecendo o Ciclo de Vídeos que contam e mostram a trajetória de 30 anos desta tribo de atuadores teatrais. Tal atividade acontecerá nos dias abaixo a partir das 18h30min com entrada franca.

PROGRAMAÇÃO:
10nov - A TRIBO: O Atuador (5min); TVE Repórter (30min); Ostal – Palcos da Vida TVE (60min);

11nov – TEATRO DE RUA: clipes Amargo Santo (10min); clipe A Saga de Canudos (10min); Caminho para um Teatro Popular (IN DVD Kassandra - 10min); A Exceção e A Regra (90min);

12nov – TEATRO DE VIVÊNCIA: Documentário A Missão (10min); Kassandra (DVD)(60min);

13nov – VERTENTE PEDAGÓGICA: Documentário Projeto Laboratório para Imaginação Social (10min); Documentário Escola de Teatro Popular (5min); Vídeo abert. e filmagem Última Instância* (30min);

14nov (sex) – TERREIRA DA TRIBO: Homenagem em cena (para Paulo Flores) (5min); Documentário Caravana Funarte (10min); Visões (Processo de Criação Kassandra IN DVD KAS – 30min); Documentário Tupambaé – Terra Sagrada (50 min).

Ainda acha que não existe manipulação na grande mídia?

Da Agência Carta Maior:

DEBATE ABERTO
Um dia na vida da Folha de S. Paulo
De como um dos maiores diários do país vem se especializando em inverter o sentido dos fatos. O jornal torce os fatos porque está torcendo pelos mesmos, em vez de tentar retratá-los com a maior precisão e contextualização possível.
Bernardo Kucinski

O dia é quinta, 30 de Outubro de 2008. Mas podia ser qualquer outro. Nessa quinta, o desprezo da Folha pelos seus leitores superou-se com a reportagem “Luz para Todos não cumpre a meta de dois milhões". Minha mulher, que já vinha se aborrecendo com a Folha, fechou as páginas, irritada: “Esse jornal pensa que somos idiotas”.

Começa pela foto que encima a história, uma cena de escuridão no Congresso Nacional, que não tem nada nadinha a ver com o programa Luz para Todos. Depois vem o título, enorme, em quatro colunas, numa página nobre do jornal, chamando de fracassado um programa que os números da reportagem revelam estar sendo um dos maiores sucessos do governo Lula.

Clique aqui e leia a íntegra.

Sonda indiana manda primeiras imagens da Lua

Também via Blogoleone:

Sonda lunar india transmitió las primeras fotos desde el espacio
18:33 | 01/ 11/ 2008

Nueva Delhi, 1 de noviembre, RIA Novosti. La sonda lunar india Chandrayaan, lanzada el 22 de octubre, transimitió hoy las primeras fotos desde el espacio, informó la Organización de Investigación Espacial de la India (ISRO).

Las cámaras de la sonda retrataron a la Tierra desde la distancia de 9 mil y 70 mil kilómetros.

El director de la ISRO, Nadhavan Nair, informó anoche al primer ministro de la India, Manmohan Singh, del feliz desarrollo de la expedición lunar. Le mostró fotos y maquetas de Chandrayaan 1 y del misil PSLV-C11, que lo puso en órbita.

De momento Chandrayaan 1 hace revoluciones alrededor de la Tierra en una órbita, cuyo apogeo es de 267 mil kilómetros y perigeo, de 465 kilómetros. Tras el arranque de turno de los motores, la sonda se alejará de la Tierra a 384 mil kilómetros en los próximos días, acercándose de lleno a la Luna (la distancia entre la Tierra y la Luna es de unos 400 mil kilómetros). Luego Chandrayaan alcanzará la órbita circunlunar, alejada a 100 kilómetros de la superficie de la Luna, tras lo cual despegará sus pilas solares y empezará su funcionamiento calculado por dos años.

El instrumental que la sonda lleva a bordo permitirá crear un detallado atlas de la superficie lunar, así como realizar el radiosondaje con el fin de detectar en el suelo lunar metales, agua y helio-3.

En toda la historia del estudio de la Luna, se realizaron casi 70 misiones a este satélite de la Tierra, en primer lugar por la URSS y EEUU. Pero hasta el momento no se ha recibido respuesta sobre la existencia del agua en la Luna. (El descubrimiento del agua permitiría pensar en crear bases lunares en un futuro). Los científicos de la India esperan poder desentrañar ese enigma.

- link da matéria

EUA tem regime de partido único

Via Blogoleone:

Chomsky: "Os EUA têm essencialmente um sistema de partido único"

O lingüista e intelectual Noam Chomsky tem sido, desde há muito tempo, um crítico do consumismo e imperialismo estadunidenses. A [revista alemã] Der Spiegel falou com ele sobre a actual crise do capitalismo, a retórica de Barack Obama e o conformismo dos intelectuais.

Entrevista conduzida por Gabor Steingart
- Professor Chomsky, as catedrais do capitalismo entraram em colapso, o governo conservador está a gastar os seus últimos dias em exercício com os planos de nacionalização. Como é que isso o faz sentir?

Os tempos são demasiado difíceis e a crise demasiado severa para cair em lamentações. Olhando em perspectiva, o facto de que iria haver uma crise financeira era perfeitamente previsível, tal como a sua natureza e até a sua magnitude. Os mercados são sempre ineficientes.

Vejam a entrevista completa no Esquerda.Net.

Lula visita Cuba e se reúne com Raúl Castro

Sex, 31 Out, 08h27

HAVANA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite de quinta-feira com o presidente cubano, Raúl Castro. Lula está em Cuba para assinar um acordo que possibilitará à Petrobras explorar petróleo em águas costeiras da ilha.

Lula chegou a Cuba no final da tarde. Pouco depois de sua chegada, a televisão estatal cubana mostrou imagens do encontro oficial entre Lula, Raúl Castro e suas respectivas delegações.

"Durante a visita (de Lula), será firmado um contrato de participação na produção de hidrocarbonetos entre a Cubapetroleos e a filial da Petrobras, Petrobras Middle East B.v", disse o jornal oficial Granma.

Esta é a terceira visita de Lula a Cuba. Ele já esteve na ilha em setembro de 2003 e janeiro deste ano, quando assinou vários acordos de cooperação bilateral.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, acompanham Lula, que também vai comparecer à inauguração da sede local da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil, a Apex.

Na viagem de um dia, Lula convidará Raúl a participar da cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, nos dias 16 e 17 de dezembro no Brasil, disse uma fonte da delegação brasileira em Havana. Caso Raúl aceite o convite, será sua primeira viagem internacional desde que assumiu a Presidência, em fevereiro, substituindo o irmão doente, Fidel Castro.

A Petrobras já prospectou petróleo na ilha há cerca de 10 anos, mas não encontrou nada depois de investir 20 milhões de dólares na exploração.

A empresa brasileira deseja seguir os passos de outras seis petrolíferas, como a espanhola Repsol e a venezuelana PDVSA, que têm acordos de exploração com a estatal cubana para 28 dos 59 blocos disponíveis em águas profundas do setor cubano do Golfo do México.

Fontes brasileiras disseram que o acordo, que deve ser assinado na manhã desta sexta-feira, prevê a prospecção de petróleo em um bloco localizado próximo ao balneário de Varadero, a cerca de 140km a leste de Havana.

Cuba consome 150 mil barris diários de petróleo e derivados. Cerca de 92 mil são importados a preços preferenciais pela Venezuela, principal aliada política e econômica de Cuba.

O Brasil é o segundo maior sócio comercial da ilha, segundo dados oficiais. As trocas comerciais somaram 412 milhões de dólares em 2007, cerca de 10 por cento a mais que em 2006. O Brasil tem dito que quer se tornar o primeiro parceiro comercial de Cuba.

Durante a visita à ilha, Lula pode voltar a encontrar-se com Fidel Castro, que não aparece em público desde julho de 2006.

(Reportagem de Rosa Tania Valdes)