Inter | 27/11/2008 00h52min
Piffero aproveita vitória em La Plata para ironizar o Grêmio
Grêmio, a maior torcida do Rio Grande do Sul: 10 milhões de torcedores - 6 milhões a favor, 4 milhões torcendo contra.
Grêmio, a maior torcida do Rio Grande do Sul: 10 milhões de torcedores - 6 milhões a favor, 4 milhões torcendo contra.
Vivemos em uma sociedade chamada de estamental - e não tenham dúvidas disso (clique aqui para entender).
Os direitos e deveres dos cidadãos gaúchos são distribuídos de acordo com a classe social a que pertencem. Para alguns vale o rigor da lei ou o que desejar o comandante da polícia. Para outros, vale o que eles mesmos decidem sobre suas próprias situações.
Esse é o caso da Casa da Mãe Joana guasca, o Tribunal de Justiça.
Leia atentamente os três posts linkados a seguir, do Blog IndignAÇÃO, de uma servidora do judiciário que tem denunciado e explorado milimetricamente e com riqueza de detalhes o nepotismo praticado por aqueles senhores(as) que se colocam constantemente acima da lei e da ordem:
RADIOGRAFIA DO MAUSOLÉU DA JUSTIÇA
- parte I
- parte II
- parte III
*obs: alguém lembra de já terem mencionado uma tal "caixa-preta" do judiciário brasileiro? Pois é...
Abro excepcionalmente (muuuuito excepcionalmente) um espaço para um colunista do PRBS que escreve sobre futebol, já que estou de quarentena por aqui sobre falar do Tricolor até o final do Brasileirão e este texto expressa exatamente o meu pensamento:
Esta postagem vem na íntegra do Blog Movimento IndignAÇÃO, de uma servidora do TJ-RS que está denunciando a mil os desmandos do topo da pirâmide da sociedade gaudéria.
Mas que baita ditadura esta, tchê!
Da Revista Fórum
*resposta de Yoda aos manifestantes do CPERS
O PRBS não mede esforços e não tem a mínima cara-de-pau em manipular fatos e elementos relacionados a praticamente todos os setores da sociedade.
Bastam pequenas pesquisas para se perceber que sempre onde há interesses da grande família sirotskyniana eles metem o bedelho do jeito que querem em jornais, rádio e televisão e fazem valer no final das contas as suas vontades.
Pois gostaria de saber qual é o interesse do grupo da "rede bunda suja", como dizem por aí, em jogadores do Grêmio.
Já pesquei por diversas vezes alguns absurdos inimagináveis como escolher o Gavião melhor em campo na maior pressão de tentar fazer com que todo aquele jogo de futebol que assistimos ao vivo teria sido mera obra de nossas cabeças, uma alucinação coletiva.
É sabido que a família Sirotsky tem cadeira no conselho Tricolor.
Sabe-se, também, que empresários - conselheiros ou não - têm muito dinheiro emprestado ao clube que se depositam nas futuras carreiras de jogadores vindos da base. E essa grana deve gerar uma pressão imensa nas estruturas de administração do clube, com certeza.
Pois hoje me deparo com outra dessas situações.
Não vou falar do jogo de ontem em si, até porque me fiz uma promessa de não tocar mais no assunto "Grêmio" até o final do campeonato. Mas vou pegar essa deixa pra "levantar uma lebre".
ZMentira de domingo faz um estardalhaço com os dois meias William Magrão e Rafael Carioca. A todo o momento mencionam que os garotos valem juntos R$ 100 milhões - cada um 50. Faz alguns dias já que esse tipo de informação vem pintando na mérdia, inclusive.
Pois bem, à noite, um dos piores em campo é o Sr. William Magrão. Ele errava praticamente tudo o que tentava e presenteou o Coritiba com duas bolas para contra-ataques das quais, em uma delas, não fosse Victor e a sorte do Tricolor poderia ter sido outra.
Eu estava no estádio com outras duas pessoas e éramos unânimes no sentido de que Magrão poderia ter saído até mesmo no primeiro tempo, tão irritante eram suas incursões desastradas com a bola. E ele não saiu nem no segundo tempo, mas Carioca, sim. Ok, também não estava tão bem, aceitamos a decisão do nosso treinador.
Mesmo assim, elencamos - como sempre fazem grande parte dos torcedores - os melhores e piores em campo. Dos piores, Magrão foi "o" pior, disparado.
Pois bem. Qual o meu espanto quando ligo a televisão hoje para assistir ao fraquíssimo TVCom Esportes, e aquela dupla mais bolha da televisão guasca inicia matéria com o seguinte texto: "Tcheco fez gol ontem no Coritiba. Héverton também. Mas o melhor em campo foi... WILLIAM MAGRÃO!".
Quase me engasgo com o mate.
Mas não é possível a cara-de-pau... Levanta-se a bola antes do jogo e, mesmo com atuação abaixo da crítica, levanta-se depois forjando a eleição do cara como craque do jogo.
O mais interessante é o poder que a televisão tem sobre a gente. Mesmo muitos dos que foram ao estádio, que viram com seus próprios olhos o jogo inteiro, rendem-se hipnoticamente à falsa credibilidade forçada pelos "especialistas" ali da bancada e passam a ponderar: "É... Até que eles têm um pouco de razão. Ele não jogou tão mal assim".
Pronto! Aceitamos, dessa forma, passivamente a metamorfose de nossas opiniões. Deixamos de crer em nossos próprios olhos, as janelas para nossas significações, para consumirmos a boa e velha opinião enlatada - conservada, processada e industrializada.
Estou com a pulga atrás da orelha de que tem coelho nesse mato (lembra da lebre?).
Pois o mesmo raciocínio vale para as questões do Pontal do Estaleiro. Vale lembrar, então, que a família corleone, quer dizer, Sirotsky tem parte na construção civil porto-alegrense...
Seria mera coincidência os seus veículos terem feito uma cobertura pró-projeto do pontal?
Nesta semana tive a grata satisfação de participar de uma cerimônia de formatura um pouco diferente.
Na última segunda-feira, dia 10 de novembro, ocorreu nas instalações do GAPA/RS, no Bairro Cidade Baixa, a diplomação de moradores de rua que participaram de oficinas de fotografia, internet, vídeo, entre outros.
Eu e o colega de Catarse, Rafael Corrêa, com auxílio da Têmis, ministramos a oficina de vídeo. Desta saíram 3 filmes que formam um DVD que será lançado no próximo sábado, dia 15 de novembro, a partir das 15h, na Feira do Livro de Porto Alegre. Mais precisamente na Sala do Pensamento, Armazén A do Cais do Porto.
Serão apresentados os 3 vídeos e vendidos os DVDs, com a renda sendo revertida integralmente aos participantes das oficinas.
Os 3 filmes vieram de idéias concebidas pelos próprios moradores de rua, com destaque para o pequeno curta ficção - que apresentamos aqui - A História Perdida dos Meninos da Rua, com roteiro, produção e direção dos próprios oficinandos (apenas a edição foi feita pela Catarse). Os outros dois foram um exercício de câmera, em que comentam situações corriqueiras de suas vidas, chamado Wilson que filmou Maneco que filmou Paulo que filmou Barbie que filmou Mc Dom que filmou Gilmar que filmou Chinesa que filmou Diego que filmou geral, e um pequeno documentário sobre as oficinas, com eles falando, então, de suas vidas e suas dificuldades, chamado Não Perca as Esperanças.
A nota ruim fica por conta de que dois deles - a Chineza e a Barbie - vieram a falecer recentemente, mas tiveram uma homenagem prestada no DVD, com texto da Chineza, inclusive, na contra-capa. Infelizmente, estas duas pessoas com quem convivemos algum tempo não puderam assistir em carne e osso ao seu próprio trabalho finalizado, mas temos certeza de que, se existe algo além desta vida, eles estão observando e estão muito felizes com o resultado final.
Assista ao pequeno filme aqui embaixo e compareça lá na Feira do Livro, dia 15, para prestigiar um trabalho sensacional de pessoas que são diariamente reprimidas pelo preconceito e a imposição da baixa-estima pela sociedade. É, sem sombras de dúvida, uma grande vitória.
Na última sexta-feira (07/11) estivemos dando oficina de vídeo para uma gurizada da Vila Hípica, promovendo as atividades do Quilombo do Sopapo - ponto de cultura do Bairro Cristal.
Dividimos a galerinha em três grupos: um de mais velhos, um de meninas superpoderosas e outro de piazada do futebol. A Têmis, claro, ficou com as superpoderosas, eu, claro, com os guris projetos-de-craque da bola. O grupo mais fácil de se lidar, já trabalhando, inclusive, nas oficinas do ponto, ficou a cargo do amigo Ricardo.
Discutimos rapidamente nossa proposta, falamos cada um em seu grupo sobre como conduzir a produção de um filme seja com câmeras ou com telefones celulares e partimos para as filmagens. Do meu grupo, saíram pequenos fragmentos de uma partida de futebol. A galerinha participou ativamente, indo buscar os uniformes (o figurino!) e se "puxando" nas encenações. O resultado é este pequeno vídeo aqui:
Interessantíssimo como é importante trabalhar a desmitificação da produção audiovisual. Todos consomem televisão e a têm como um santo graal, intocável, construída por mágicos sobre-humanos. Quando se trabalha com as facilidades da tecnologia de hoje, demonstrando que as coisas são palpáveis e que é possível também produzir vídeos dali, daquela realidade própria, parece que novas portas se abrem nas visões de quem quer que se aproprie da técnica.
É assim que temos trabalhado nos mais variados cantos desta cidade. Desmistificando. E esperamos, agora, encontrá-los lá no Quilombo do Sopapo não só para videozinhos de futebol ou pequenos fragmentos de realidade momentâneas - como foi o enfoque dessa oficina -, mas para a construção teórica dessa desmistificação, para a seqüência do interesse na prática audiovisual como atividade transformadora, inclusive, de suas realidades.
*o Quilombo do Sopapo é projeto constituído pela OCIP Guayí, com apoio do Sintrajufe.
**a Catarse é parceira nas oficinas de vídeo
Na minha opinião, a vitória de Obama é muito mais significativa pelo ponto-de-vista simbólico da chegada de um negro à Casa Branca do que por qualquer outra coisa.
É preciso lembrar que a "democracia" estadunidense é o maior regime de partido único do mundo ocidental. Republicanos e Democratas são como a falsa dicotomia que existia à época da Ditadura Militar brasileira com Arena e MDB - apenas com este último congregando algumas figuras de esquerda, que desejavam não desaparecer da vida política nacional, mas que autonomia mesmo não tinham.
Democratas e Republicanos são o mesmo lado de uma mesma moeda: o american way of life. Naquele país é onde se tem a prova viva de que um presidente não manda nada, que ele simplesmente segue uma agenda pré-estabelecida e funciona como bibelô de decisões que são tomadas não em porões, mas em amplos escritórios em algum andar bem alto dos enormes prédios de corporações - vide George W. Bush, um cidadão que constrange pela falta de inteligência e que foi guindado ao cargo mais alto dos Estados Unidos por 2 enormes fraudes eleitorais, que tiveram guarida nas vistas grossas dos Democratas no Congresso Nacional.
Se Obama realmente começar a fazer uso do sistema de Justiça estadunidense e passar a realizar reformas de base na economia socialmente injusta do Brasil lá de cima, está fadado a ser mais um na galeria das lideranças assassinadas na terra do Tio $am.
Essa gente não brinca em serviço.
O delegado federal Protógenes Queiroz virou uma celebridade. Afastado da Operação Satiagraha, o policial percorre o Brasil fazendo palestras sobre o combate à corrupção, enquanto se prepara para terminar um curso de especialização na Academia de Polícia, em Brasília. Apenas em outubro, Queiroz esteve em mais de dez fóruns de debate, em faculdades, assembléias legislativas e câmaras municipais, onde, invariavelmente, fala para audiências lotadas. O delegado é reconhecido nas ruas, é paparicado por cidadãos, mas paga um preço alto por ter batido de frente contra grupos poderosos da República.
(...)
Carta Capital: Por que o senhor se preocupou, especificamente, em investigar a participação de gente da imprensa no esquema criminoso de Daniel Dantas?
Protógenes Queiroz: Eu sabia que, a partir da execução da Operação Satiagraha, viriam notícias para proteger o bandido. Por isso resolvi abrir um capítulo no meu relatório sobre o papel da mídia na investigação. Então, há vários jornalistas comprometidos com Daniel Dantas, de forma direta e indireta. Se eu não colocasse isso no papel, seria pior. Coloquei justamente para a própria imprensa ter a decência de discutir o processo sob o plano da ética e da moral. Hoje, a imprensa já encontrou o seu caminho. Alguns jornais passaram a discutir isso internamente, que eu sei, fui informado. O furo de reportagem é válido, mas nem sempre o timing da imprensa é o timing da polícia. Se puder conciliar as duas coisas, magnífico. Mas na maioria das vezes não é possível, e o prejuízo para a sociedade e para o País é muito grande.
CC: Havia mesmo uma espécie de “Sistema Dantas de Comunicação”, como apelidou o jornalista Paulo Henrique Amorim?
PQ: Havia, sim, em quase todos os jornais e revistas daqui e até no exterior. Eu me espantei, fiquei assustado, porque era uma coisa que eu jamais poderia imaginar, que uma pessoa teria o poder de manipular a mídia do Brasil. Levei logo o assunto ao conhecimento do procurador (Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal de São Paulo) e ao juiz (Fausto De Sanctis, da Justiça Federal de São Paulo). Aquilo me causou uma repulsa muito grande e, no decorrer da investigação, isso foi se aprofundando a tal ponto que eu percebi que grandes veículos de comunicação estavam nas mãos do Dantas. Não as empresas todas, mas determinados jornalistas que fabricavam matérias para facilitar os negócios de Dantas, no presente e no futuro. Isso era uma coisa diária, a relação dele com esses jornalistas. Quando o interroguei, até disse a ele que ele seria mais feliz se comprasse um jornal ou uma rede de televisão, porque, como banqueiro, ele não é uma pessoa feliz.
(...)
CC: O que o senhor achou da tentativa de incluir a Satiagraha, o seu nome e o do delegado Paulo Lacerda nessa história do suposto grampo feito no STF?
PQ: Foi uma situação prematura, onde se deu credibilidade a uma falsa notícia de uma revista comprometida com Daniel Dantas. A revista fabricou um escândalo envolvendo duas pessoas importantes da República, o presidente do Supremo Federal e um senador, Demóstenes Torres (DEM-GO). Mas o que mais me espantou foi o fato de essas duas figuras, Mendes e Torres, terem dado credibilidade a essa mentira, a uma reportagem montada. Cadê o áudio? Desde o primeiro momento eu perguntei isso. Até para um leigo foi possível perceber que aquilo ali era uma coisa inidônea. Ainda mais para dois profissionais do Direito (o senador Torres foi procurador-geral de Justiça de Goiás).
CC: O que o senhor acha da atuação do deputado Marcelo Itagiba na CPI dos Grampos?
PQ: Olha, é uma CPI para investigar grampos clandestinos em nível nacional. Mas o foco da CPI agora é o caso Daniel Dantas. E o caso Daniel Dantas não teve interceptação clandestina. A Operação Satiagraha só teve interceptações autorizadas judicialmente. Ele tinha que chamar todo o grupo do Opportunity para a CPI, porque o Dantas está denunciado por grampo clandestino, por conta da Operação Chacal. Tinha que chamar também os diretores da Kroll para dar esclarecimento. Mas ele chama quem investigou o Dantas. Mas a sociedade percebe. Hoje, neste assunto, não tem analfabeto no País.
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ESTÁ IMPERDÍVEL!
As coisas podem piorar e muito no RS. As barricadas começam a ser montadas do lado de lá. É explícita a intenção do confronto.
Faz horas que namoro este posto do RS Urgente na minha lista de blogs de leitura diária. Não queria ler, seria demais para o meu estômago. Mas tomei coragem e cliquei. Li o dito cujo.
É simplesmente inacreditável, e reproduzo-o aqui na íntegra:
Durante a exposição Rondó da Liberdade: os 30 anos do Ói Nóis Aqui Traveiz, que está ocorrendo no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (Rua Riachuelo, 1031 - centro de Porto Alegre) até o dia 14 de novembro das 08 as 17 horas com entrada franca, também estará acontecendo o Ciclo de Vídeos que contam e mostram a trajetória de 30 anos desta tribo de atuadores teatrais. Tal atividade acontecerá nos dias abaixo a partir das 18h30min com entrada franca.
PROGRAMAÇÃO: