segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ainda sobre a profissionalização no Grêmio

Só uma coisa, não é necessário transformar o clube em uma S/A, longe disso, por favor.
No clube Grêmio já há Conselho Fiscal, de Ética, Conselho Deliberativo, Consultivo e outras comissões constituídas.
É OBRIGAÇÃO LEGAL E ESTATUTÁRIA os dirigentes prestarem contas a estas instâncias e deixarem para os associados essas prestações para consulta e análise. Quer dizer, a constituição jurídica de agremiação nos permite toda e qualquer forma de execução administrativa - profissional, inclusive - e de cobrança em todas essas instâncias que mencionei.
A grande questão é: está sendo executada a regra em sua plenitude?
Claro que não - e o episódio Guerreiro, que mencionei na postagem anterior, é o exemplo claro disto.
Com o tempo se criou um grande casulo, que protege todo este amadorismo, e são utilizados os mais variados subterfúgios legais para aprovar tal e tal movimentação no clube - e isso, ainda que ocorra dessa forma, não tenham dúvidas, é uma dor de cabeça para eles (novamente o caso Guerreiro é o exemplo perfeito!).
Se fôssemos uma S/A, estaríamos, sim, completamente ferrados. É só virem dois grandes empresários com mais alguns amigos, "gremistas beneméritos", comprarem 51% das ações e pt saudações aos restantes.
Profissionalizar a gestão do Grêmio não é transformá-lo em S/A, mas, sim, fazer com que se coloquem as pessoas certas nos lugares certos - com remuneração ou não. E, claro, fazer o clube funcionar como tal, zelando pela participação cada vez maior do seu associado.
Virássemos uma S/A - e, olhem, tenho a impressão, pra mim, que é o que estão, inclusive, tentando fazer com a Grêmio Empreendimentos -, estaríamos nos tornando muito mais uma franquia, torcendo para uma marca e, emputecidos com o andar da administração, entupindo as linhas de um SAC tosco que nos colocariam à disposição. Em seguida, tamanho o descontentamento da torcida, boicotando os jogos, eles se reuniriam e levariam o Grêmio para Florianópolis, ou para alguma outra cidade que oferecesse vantagens para se instalar (é assim que funciona lá nos EUA, onde todos os times de beisebol, basquete, futebol americano e hóquei são franquias e constantemente mudam de "mercado" caso não tenham apoio da cidade e dos "fans" locais).
Não, tornar o Grêmio uma S/A, jamais.
Agora, estou 100% dentro desta empreitada pra ajustar as coisas e exigir gestão profissional do clube, com administradores competentes em suas áreas, sem proselitismo político e foco inteiramente no FUTEBOL!!!
Chega de delegado dando pitaco em marketing, chega de executivo de grande empresa patrocinadora de campeonato dentro da administração do clube, chega de não cumprimento do estatuto... Não é preciso criar mais nada, é só seguir o instituído, mas...claro, pra ingênuo ninguém aqui serve, né. Ou tem alguém que pensa que essa bagunça favorece a quem?
Pergunto: fosse Odone uma "pessoa comum", sem vínculo com o Grêmio, teria ele sido eleito em todos os pleitos que foi na administração pública? Será?
Ah, pois é...

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