segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Não vi o Grenada, alguém viu?

Estive, fora, viajando, e mandei esta pergunta para o pessoal que faz comigo o Almômetro (sim, estamos dando nostas jogo a jogo, mas não estou publicando ainda, na sequência virá um lote com a análise da fase Tricolor atual).
Pois o meu camarada Helio Paz mandou o seguinte:

1. Dois pênaltis contra o Grêmio com o árbitro até então perfeito mal posicionado: em um escanteio, dois zagueiros colorados atropelaram três jogadore do Grêmio. Depois, um chute foi defendido por Sandro com o braço aberto;

2. O Grêmio jogou melhor e teve mais oportunidades. O gol que Borges perdeu era imperdível. Se fosse Jonas, muita gente cairia matando.

NOTAS:

Victor (7.5): sempre seguro, só defendeu - e muito bem - o único chute colorado em gol durante os 90 minutos. Não leva nota mais alta porque não foi exigido e não precisou operar nenhum milagre.

Ozéia (4): muito lento, levou um cartão totalmente desnecessário relativamente cedo. Sorte dele que a cobertura foi excelente e que o ataque símio produziu muito pouco.

Rodrigo (6): seguro e atento, mas nada surpreendente.

Rafael Marques (8): não deixou Giuliano chegar à linha de fundo quase nenhuma vez; o mais veloz da zaga, excelente nas coberturas.

Maylson (4): não comprometeu na marcação, mas deu dois chutes bisonhos na mais completa liberdade e não aproveitou para triangular e chegar em velocidade nem à linha de fundo, nem na entrada da área como poderia, pois tinha muito espaço.

Ferdinando (4): até hoje, não sei explicar direito por que - infelizmente - o meio-campo do Grêmio fica mais bem ajustado com ele em campo. Procuro não ser preconceituoso e evitar enxergá-lo com má vontade por antecdência. No entanto, ele erra passes demais e só não armou contra-ataques porque Adílson esteve sensacional e até Douglas - pasmem! - marcou bem.

Adílson (7.5): se não tivesse caído um pouco no 2º tempo, levaria um 8.5. Combativo sem ser afoito, pouquíssimos passes errados, não levou cartão, saía jogando de trás, iniciou vários contra-ataques. O alemão é bom. Porém, o Grêmio precisa de um volante de verdade para ser seu parceiro. Enquanto Silas cismar com os meninos trabalhados por Paulo Deitos como Matheus Magro (que, com Autuori, viajou e ficou no banco mais para o fim do seu trabalho no Grêmio), Ferdinando, por pior que seja, ajuda Adílson porque não se manda loucamente como o faz Fábio Rochemback. No momento, prefiro o menino Fernando na dele, que é a de Ferdinando.

Douglas (7.5): surpreendentemente, foi combativo. Desta vez, não balaqueou na entrada da área adversária e não entregou contra-ataque nenhum. Em termos de posicionamento, excelente. Preocupou os colorados o tempo inteiro, em uma tarde na qual Guiñazu mostrou o que é contra um time bem postado e de qualidade semelhante - muito viril, veloz e com um pulmão invejável, mas que não sabe passar nem concluir. Faltou a Douglas justamente isso: concluir mais. Esteve mais marcado no 1º do que no 2º tempo, mas os atacantes tiveram uma tarde pífia. Já demonstrou um futebol mais exuberante. Porém, se é para ser UM POUCO menos técnico e BEM MENOS indolente, me serve.

Hugo (5.5): não comprometeu em nenhum momento, foi bem coberto por Rafael Marques e dificultou a saída de jogo colorada pelo meio. Contudo, o lado direito foi de onde eles tiveram mais espaço para jogar: afinal de contas, Hugo não possui posicionamento defensivo. No ataque, deixou a desejar, pois, assim como deu espaço, também teve espaço e não aproveitou. Maylson e Hugo nas alas tiveram poucas virtudes e falhas parecidas.

Jonas (6): devido à movimentação constante, incomodou a defesa colorada (que, por sinal, esteve bem; porém, menos do que a nossa). Pouco decisivo, também perdeu um gol feito.

Borges (4): teve mais espaço, porém, quando tomava a bola, era constantemente anulado. O gol que perdeu foi muito pior do que os que Maylson e Jonas perderam, pois o goleiro já estava batido e ele tocou rasteiro para fora com o arco escancarado. Foi sua pior atuação com a camiseta tricolor. Mereceu sair.

Edílson (6): Tardiamente posto em lugar de Maylson, aproveitou muito bem aquele corredor e fez um excelente cruzamento após enfiada perfeita de Douglas. Porém, faltou o centroavante e jogou menos tempo do que o necessário.

Souza (5): deveria ter entrado muito antes, pois pôs pra dançar duas vezes o fraquíssimo lateral-esquerdo colorado. Não teve tempo de poder se infiltrar pelo meio para buscar a conclusão da entrada da área. Assim como Edílson, também foi pouco acionado, pois, inexplicavelmente, aquela que poderia ter sido a grande vantagem tática do terço final do 2º tempo não se concretizou, pois o time girava para o lado esquerdo. Sustento que, caso escapemos da Série B e até consigamos surpreender mais adiante, o sempre criticado "Showza" terminará a temporada nos braços do povo.

Willian Magrão (3): qual a sua posição correta?! Como ele corre?! Como ele conduz a bola?! Infelizmente, o lamento do presidente Duda Kroeff em relação ao declínio crescente e sustentado desse jovem jogador desde o ano que passou fora dos gramados convalescendo de uma delicadíssima lesão no joelho está-se confirmando.

SILAS (4): por que não Fernando ou Matheus Magro e, sim, Ferdinando?! Por que insistiu com a "invenção" de Maylson como ala?! Por que não pôs Souza bem antes?! No mais, detectou todos os pontos críticos da marcação tricolor nas partidas anteriores e, apesar de termons nos defrontado com o time MISTO do Tradicional Adversário, mostramos, sim, algumas qualidades e - o mais importante - saímos sem sofrer gols depois de muito tempo.

A gravidade da nossa situação reside na falta de comando no vestiário e - sobretudo - no fato de Duda e Meira firmarem uma convicção (leia-se teimosia, autocracia e ignorância) acerca de muitas decisões técnicas e de escalação que já tiveram muitas provas de não terem dado certo.

Silas descompensa o que aprende e o que experimenta com sucesso a partir de equívocos repetidos e já amplamente discutidos.

Finalmente, quando se joga melhor pela segunda vez consecutiva fora de casa contra uma equipe que está bem colocada na tabela de classificação e quando se repete também uma sequência de resultados fracos dentro de casa, estamos diante de um forte indício de Série B.

[]'s,
Hélio

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

A recuperação do Grêmio é um processo. Isso pode levar tempo, infelizmente. Comparando com os outros times que estão ali na zona de rebaixamento, o Grêmio é o que tem menos derrotas e melhor saldo de gol. O time precisa ganhar. Desperdiçamos contra o Vitória (que jogou bem) e Vasco (aquele jogo da chuva) e agora teremos Fluminense -- que é lider e embalado com Washington. E o Grêmio não vai ter Jonas. Mas é jogo para ganhar. Se conseguir duas vitórias seguidas se aproxima da Libertadores. O Ferdinando jogou muito bem contra o Cruzeiro e não comprometeu ontem. Ele é um autêntico primeiro voltante, o número 5 e dá mais liberdade ao Adilson. O William Magrão deve disputar uma das três vagas da zaga. O Grêmio não tem time para cair. E também não é hora de trocar o Silas, por enquanto...

Anônimo disse...

(Jorge Nogueira)

Foi UM pênalti e não DOIS. O do Sandro bateu no peito e não no braço!

Do ponto de vista estratégico foi o pior resultado para vocês: empate com boa atuação! Está muito na cara que o Silas perdeu o vestiário e que deve ser substituído o quanto antes mas será mantido pelo resultado e conjuntura do Grenal.

De minha parte só consigo pensar no jogo de quinta. O resto é aperitivo... KKK

Anônimo disse...

(Jorge Nogueira)

Guga como você tem inserção e interesse na questão agrária dá uma olhadinha nisso aqui:

http://blogdomonjn.blogspot.com/2010/08/cercamentos-do-seculo-xxi.html

Abraços!!!