Amy Winehouse is dying
Quem tem banda larga boa, dá play no vídeo aqui de baixo, deixa começar a música e começa a ler.
Juro que ouvia essa música em algumas rádios de Porto Alegre e não sabia quem era a cantora.
Passei a gostar desse estilo rebuscado e pensava: só pode ser uma negra, com essa voz maravilhosa!
Até imaginava a figura de quem a cantava...
Mas, para minha surpresa, passei os olhos por um clipe na MTV e estava lá, Amy Winehouse cantando a música.
Amy que conheci pelos Terra da vida antes de saber que era ela a autora desses dois belos sons que posto aqui.
Ela iria abrir um show do Emy, se não me engano, mas havia cancelado em virtude de internação por overdose.
Pensei: "É mais uma dessas idiotinhas estilo Britney Spears e cia".
É, idiotinha, sim, mas estilo Spears, jamais.
Se bem que é ícone pop também.
Hoje, quando descobri a autoria dela e fui no Youtube buscar os vídeos, procurei na rede também mais informações.
Incrível como todas as notícias de órgãos brasileiros parecem releases de relações públicas requentados.
Todos os que li tinham a palavra "cool" (algo como descolado) descrevendo-a.
E ela sempre metida em encrenca.
Na última, no Terra - clique aqui -, ela havia sido flagrada com pó branco nas narinas.
Amy tem somente 22 anos e um talento bárbaro.
Mas está morrendo.
2007 foi um ano cheio de álcool, drogas e cancelamentos de shows pela sua condição - é só procurar no Google ou nos noticiários no próprio Youtube.
Pena.
Amy Winehouse (que - coincidência? - quer dizer "casa de vinhos", ou adega) se enche diariamente de cocaína, entope até os cornos de destilados e está acabando com uma carreira que poderia ser muito promissora.
Diz em suas entrevistas que não se preocupa com imagem, mas é a própria imagem, em si, na sua produção.
Virou ícone de indústria, péssimo exemplo, mas é cool - todos dizem!
E as notícias de overdose pululam por aí ao lado da palavra "cool"...
Que tipo de influência é essa?
É cool entupir o nariz de cocaína?
Não...
É mais uma destroçada pela cultura de massa, que pasteuriza, aos poucos, o comportamento e controla - pela grana - o comportamento das "estrelas".
Melhor uma Winehouse que fala sobre reabilitação e sobre como ela é má nesses dois vídeos aqui, do que uma Amy que pudesse usar a fama e a música, com sua bela voz, para passar a mensagem - como era o movimento do rock and roll...
Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vendida.
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