segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Abrindo o meu voto

PRESIDENTE
Fui de Plínio de Arruda Sampaio. Não havia como votar em Dilma. Por mais que os anos de militância pesem na hora de apertar os números na urna, me recuso a votar no PMDB caso haja uma forma de evitar o chamado "voto útil", havendo, portanto, alternativas. E Plínio era, sim, uma alternativa. Os outros dois candidatos mais próximos de uma vitória nem sequer me geraram cogitação, um por ser a personificação - e agente - daquilo que luto contra enquanto ser humano, cidadão e profissional, a outra por ser marionete desta mesma força.
No segundo turno, portanto, vou de voto útil: anti-Serra.

GOVERNADOR
Tarso Genro. Só não foi mais óbvia esta escolha porque havia candidaturas como a de Pedro Ruas e a de Júlio Flores pra se escolher. O primeiro vem do PDT, passa pelo governo Olívio entre 1999 e 2002, entra no PT e sai do partido em manobra de um grupo que conheci indo a um Congresso da UNE, a CST, para formar o PSOL. Já votei em Luciana Genro, assinei petição para criação do PSOL, mas não me agrada tal grupo. Já Júlio Flores é um lutador. Leva com Vera Guasso uma filosofia e um partido nas costas, mas não me agrada ao ponto de querer o PSTU no executivo. Mesmo assim, acho uma pena que Flores seja um dos mais injustiçados por regras imbecis de proporcionalidade que acometem as eleições legislativas, que fazem com que pessoas mais votadas deixem de assumir cadeiras em favor de outras com, às vezes, metade de seus votos. Uma regra danosa, que fez com que Enéas levasse à Câmara Federal 3 pessoas com menos de mil votos em uma eleição no Estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, e que hoje castiga Luciana Genro, dona de quase 130 mil votos, deixando-a de fora, enquanto um cidadão recebeu 29 mil votos e entrou "puxado" pelo coeficiente eleitoral da votação da minha amiga Manu. Por favor... Quem tem que puxar candidatos são os votos na legenda - que indicam um voto de confiança feito pelo eleitor "às cegas" na nominata - e não os votos em uma pessoa. O PSTU já teria tido sua representação na Câmara de Vereadores de Porto Alegre não fosse esse absurdo, e, então, haveria maior noção sobre qual contribuição um partido que segue doutrinas mais fechadas dentro do campo da esquerda poderia dar nessa posição.

SENADOR
1) Paulo Paim. Por falta de opção. Rigotto, nem pensar. Ana Amélia Lemos?! Fala sério! Mulher de senador biônico da época da ditadura, era o Tiririca da eleição gaudéria...
2) Vera Guasso. Por falta de opção (não sei quem é Abgail, não confio o suficiente no PCdoB para votar em alguém que não conheço).

DEPUTADO ESTADUAL
Raul Carrion, por convicção. Lutador, linha de frente. O tipo de deputado que é necessário às lutas sociais - não, não entro em contradição com o que escrevi sobre as opções ao Senado.

DEPUTADO FEDERAL
Dionílso Marcon, por convicção. Deusolivre perder o mandato de Adão Pretto ou do próprio Marcon. Não fossem pessoas como eles, também linha de frente total, que colocam seus gabinetes a serviço das lutas sociais, que dão o carteiraço na Brigada Militar, nas forças de milícia da direita guasca, já teríamos vivido, com certeza, alguns genocídios no campo nos últimos 8 anos. CONSIDERO ESTE COMO SENDO O MEU MELHOR VOTO.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pô, companheiro... Achei que, como bom gremista iria votar no Odone ou no Darnlei...

Guga Türck disse...

ahahahahah
boa essa!

Anônimo disse...

(Jorge Nogueira)

A armadilha do voto últil:
http://blogdomonjn.blogspot.com/2010/09/o-desgaste-da-democracia-representativa.html