sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Essa proposta da Arena, concebida na gestão Odone, é a ruína do Grêmio

Não é brincadeira, o Tricolor enquanto clube vai acabar se vingar essa proposta de Arena no Humaitá nos moldes tocados pela gestão Paulo Odone.
Um projeto obscuro, defendido por terceiros e com poucas informações no veículo oficial do Grêmio (clique aqui).
Há diversos movimentos trazendo à tona uma série de dúvidas e esclarecimentos em virtude da discussão forçada que vem sido travada nas frentes de sócios longe do Conselho Deliberativo.
É imprescindível se fazer entender a lógica que anda sendo imposta pelo contrato: A ARENA TERÁ O SEU USO CONCEDIDO AO GRÊMIO. Em todos os momentos em que se fala em concessão, o fluxo gerado é empresa privada->Grêmio.
Como assim???
O mais certo não seria o Tricolor conceder às empresas interessadas a licença do usofruto de seu patrimônio, de sua marca, para que, então, estas possam lucrar com isso?! Diminuíram o Grêmio, submentendo-o a um contrato de subserviência, aonde a magnânima construtora nos concede por 20 anos o usofruto de uma parcela inferior a 30% do terreno onde será construído o novo estádio!
Pois pintem tudo de azul, branco e preto e não será do Grêmio.
Cabe, pois, a leitura por todos os gremistas, a favor ou contra, deste artigo escrito por Eduardo Bernadon para o Blog Grêmio Acima de Tudo, que começa assim:


Amigo Tricolor.

O texto pode ser longo, mas é importante a sua leitura na íntegra. Sei que posso parecer chato em tocar constantemente no mesmo assunto – ARENA – mas frente a dados novos que me foram apresentados na noite de hoje – 11/12, na reunião da Associação dos Gremistas Patrimoniais, não posso me abster de voltar a invadir a tua caixa postal.

Foi aberta a CAIXA DE PANDORA. Houve a apresentação de um estudo referente à “minuta de contrato GRÊMIO-OAS”. Apareceram os motivos que justificam o silêncio das pessoas (ir)responsáveis pelo projeto Arena, quando questionados sobre a manutenção dos direitos dos associados no dito estádio da OAS (sim, estádio da OAS. Ele só será do GRÊMIO após 20 anos).

Então vamos a determinadas cláusulas da minuta e os meus comentários:

“9. A utilização da Arena em jogos de futebol do Grêmio.
...
9.14 – O Grêmio e a Grêmio Empreendimentos declaram e garantem que deixarão a OAS Superficiária e a OAS indenes contra demandas administrativas e/ou judiciais não conexas à gestão e exploração da ARENA pela OAS Superficiária.”

O nosso Grêmio está garantindo que nenhum associado irá entrar com demandas administrativas e/ou judiciais contra a OAS Superficiária (?!?!?!) e a OAS???


Não deixe de ler a íntegra muito bem pontuada pelo Eduardo clicando aqui. Leia as discussões dos comentários, inclusive.
Está mais do que na hora de os verdadeiros donos do Grêmio entrarem em campo e impedirem que esta manobra acabe com o clube e que certamente terá impactos na sociedade porto-alegrense, visto que os interesse envolvidos aí são muito maiores do que a mera história de um clube de futebol possa abranger.
Fiquemos de olho e nos manifestemos do jeito e na hora certa!

JAMAIS NOS MATARÃO, meu velho!!!
JAMAIS!!!

Contraponto no blog Grêmio Arena, vale ler os comentários também.

8 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Guga, obrigado pela menção do meu texto denunciando o fim do Grêmio enquanto Clube neste Blog.

Temos todos que nos unir pra impedir que esse contrato seja assinado contendo essas cláusulas abomináveis.

Estamos juntos nessa!!!

Forte abraço.

Anônimo disse...

Ainda bem, que na década de 50, o Grêmio continha dirigentes com um pensamento visionário, o que possibilitou a construção do Olímpico Monumental e um salto de qualidade na vida do tricolor. Imagina, se no passado, alguns conselheiros e torcedores tivessem o pensamento tacanho que alguns, que só pensam em si acima de tudo tem hoje, o Grêmio ainda estaria na Baixada e seria um São José da vida. Eu sou gremista, torcedor, e quero a Arena no Humaitá, tenho certeza que o Grêmio dará outro salto de qualidade, é uma pena que gente que só pensa em poder dentro do Grêmio, queira impossibilitar um futuro promissor ao Grêmio. Que gentalha, lobos em pele de cordeiro, e tem gente de bem, como o Guga, que se deixa levar por esse pessoal, que querem transformar o Grêmio num feudo.

Anônimo disse...

Caro Guga, nunca comentei nada em seu blog, mas sou leitor assíduo, tenho muito em comum contigo, o gremismo, a ideologia política e social e etc...
Acredito que o que escreves sobre a Arena é baseado na tua preocupação com o futuro do tricolor, porém, tenho que te dizer que estás mal acompanhado nesta batalha. Este pessoal do Grêmio acima de tudo não pensa no Grêmio, mas em si mesmo, só são contra o projeto Arena porque não foram os propositores, se esta é a verdadeira convicção deles, porque apoiaram o Duda Kroeff já que este é favorável a Arena no Humaitá? O Grêmio acima de tudo é composto por alguns bons gremistas, mas também por gente que lesou o Grêmio e agora posa de bom samaritano, e o sr. Fernando Pinto que negociou jogadores da base do Grêmio com determinado empresário para obter lucro para si mesmo? E o sr. Flávio Jacoubs que fez de tudo para impossibilitar que os sócios tivessem o direito de votar? E o empresário fifa-conselheiro Sérgio Vazques? E a aproximação vergonhosa com Flávio Vaz Netto no período eleitoral? Guga, te informa melhor sobre esse pessoal que por hora posa de gremista preocupado, na verdade, eles estão muito mais preocupados com eles mesmo que com o Grêmio.

Anônimo disse...

Não tenho procuração para defender o Guga, mas não posso deixar em branco os comentários aqui postado e vou dar alguns pitacos, que não terão a sagacidade e brilhantismo do "dono" do blog.

1. Um mínimo de conhecimento das entranhas do Imortal mostra que os bacanas que se imaginam donos são portadores de muitos pecados. Os apoiadores do Odone, Bandeira e Guerreiro, foram responsáveis diretos pelos piores momentos vividos pela torcida.
2. Se fulanos, "ligados" ao Dourado fizeram A ou B, tem um passivo de erros, não justifica o apoio, quase incondicional, ao projeto arena. Não podemos esquecer que o grande Koff disse, recentemente, que tinha saudade quando os cardeais escolhiam o futuro presidente, mais feudal impossível. A diferença que agora os condes feudais estão mais transparente para a gentalha e com a bunda fora.
3. A legitimidade da Arena deve ser dada pelo projeto e não como resultados dos posicionamentos dos indivíduos. Pecados todos têm.
4. O Imortal pertence a todos os gremistas e esses devem legitimar o novo estádio. Essa legitimidade, conforme estamos vendo, não está garantida. O projeto tem problemas e não é bom nem para a cidade.
5. Por que tudo é levado em meios tons e em sussurros?
6. O moderno é transformar o Imortal em uma marca como são os times de basquete americanos? Em sendo uma marca, sem estádio, portanto sem patrimônio, não poderiam levar para o interior de São Paulo? E nós como ficamos?
7. Podemos ir para o Humaitá, um estádio novo e moderno, desde que se preserve um patrimônio construído por gerações de torcedores. Afinal, nós temos uma cultura de possuir uma casa - O Olímpico Monumental.
7. O risco não é ficar como um novo São José é acabar.

Anônimo disse...

Jorge, primeiro, não ataquei o Guga para defenderes ele, segundo, que bom que citaste o Fábio Koff, um dos maiores defensores da Arena, ele mesmo disse que, um dos arrependimentos como gremista foi não ter levado a diante uma proposta de fazer um novo estádio em 1995, disse que levou em conta o sentimentalismo e não o futuro do tricolor.
Para finalizar, é no mínimo estranho, que os que não queriam que os sócios escolhessem o presidente do Grêmio, agora querem a opinião dos sócios na escolha do estádio, eu também quero, mas porque não proposeram isto antes e nem esse novo projeto? Estranho.

Anônimo disse...

estamos juntos.

Guga Türck disse...

Pessoal, não me senti ofendido com nada escrito aqui. Talvez um pouco subestimado, mas quero dizer que quanto mais a gente fala neste assunto, melhor fica para nos darmos conta do que está ocorrendo.
Desde a concepção desse projeto da arena eu sou contra. Acho que escolheram um lugar horrível e tenho a nítida impressão que quem está tocando este projeto tá mesmo é afim de levar grana. Atentem que as questões levantadas nunca são respondidas oficialmente. As informações mudam ao vento, nada parece concreto. Tínhamos 4 empresas trabalhando em dois consórcios para apresentação de projetos, uma outra holandesa que também parecia que ia se candidatar. E como ficamos??? Apenas com uma empresa, a ODEBRECHT! Lembram dessa empreiteira? Dos escândalos da pasta rosa? Da quantidade de deputados e políticos que estavam na mão dos caras pra aprovar obras, hidrelétricas e outras coisas mais por aí?
Brasileiro tem memória curta mesmo...
Mas é lógico que eu quero que o Grêmio qualifique o seu estádio! Ou que construa um novo, que seja, que melhore o seu patrimônio. Mas não é preciso para isso uma Copa do Mundo. E quer saber? Que se dane o jogo entre Tunísia e Gabão. Que joguem lá no chiqueirão mesmo.
Há algum tempo eu entrevistei o Hélio Dourado para o projeto de uma revista do Grêmio que nunca saiu porque só tem tramposo na administração do nosso clube. E ele me falou de um projeto de remodelamento do Olímpico, foi uma época que ele era diretor de patrimônio, se não me engano, há uns 8 anos, acho. Cara, ele falou coisas bem simples que poderiam já terem sido implementadas há um tempão e que melhorariam e muito o ambiente do nosso quertido Estádio Olímpico. Quiçá a gente nem estaria comentando a construção de um estádio novo... Eu gosto muito do Dourado, talvez por isso eu tenha começado a acompanhar o pessoal do Grêmio Acima de Tudo. Não conheço o Bernardon, nem os conselheiros que citaram nos comentários, mas pelo que vejo quem quer construir um feudo é o outro lado...
Outra coisa, apoiei o Duda Kroeff porque queria tirar a turma do Odone da administração do clube, mas confesso que não estou gostando nem um pouco dos primeiros movimentos no futebol e me apavorei com uma entrevista que ele deu na Gaúcha nesse último domingo sobre a questão arena.
Sugiro uma participação cada vez maior dos sócios e torcedores comuns nos fóruns que se estão abrindo, não só na internet, mas na vida do clube mesmo. A mobilização já espantou o fantasma Britto uma vez, agora não dá pra deixar que o roldão coloque em risco o futuro do Grêmio. Não mesmo.
Saudações Tricolores a todos e pressão lá no Conselho na terça!
Como estou em São Gabriel, não poderei ir, mas faço votos que muitos Gremistas apareçam por lá pra mostrar força e vontade de participação.

Anônimo disse...

Ola
Estou entrando nessa de gaiato porque não acompanho futebol, mas política sim. Portanto preciso aos poucos ir me familiarizando com esses debates dos projetos dos 2 clubes que cruzam com o ambiente da cidade, interferem decisivamente nele e, por isso, da maior importância.
Confesso que um projeto como a arena do Gremio fascina à primeira vista e, por isso mesmo, comecei a acompanhar muito do que se publicou e debateu. Confesso também que fiquei perplexo quando vi a movimentação dos sócios (proprietários ou patrimoniais - não se são a mesma categoria ou diferentes)na direção de um esclarecimento e posicionamento sobre o futuro de sua situação no clube. Nada disso tinha sido pensado, levado em conta ou discutido com os interessados? Daí comecei a juntar as falas, cruzar os fatos e essa descoberta ganhou ares de maior gravidade quando descobri que o fluxo - como falou alguém aqui no blog - é 'sempre" de subalternidade do clube ao negócio privado. Não há mais como ocultar essa questão.
Me pergunto então de que vale essa distinção dos nossos clubes de possuírem uma imagem no país de serem domiciliados num endereço ja tradicional, espaço vital para que a instituição, seus símbolos, valores, conquistas e memória estejam sempre atualizados? Gremio e Inter tem dado lições fartas de sua grandeza e pioneirismo e suas casas são o espaço, a identidade perene que atesta suas realizações. Ora, se a casa de alguém é fundamental para abrigo, acolhimento e defesa, porque o povo gremista não merece maior respeito quando se pensa em mudança, novas estratégias? Tudo que tenho assistido como um curioso é preocupante. Um debate superficial e maquiado. As oligarquias do(s) clube(s) se movem como extensão da política partidária e da coalizão de forças conservadoras que está plantada no cenário atual. Quanto menos debate e menos explicação melhor. Olha, o alerta que os apressados (e interessados maiores) utilizam para defender posições é de desautorizar os que querem o debate, um pouco menos de pressa, melhor compreensão do processo; pena, porque se vingar tal posição do pensamento único (a vanguarda contra o atraso), nada se ganha (alguns, provavelmente), perdem todos e os aromas de democracia que bafejaram o clube vão se dissipar e consagrar o grande empreendimento a qualquer custo.
Vi nesse blog o espaço mais sério para que se ventile um tema como esse fora da mídia de conveniências. Fico triste com o ar de onipotência de alguns que se consideram "os" arautos do futuro. Pena que suas utopias estão apenas em suas agendas pessoais como metas de se dar bem.
Por outro lado, me impressiona as clivagens entre grupos e as adesões cujas manifestações e posicionamentos não ajudam em nada um leigo para decidir sobre o que possa ser (mais) correto e melhor para o clube.
Um abraço
Marcos