sábado, 8 de janeiro de 2011

Quem perdeu não foi o Grêmio, foi a paixão pelo futebol

Esta situação patética a que se submeteu o Grêmio pelas mãos do fanfarrão Odone e pelos desejos nem tão obscuro$ do maquiavélico Assis e sua marionete Ronaldinho não faz doer simplesmente o torcedor Tricolor, mas, sim, o sentimento que cerca o futebol como um todo.
Quando um piá brilha seus olhos por aquele que passará a ser seu clube do coração, ele está alheio a todos estes maniqueísmos capitalistas que envolvem o mundo da bola. E ele vai crescer e crer ainda por muito tempo de sua vida que o seu coração não tem preço - mas, paradoxalmente, é exatamente esta paixão inocente que faz girar a roda da fortuna futebolística.
Mesmo assim, depois de descobrir que seu amor pelo trapo, pelo manto sagrado, pelo sangue derramado dentro de campo nada mais é do que combustível para artimanhas podres que transformam o espetáculo futebol num palco das piores peças teatrais, ele vai continuar indo ao estádio.
Mas o seu grito estará um pouco mais rouco.
O tempo vai passar, e sua paixão persistirá. Então ele presenciará o seu sonho de infância sendo realizado por aquele garoto que jogava junto nas escolas de base de seu time e que, ao invés de seguir a rotina de uma vida normal, pelo seu talento com a bola, alcançou todos os desejos de um piá apaixonado, pisando no gramado vestindo o manto abençoado por sua paixão.
Só que ele vai logo embora, causando mais rouquidão no grito que vem da arquibancada, mas faz juras de amor, mesmo de longe, prometendo retornar.
A paixão ainda latejaria naquele piá?
Até o dia em que ele finalmente parece confirmar o seu retorno. Até o dia em que se insulfla mais uma vez, no peito já cansado de tanta decepção, a chama da paixão pelo futebol - ainda se fazem coisas por amor!
Você ouve, você lê, você acredita e... o vil metal se torna a lâmina de um punhal que atravessa o que restava de uma esperança infantil de que, sim, poderíamos voltar a ver a paixão vestindo a camiseta de algum clube de futebol.
E eu fiquei mais rouco, mais frio, mais duro. De novo.
Que Ronaldinho jamais diga novamente que ama o Grêmio, que sequer cogite reafirmar o seu Gremismo. Está comprovado que tudo isso é uma grande farsa.
E que se ilumine, então, o ser humano Ronaldo, uma criança de 30 anos, dependente de um ente querido, que, como figura paterna, o transformou em uma mercadoria aos olhos do mundo.
O que é este rapaz? Um invólucro oco, vazio, uma boneca de porcelana, um jogador de videogame - sem alma, sem paixão.
Rememoro, hoje, com muita tristeza, aqueles momentos em que, nos campos da escolinha, eu - como adversário - o observava bailar com a bola a driblar todos no campo, finalizando mais um gol e estampando um lindo sorriso ostentando a camiseta Tricolor, vibrando com todos aqueles meninos que - já ali - o tinham por ídolo e alimentavam a mesma paixão que, agora, está sendo pisoteada.
Uma pena mesmo.

Um comentário:

Hélio Sassen Paz disse...

Guga,

O Grêmio precisa é manter o plantel e reforçá-lo pontualmente. Claro que ainda acho que o que temos está longe da perfeição. Porém, o que importa é dar tempo ao tempo e utilizar aos poucos os guris das categorias de base.

[]'s,
Hélio