Um filme despretensioso, daqueles de ator, quase que de um personagem só. Aliás, é de um personagem só. Will Ferrel interpreta nós mesmos enfrentando as frivolidades da vida. Os outros que preenchem o cenário parecem mais catalisadores de um processo de superação do que simplesmente pessoas que irão constituir relações duradouras com um alguém agarrado a latas de cerveja morando, agora, no gramado em frente a sua casa.
E Ferrell detona em sua responsabilidade de ancorar o filme inteiro. Pra quem não sabe, ele é de uma leva de atores que vem se desenvolvendo há décadas no Saturday Night Live, um programa de sketches de humor - hoje, muito idiotizado.
Saindo dessa base cômica, ele consegue trazer um olhar melancólico, real, misturando a sagacidade humorística com o peso da depressão profunda evidente, chegando, então, ao que parece ser um olhar verdadeiro, de uma verossimilhança impressionante. Ferrell já foi muito bem e mostrou toda sua versatilidade em outro excelente filme, em que dividiu o protagonismo com os gigantes Emma Thompson e Dusttin Hoffman - Stranfer than Fiction, imperdível!
Everything Must Go é um filme de reflexão, que vai fazer você pensar em sua própria vida, mesmo que aquela não seja a sua situação. Vale a pena.
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