sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Prefeitura não está doando terrenos para o Grêmio, mas para a OAS!

Vergonhoso!

- do RS Urgente

Peça você também seu terreno ao prefeito Fogaça

O prefeito José Fogaça praticou na manhã desta sexta-feira um dos esportes preferidos do PMDB no Rio Grande do Sul: entregar patrimônio público para a iniciativa privada. Fogaça sancionou a lei que autoriza a doação de dois terrenos para o Grêmio. Na verdade, os terrenos vão para as mãos da construtora OAS. As áreas ficam localizadas nas avenidas Carlos Barbosa e Gastão Haslocher Mazeron e já integram o complexo do estádio Olímpico. A OAS vai construir o novo estádio do Grêmio e, em troca, entre outras coisas, ficará com o terreno de todo o complexo do estádio Olímpico, incluindo as áreas doadas pela prefeitura hoje.

A doação dos terrenos foi apontada como “fundamental para a construção do novo estádio”. Fundamental para a OAS, bem entendido, que ganha assim dois terrenos públicos sem gastar um tostão. Cabe lembrar que os terrenos em questão foram cedidos para o Grêmio por uma medida de segurança, sob a alegação de que ficava mais fácil controlar o acesso de torcedores pela rua de entrada do pórtico do Olímpico.

Então, caros cidadãos e cidadãs portoalegrenses, vocês já sabem: quem quiser ganhar um terreno da prefeitura deve ser dirigir à Prefeitura Municipal e pedir um terreno ao prefeito Fogaça. Ele anda extremamente generoso com o patrimônio público. Uma sugestão de argumento para ganhar o presente: digam que é para qualificar a cidade para a Copa. É “de grátis”!

3 comentários:

Hélio Sassen Paz disse...

Guga,

Se fosse a Rosário ou qualquer outro do PT, também doaria.

É por isso que larguei a política partidária: a democracia representativa não representa os interesses daqueles que mais precisam.

Dá uma lida nisso aqui:
http://www.trezentos.blog.br/?p=2193

Já assististe Zeitgeist? O documentário demonstra de maneira bem clara como funciona a macroeconomia global.

Infelizmente, certas dinâmicas como a da Arena do Grêmio foram pensadas desde o início tendo essa lógica mercadológica como única alternativa. Seguir adiante é um risco, mas voltar atrás pode ser muito mais grave.

O Tradicional Adversário segue essa lógica há muito tempo. Por isso, pode se dar o luxo de ter uma dívida maior do que a nossa mas de ter muito mais dinheiro em caixa.

A equação é simples: enquanto a bola não estiver punindo, a banca segue dando. Em outras palavras, a sacada é conseguir dar um tiro na cabeça da sucuri antes do teu último suspiro.

Sad but true, como diria Metallica...

[]'s,
Hélio

Guga Türck disse...

Poderia ser o Raul Castro o prefeito de Porto Alegre e eu estaria me posicionando dessa forma.

Anônimo disse...

E desta cláusula do contrato com a OAS, o que achas?

12.1. Quaisquer disputas ou divergências oriundas do presente contrato ou de sua execução, incluindo as relativas à interpretação e aplicação desta cláusula, deverão ser dirimidas em caráter definitivo e vinculante com base no Regulamento do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá vigente à época da solução do litígio, por meio de um tribunal arbitral composto de 3 (três) árbitros escolhidos em conformidade com referidas regras. A legislação brasileira será aplicável, sendo vedado o recurso a qualquer outra legislação e julgamento por equidade.