Pra mim o regime bipartidário está oficialmente instituído no Brasil.
Por mais que Lula tenha - e mantenha - os seus méritos, por mais que tenha liderado período histórico na política brasileira, na realidade o que vem ocorrendo é um grande destensionamento de relações (destensão lenta e gradual).
O processo de massificação da esmola e o carregar em coletivos megalotados uma população de uma classe para outra, em detrimento de mudanças estruturais e de base e do embate direto com aqueles que há décadas exploram a mais valia - sim! - para seu benefício próprio, trouxeram consequências de médio prazo piores que o efeito positivo imediato da emergência em se retirar da pobreza tanta gente.
O reflexo na política partidária é evidente - creio que seja um pouco do que diz o Cristóvão Feil, quando ele menciona seguidamente o que se denomina de Lulismo de Resultados - e hoje parece que não temos forças antagônicas, mas dois blocos amorfos, sem grandes diferenças, que não de origem, mas de misturas parecidas, não é mais preto x branco, vermelho x azul, mas, sim, rosa x salmão, bege x marron - ARENA x MDB.
São dois lados flutuando na goreba chamada PMDB, dividindo-se literalmente em alas:
PSDB e DEMo são a extrema direita do PMDB, as principais expressões da neoArena, e o PT é a ala de esquerda do PMDB, uma ala que é esquerda somente dentro do contexto do PMDB mesmo, e são os principais expoentes do neoMDB.
Deu, o fetiche do véio Simon, um caudilho - sim! - da política gaudéria, se concretizou, mesmo que em tons pasteis, na complexidade do pós-modernismo político da era Lulista.
Esses dias as ruas de Porto Alegre, em letras bem definidas, escritas em parapeitos, gritavam: O BRASIL PRECISA DE UMA REVOLUÇÃO!
Pois é...
2 comentários:
Parte 1: Politicamente Intrigante e provocante um artigo que só há uma maneira de comentá-lo e é o que vou tentar, distrincha´-lo, mais a frente, acompanhando o raciocínio do Andante Mosso, ou será, do Maurício Dias, ou, Maurício Dias Andante Mosso?
Maurício Dias ô Mosso asssim nos deixa num vai e vem com este artigo, que nos faz pensar quase com um nó no raciocínio. Primeiro na dinâmica da política brasileira. De uma maneira mais abrangente e sencacionalmente inteligente com um título fenomenalmente realista "Pós-Lulismo" de Andante Mosso? e ou, Maurício Dias? Mais um enígma.
Parte 2 :Além de mostrar o quão eclética são nossas alianças e candidaturas. Valia completá-la citanto as alianças entre Lula e Maluf e Tarso Genro apoiando Manuela Dávila. Só para dar um toque especial na miscelânia eleitoral brasileira. De qualidade nunca vista dantes, as alianças, mas quanto aos políticos a maioria, porque alguns nem todos concordam.
De qualquer forma vamos lá, destrinchar o artigo, enumerando-o em primeiro, segundo, terceiro..., o era Pós-Lulismo. Que poderia ser até; Brilhante era pós-Lula, do Andante Mosso aí, o Maurício Dias.
Parte 3: Primeiro: Eduardo Campos apesar do padrinho político Miguél Arráes é fenômeno eleitoral até o momento. Lá para suas bandas, talvez com a candidatura a vice-presidência se torne pelas de cá também. Quanto à compromisso vai depender naturalmente das alianças em seu estado. Não creio que a não aliança com o PT e só com Dilma, seja por definição pessoal.
Mas com isso Dilma Roussef tartarugantemente pôe um pé aqui e outro acolá com a paciência de Jó. Sob os pítacos "assesoria" de Lula, Tarso Genro, Celso Amorim e José Dirceu entre outros.
Parte 4: Quando certo, o passo de tartaruga, acertado está e fica, quando errado, arrumada a casa e sai, mas em vôo rápido de falcão-peregrino, o animal ais veloz do mundo capaz de atingir 320 km/h em um vôo (interessante). E assim, ela, a Águia, digo, Dilma Roussef, vem nos conquistando confiança. Por merecimento. Pós-Lulismo.
Segundo: Aécio Neves formar alianças com oposições ao PSDB nacional é comum, de sua natureza esquerdista, de berço. Se junto ao PT, PSB, PC do B, PSOL ou outros partidos de esquerda não é novidade, e Marcio Lacerda (PSB) pode ser considerado uma surpresa como político, também fenômeno como tal.
Parte (2) 5: Mas voltando ao Aécio Neves, isso acompanha o raciocínio e forma de fazer política naturalmente com quem se entende, ou se entendem. Em também natureza esquerdista, que o são, na formação de Alianças, o Lula e o Aécio Neves. Demorando historicamente para ambos e o Brasil caminharem de mãos juntas. Este é um pós-Lulismo mais para ensinar o próprio PT de MG aproveitando Aécio Neves como exemplo, de como se faz política.
Parte 6: Terceiro: Garotinho e Cesar Maia de inimizade histórica tempos atrás, unem os filhos para disputarem a prefeitura do RJ. Rodrigo Maia e Clarissa Garotinho. Pós-Lulismo mais explícito de todos.
Quarto: Prefeito Incolor, pulo.
Quinto: Golpe de mestre, um gênio estudando passo a passo dos três poderes e principalmente do STJ em suas naturais mudanças de ministros por tempo de serviço para a aposentadoria. Nomeados pelo presidente metódicamente para que por anos os seus nomeados presidam a casa. Pós-Lulismo.
Parte 7: Sexto: Impasses com sindicatos de quaisquer categorias, até federais, antes mesmo da primeira rodada de negociação Lula já mata a xarada. Ganhou todas até hoje e nem sempre à favor da classe trabalhadora. E continua idolatrado pela maioria dos sindicatos e sindicalistas. Pós-Lula.
Parte 8: Sétimo: Cruz e espada, mais uma caixa de benefício privada como Funprev. Um tanto mais blindada, fechada, estilo dos seus beneficiários é militarmente tocada, a toque de caixa (forma de tambor). Não há o que se mexer a não ser os orgãos fiscalizadores federais competentes. Se estiver legal, fica, senão, responderão como qualquer outro na justiça. E Lula não precisa entrar diretamente nesta briga porque não é sua função, como também se desgastar políticamente, atôa. Pós-Lulismo.
Parte 9: Concluindo: Pós-Lulismo, ou, Lula, é: Uma criação. Primeiramente de Deus, seus pais, dele próprio, de um projeto político ambicioso de esquerda, o PT, liderado por homens como Apolonio de Carvalho, Mário Pedrosa, Antônio Cândido, Sérgio Holanda de Buarque, Plínio Arruda, Zé DIrceu, Jair Meneguelli, Rui Falcão, José Genoíno, Tarso Genro, RIcardo Berzoini, Marco Aurélio Garcia, José Eduardo Dutra entre outros famosos membros, e ex-membros, porque muitos migraram para outros partidos de esquerda como o PSOL.
José da Mota.
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