segunda-feira, 5 de maio de 2008

1 mês no lixo. Quanto tempo mais?

O ano do Grêmio já está prejudicado.
A oportunidade de se recuperar a trajetória da construção de um time de futebol com esquema de jogo definido, grupo equilibrado e base estabelecida foi por água abaixo com a permanência de Celso Roth.
Agora, o futuro Tricolor se coloca na nebulosidade das incertezas que um time fraco como este (do jeito que está montado) pode transparecer.
Mas uma coisa, no entanto, é mais do que certa: a demissão de Celso Roth.
Impossível que este fraquíssimo treinador fique, sob pena de o Tricolor disputar o ano inteiro a ponta de baixo da tabela.
Vejam só, o campeonato nem começa e já se sabe da não-permanência do técnico...
O quão prejudicial se torna isso?
Quanto tempo e dinheiro se perde pela total falta de noção do mundo do futebol daqueles que dirigem o Grêmio?
A impressão que se tem é que quem comanda o clube não vê futebol - pode até assistir a alguns jogos, mas não vê, não analisa, não sabe...
Parece que não há olheiros do clube preocupados em garimpar novos talentos, procurar revelações, montar base.
Parece não haver sequer um projeto de futebol mínimo definido.
O que parece é que ficam estáticos, esperando que empresários e procuradores ofereçam seus jogadores.
Sem procura, o que vem é só sobra....
Isso, na minha visão, é varzeano.
Política de futebol é complexa, demanda pesquisa, estudo de mercado.
Tem que se entender de futebol, não só de meandros, de contatos.
Tem que se observar um lateral-direito como o Paulo sérgio e ver que ele não serve para as pretensões do time - a não ser que estas não sejam tão grandes assim...
O Grêmio é um clube gigante, muito maior do que o provincianismo da panelinha que o comanda.
Mas não adianta, enquanto interesses pessoais continuarem a dar as cartas, estaremos fadados a deixarmos de ser torcedores e nos tornarmos secadores, coisa que o lado de lá, da beira lago, sabe bem como é, tanto que ainda não estão acostumados a vibrar com títulos seus sem que apontem suas cornetas para o outro lado.
Não gostaria de ver a torcida Tricolor assim, mais feliz em poder gozar o outro do que vibrar com um triunfo do seu time do coração.
E este parece ser o caminho trilhado por Odone e seus amiguinhos.
Então:
Por favor, Sr. Presidente, abandone suas funções no clube e vá ser o vice-prefeito da Manuela.
Leve, de quebra, seus assessores, leões-de-chácara e candidatos à vereança, que poluem a vida administrativa do clube.
Deixe que o Grêmio seja gerido pela sua torcida, seus sócios e por pessoas que estejam dispostas a se dedicar a um PROJETO DE FUTEBOL!


FORA POLÍTICOS PROFISSIONAIS!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Guga,

Tua sugestão é tão temerária que me obriga a uma escolha drástica: prefiro que o Grêmio seja extinto do que vê-los acabando com 1,5 milhão de porto-alegrenses.

Não está longe o tempo em que assistir ao lendário Safurfa na Praça Ararigboia será um programa muito mais social do que ir à Arena, caso ela seja mesmo elitizada.

[]'s,
Hélio