segunda-feira, 28 de julho de 2008

Stédile na Band

No início de junho eu vi esse programa de entrevistas feito com o João Pedro Stédile.
Foi muito bom e esclarecedor.
Muito burros esses jornalistas...
Confere aí as 7 partes, vale a pena para conhecer um pouco mais sobre o MST e sobre quem são os tais dos formadores de opiniões imbecis:


Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

Parte 7

6 comentários:

Anônimo disse...

Confesso não gostar do que se tornou o MST, mas o Stédile é muito fera!

Guga Türck disse...

André, também confesso que não gosto do que se tornou o MST: uma massa acuada, criminalizada, injustiçada, tratados como sub-raça.

Gente de fibra, de cultura, batalhadora não pode ser tratada por criminosa em virtude de ranços ideológicos.

Uma pena mesmo.
Abraço.

Anônimo disse...

Guga, já tive a oportunidade de falar pessoalmente com o Stédile, e o próprio confessou-me não estar de acordo com algumas atitudes do MST, mas concordo contigo, a grande maioria desta gente vive em condições precárias e são tratados como nem animais deveriam ser, mas existe uma parcela que está agindo de forma errada, e o Stédile tem consciência disto. Volto a afirmar, sou fã deste cara, gostaria que ele tivesse uma carreira política, seria bom para o país!!! E além de tudo o cara é gremista... Fala sério, sabe muito! Sds tricolores!

Carlos Eduardo da Maia disse...

André, existe uma parcela que está agindo de forma errada, mas quem dá as ordens é uma elite que comanda o movimento e o chefe dessa elite é essa fera chamada Stédile.

Guga Türck disse...

André, se existe algo que o MST tem se distanciado sistematicamente é da política(gem) partidária. Os caras deram muito suporte para a eleição do Lula, apostaram muito no PT, mas o governo vem sucateando o Incra a cada nova gestão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, os personagens que surgiram das mobilizações do movimento e que capitalizaram em votos nas eleições aparecem só nas horas de crise e não se movimentam para buscar a solução real dos problemas. Isso gerou descrença e, antes de mais nada, desconfiança.
Inclusive, há um debate recorrente no MST de que o caminho para mudar passa longe dos processos eleitorais. Há a consciência de que o projeto democrático em vigência no Brasil é corporativo e beneficiador do capital - ou seja, a marginalização a que o MST é acometido passa a ser naturalizada pela própria sociedade, a base fudamental do próprio movimento.
É complicado isso tudo. Há muitos interesses envolvidos, mas não fosse a força de mobilização e a busca pelo bem comum, não fosse a conscientização de classe das bases, o processo educacional e de inclusão que o movimento constitui, seria o MST forte como é hoje? Estaria ele incomodando tanto as elites já por mais de 20 anos?
Claro que não.
O povo não é burro, André - apesar de alguns personagens por aí o tomarem por ser.
E lideranças como o Stédile, são, sim, presenças fundamentais exatamente ali, onde ele está, nessa bancada da rede Bandeirantes, destroçando o pensamento hegemônico de uma maneira simples e singela: respondo às questões diretamente.
É preciso ser um ser político, sim, mas não partidário...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Como é que funciona a democracia nos países socialmente desenvolvidos? Pela via da política partidária. É isso o que tem que ser fortalecido e modificado no Brasil. É fundamental qualificar o nosso parlamento e a melhor forma de fazer isso é pela via da reforma política que o governo do PT promete, promete, promete fazer mas nunca faz. Querem melhorar a qualidade dos políticos no Brasil? é fácil, basta reformar a lei para que o financiamento de campanha seja apenas público (acabando de vez com a farra privada de campanha) o voto seja facultativo e distrital.