terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Parabéns, MST!


25 anos de luta!
25 anos de esperanças!
25 anos de vitórias!!!

VIDA LONGA!

Segue release do movimento sobre o evento aqui no RS:

MST comemora 25 anos com festa no RS

Uma grande festa vai marcar os 25 anos de lutas e conquistas do MST, com a presença de representantes de entidades e movimentos da sociedade civil, estudantes, autoridades, artistas, personalidades nacionais e internacionais em Sarandi, Rio Grande do Sul, no sábado (24/01).

A comemoração será realizada no encerramento do 13º Encontro Nacional do MST, que reunirá 1.500 integrantes do movimento entre 20 e 24 de janeiro. No Encontro, os militantes farão uma avaliação da luta pela terra, da situação da Reforma Agrária e da agricultura.

Na noite do dia 23, acontece a cerimônia do Prêmio Luta pela Terra, um reconhecimento público do MST a entidades, coletivos, personalidades, lutadores e lutadoras sociais que atuam em defesa da Reforma Agrária.

Importante – As atividades entre 20 e 23 serão fechadas. O Prêmio Luta pela Terra e a festa dos 25 anos serão abertos para a imprensa. No dia 23, pela manhã, será organizada uma coletiva de imprensa para apresentar as conclusões do Encontro Nacional e uma visita a pontos históricos da luta pela terra e da formação do MST.

Na história do Brasil, a resistência de um movimento camponês que enfrenta há um quarto de século a violência do latifúndio e do Estado é considerada inédita. Nessa trajetória, o MST ganhou centenas de prêmios e conta com prestígio internacional.

O MST conseguiu assentar 370 mil famílias por meio das ocupações de terras. Atualmente, mais de 100 mil famílias estão acampadas em 24 estados. O Movimento conquistou 2 mil escolas públicas em acampamentos e assentamentos, que garantem o acesso à educação a mais de 160 mil crianças e adolescentes, alfabetizou 50 mil adultos e jovens e formou mais de 4.000 professores.

Com o compromisso de fornecer alimentos para o povo brasileiro, o MST criou mais de 400 associações e cooperativas em assentamentos, que trabalham de forma coletiva para produzir alimentos sem transgênicos e sem agrotóxicos. Há ainda 96 agroindústrias, que melhoram a renda e as condições do trabalho no campo e oferecem alimentos de qualidade e baixo preço na cidade.

Fazenda Anonni

O encontro e a festa serão realizados no assentamento na Fazenda Anonni, que é considerado um símbolo do surgimento do MST. Na década de 60, a área pertencia ao complexo da Fazenda Sarandi, desapropriada pelo governador Leonel Brizola para fins de Reforma Agrária por pressão do Master (Movimento de Agricultores Sem Terra). No entanto, a Reforma Agrária no complexo foi interrompida e suspensa definitivamente com o golpe militar.

Em 1979, trabalhadores sem terras retomaram as ocupações como ferramenta de luta, ocupando duas glebas que pertenciam ao complexo da Fazenda Sarandi: as granjas Macali e Brilhante. A ocupação é considerada a gênese do Movimento Sem Terra. Dois anos depois, na estrada em frente à Macali e Brilhante, foi montado o acampamento da Encruzilhada Natalino, transformado em área de segurança nacional pelo regime militar.

Entre os participantes do Encontro Nacional que fundou o MST, em 1984, muitos trabalhadores Sem Terra eram originários destas ocupações. Em novembro de 1984, com o Movimento Sem Terra formalmente criado como movimento nacional, é ocupada a Fazenda Anonni, última parte do complexo da Fazenda Sarandi. Na época, foi a maior ocupação de terras do país com 8.500 trabalhadores rurais.

Mais de 418 famílias estão assentadas atualmente nos quatro assentamentos originados da desapropriação da Fazenda Anonni. Há três escolas de ensino fundamental e uma escola técnica em agroecologia, que atendem as crianças e jovens dos assentamentos. Nos assentamentos, funcionam duas cooperativas de prestação de serviços, uma cooperativa de crédito e outra de produção agropecuária. Estão instaladas também uma agroindústria de laticínios e outra de embutidos.

O impacto do assentamento na região é visível: o município de Pontão foi emancipado de Sarandi com a chegada das famílias assentadas. Mais de 70% da produção é destinada aos municípios do entorno e da região de Passo Fundo. A renda média das famílias assentadas é superior a cinco salários mínimos.

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