Desistir nunca, jamais! Da série porque eu sou Tricolor

Mãos na cabeça, corpo arqueado, sentado nos bancos de concreto molhados.
Descrença total, sentimento de vazio, procurando revirar na cabeça algum fio de esperança que pudesse mantê-lo ali.
De repente o seu mundo era só ele e o Led Zeppelin no celular, tocando a todo o volume Babe I'm gonna leave you... Nem um pio de um semi-lotado estádio entravam por seus ouvidos.
Sim, por vários momentos pensou em largar tudo.
Achava que o abismo, inclusive, que se desenhava a sua frente, poderia ser muito mais profundo do que vislumbrava ali naquele momento.
Mas, enfim, disse não.
Resolveu, rotundamente, NÃO!
Ficaria ali, para o que desse e viesse, firme, sim, com esperanças.
Levantou-se, entrou em campo com o time, pediu pelo empate.
E, quando menos esperava, foi agraciado com uma virada espetacular.
Desceu novamente ao concreto úmido e frio, mas desta vez levava as mãos à cabeça para arrancar os cabelos de alegria, chorando como uma criança.
Nem mesmo o terceiro gol do time adversário, deixando o próximo confronto mais difícil ainda, fez com que sua euforia diminuísse.
Saiu do estádio sorrindo, aliviado, certo de que presenciara uma epopéia, mais uma na imortal história de um time tão grande quanto o potencial de suas proezas.
Enorme.
Assim é o Grêmio, imenso.
E é assim que se expressa a nossa grandeza.

Dá-le!!!