terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sicko

Assistimos ontem ao último filme do Michael Moore.
Simplesmente sensacional!
O melhor dele.
Este é um filme pra todos aqueles que acham que o capitalismo é bom, que deve ser tudo privatizado, mas que têm algum tipo de visão social-democrática.
Se você é daqueles fervorosos dinheiristas (e direitistas), nem perca seu tempo, este filme lhe dará uma úlcera.
O cara, de maneira muito simples e direta, simplesmente desmantela a teia maquiavélica do sistema de saúde estadunidense - a meca dos capitalistas que sempre justificam tudo com "Mas nos EUA é assim, assado...".
Vale demais à pena assistir a Michael Moore levar cidadãos estadunidenses para serem tratados em Cuba. Vale conferir as caras de espanto desses membros da classe média ianque quando percebem a enganação a que são sistematicamente submetidos em seu país.
Moore vai à França, ao Canadá, à Inglaterra.
Compara os sistemas de saúde desses países tão difamados pela cultura e mídia estadunidenses.
A diferença é absurda!
O filme é demais mesmo.

Outras sugestões para quem está afim de procurar outras fontes, que tem um espírito de entender as coisas e que não tem as suas idéias de mundo como definitivas são os outros títulos do próprio Michael Moore, The Big One, Roger & Me (Roger e Eu), Bowling For Columbine (Tiros em Columbine) e Fahrenheit 9/11 (Fahrenheit, 11 de setembro), além de um outro que ele auxiliou na produção, The Corporation (A Corporação).
Imprescindíveis de se assistir são A Corporação e o Fahrenheit.
Caso alguém queira mais informações sobre esses filmes e não saiba aonde encontrá-los, deixa um comentário aí que a gente direciona.

7 comentários:

Gabriela Brito disse...

Eu quero ver esse e A Corporação, onde acho?
Beijo!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Gosto do Moore, mas ele exagera. O melhor filme dele é Tiros em Columbine, muito melhor que o consagrado Farenheit. Eu sou daqueles defensores da saúde pública como existe na França e no Canadá. Nem tudo de bom existe nos EUA, mas prefiro mil vezes os EUA do que Cuba. Estou indo para Cuba em outubro, mas pretendo voltar. Não vou fazer turismo, pretendo viajar na ilha de Fidel, como diz o Wim Wenders.

Carlos Eduardo da Maia disse...

O filme Coorporação você encontra em qualquer locadora de DVD.

Guga Türck disse...

Bah, Gabi.
Em Camaquã não sei se vai ter...
Mas aqui em Porto Alegre, na E o Vídeo Levou com certeza tem.
O Sicko é capaz de ter em qualquer locadora, porque tem trabalho de marketing por trás.
O "A Corporação" só veio ser distribuído no Brasil mais de ano depois do seu lançamento, e meio que sem grande marketing - até porque é um puta soco no estômago do "privatization way of life". Inclusive, eu assisti ele no GNT, depois fui procurar nas locadoras, na Espaço Vídeo, e ninguém sabia desse filme.
Só agora que veio a sair e na E o Vídeo Levou tem com certeza...

Beijão, guria!

Anônimo disse...

O melhor mesmo é ler os livros do Mike. Eu tinha o "Stupid White Men" e o "Dude, Whhere's My Country?", mas emprestei para a amiga de uma ex que sumiu com meus livros.

Daqui a algum tempo, comprá-los-ei novamente.

Conheço o trabalho dele desde o seriado que ele tinha antes de produzir Bowling for Columbine, que era muito bom: ele entrevistava políticos e pedestres incautos de surpresa passando na rua, tal qual em seus filmes.

O único senão: aquela seqüência do Fahrenheit 9/11 sobre a família negra que hasteava a bandeira todos os dias, tinha membros nas forças armadas em várias gerações e, depois, o Mike estava presente quando deram o aviso à mãe que seu filho morrera no Iraque e o chão dela caiu a ponto de ela ir protestar em Washington...

...Sinceramente, embora eu tenha gostado da historinha porque essa é uma face da história que a mídia corporativa jamais irá apresentar, tudo não passou de uma grande forçação de barra - pura falcatrua.

Basta ter dois neurônios pra saber que, de centenas de rapazes que foram para o Iraque daquela cidade, quantas famílias teriam que ser acompanhadas por câmera, microfone, rebatedor, etc. simultaneamente e durante quantos meses até que aquele dito cujo aparecesse morto? Nem isso foi feito devido ao altíssimo custo de produção, nem o Mike deve ter tido a sorte do milênio de acompanhar exatamente a família do morto "certo". Portanto, acho que aquilo foi uma encenação com uma atriz.

[]'s,
Hélio

Guga Türck disse...

Hélio, não duvido que tenha sido encenação, e mesmo sendo, o que vale é a idéia - isso, inclusive, é estética de diegética fílmica que os estadunidenses usam muito. Mas o cara é conhecido pela sua produção. Ele tem um pessoal é que é fora de série trabalhando nos bastidores - e quem trabalha ou já trabalhou com televisão/cinema, sabe que uma boa equipe de produção faz milagres!

E o seriado dele se chamava TV Nation. Mas teve outro, também, The Awful Truth. Excelentes!

Abração e saudações Tricolores!

Patrick disse...

Tem uma seção no sítio de Michael Moore para rebater as críticas às supostas distorções de fatos no filme: http://www.michaelmoore.com/warroom/f911notes/