O Grêmio como instituição é de negros, brancos, alemães, gaúchos, brasileiros, ricos, pobres, mulatos, sem-terras, latifundiários, homens, mulheres, homossexuais, enfim, de todos.

Recentemente, o Grêmio teve um jogo histórico, contra o Santos, na abertura do Brasileirão, com mais mulheres presentes no estádio do que homens, marcando algo inédito e até mesmo impensável quando se levanta a história do futebol.
O que falar, então, da, se não primeira, mais famosa torcida organizada gay dos clubes brasileiros? A Coligay marcou um período na história do clube em fins da década de 70, início dos anos 80. Lembrando que essa era uma época de Ditadura Militar, mas, mesmo assim, algumas centenas de gremistas desafiavam a intolerância e o preconceito pelo amor ao Grêmio.

No entanto, fomos atrás de repercussões na mídia e em blogs do Tricolor e, de uma certa forma, o que se viu surpreendeu. Afora aqueles que diziam raivosamente que isso era coisa de colorado, ou aqueles que chacotavam o fato de que a torcida do Grêmio é cheia de gays, foi possível perceber uma maioria que questionava qual seria o problema de haver homossexuais na torcida do Grêmio. Houve manifestações, inclusive, de orgulho, exaltando a diversidade que deve ser propagada pela torcida Tricolor para todo o mundo.
Esse tipo de reação vem na esteira de outras atitudes e acontecimentos que vêm ocorrendo com a torcida Tricolor. São faixas de heróis negros da história do Grêmio penduras nas arquibancadas, jogos recheados de mulheres, bandeiras da Palestina... Ou seja, há um clima crescente, diferente, acomentendo a torcida. Embora o ódio contra minorias ainda continue existindo, mas é assim também na sociedade gaúcha, onde o clube Grêmio está inserido, o que apenas refere a normalidade do fato de se ter isso refletido em suas frentes sociais.
Mas o que seria este fenômeno? Aliás, seria um fenômeno? Por que do ódio? Do racismo? Qual o problema da Coligay? Há problemas mesmo?
Pensando nisso, o Boteco Tricolor trouxe 3 convidados para conversar sobre as mais diversas questões relacionadas a esses temas em pouco mais de uma hora de programa gravado. Bolívar de Almeida, livreiro, gremista de longa data, um torcedor com história na ponta da língua, Cláudio, jornalista, negro, que traz lá de décadas passadas a sua relação com o clube, e Célio Golin, militante do movimento gay, se juntam aos 3 fanáticos gremistas que iniciaram o Boteco.
Não perca essa! No ar a partir das 19h, no Alma da Geral.
3 comentários:
Eu escutei todos os botecos, e a qualidade só aumenta, mas esse de hoje deve estar imperdível, e talvez, difícil de ser superado. Parabéns Guga e todos os colaboradores.
É isso ai, Guga! Ótima iniciativa!
Imperdível este Boteco!!!
Abração e sucesso!
Assino embaixo do Rica e do André.
Lindo o texto e essa foto é demais...vou replicar lá no são linhas.
beijo
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