Do blog Crise na ULBRA:
Considerações para a assembléia de hoje
1. Neste período de paralisação, conseguimos um único ganho concreto (apenas parte do salário de setembro).
2. A decisão da justiça do trabalho que determina bloqueio das contas e o pagamento dos salários, tomada antes da paralisação, pode se mostrar pouco efetiva. Os juízes não estão achando as receitas do conglomerado ULBRA nas contas bloqueadas.
3. A ULBRA possui um histórico de não cumprimento de decisões judiciais.
4. O futuro é bastante incerto. O contexto atual indica perda de receita para os próximos anos (por menor que seja, haverá evasão e diminuição da entrada no vestibular).
5. A ULBRA quer ser conhecida como uma instituição de ensino superior ou como um conglomerado de empresas? Atualmente, os esforços estão sendo feitos para consolidar a segunda opção.
6. Considerando que há um déficit mensal de 10 milhões, como a universidade pretende sair do atoleiro sem atrasar os salários?
7. O projeto de recuperação da instituição divulgado é muito genérico. A TV, de caráter comercial (deficitária?), continuará nos planos? A rede de hospitais (deficitários?), será mantida? E as outras operações desvinculadas da atividade educacional? E o futebol profissional? E o museu do automóvel, continuará recebendo carros raros e caros?
8. A universidade manterá a filantropia? Caso contrário, como irá sobreviver?
9. Fato objetivo -> O núcleo de poder que conduziu a ULBRA para a crise continua e continuará mandando na universidade.
10. Considerando o histórico de promessas não cumpridas, como confiar nas declarações dos atuais dirigentes da universidade?
11. Estamos chegando no final do semestre. Vamos voltar agora para paralisar de novo nas férias?
12. Se nunca prezaram pelo respeito aos professores e funcionários, e se nunca houve transparência na instituição, é possível que os administradores mudem de atitude a partir de agora?
13. E as multas pelos atrasos salariais?
14. Prometeram a regularização dos salários de outubro para esta semana. Quem acredita?
15. O que mudou, de fato?
Um comentário:
Os problemas continuarão na ULBRA por uma razão muito simples. A Celsp evitou uma decisão certa da justiça que iria afastar o reitor. Com a pressão sobre a Celpe e a renúncia do reitor a entidade manteve o controle sobre a ULBRA. O reitor antigo continua na Celsp, bem como o presidente atual que tudo fez para manter o reitor. A questão é clara, o Becker sai da Ulbra, mas se mantem na Celsp que é a mantenedora e, com certeza, evidará todos os esforços no sentido de bloquear qualquer projeto mais "ousado" da nova reitoria. Para acreditarmos em mudanças verdadeiras, há necessidade de reestruturação da mantenedora, caso contrário as mesmas forças que mantiveram o reitor por mais de 40 anos na Ulbra continuarão decidindo sob as ordens do clã dos Becker.
Simples, não?
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