terça-feira, 23 de junho de 2009

Assassinos econômicos:como se dá a dominação capitalista no mundo





- via Diário Gauche

2 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Esse cara, o John Perkins, é muito esperto. Ele tá levantando uma grana da pesada. Ele está muito rico. Ele conseguiu descobrir um nicho de mercado simplesmente fantástico. Ele tem livros publicados, videos no youtube e no início do ano ele foi a Belem no FSM. A questão é saber se tudo o que ele diz, porque ele é e assume o seu próprio personagem "economic hitman" é obra da realidade ou da ficção.
E estão utilizando esse vídeo para retirar o caráter espontâneo e legítimo das manifestações do Irã. Alguém aqui é contra as manifestações da juventude ocidentalizada e ciosa de consumo do Irã?

Hélio Sassen Paz disse...

Guga,

Baixei e assisti aos dois Zeitgeist. Como sou contra toda forma de tradição, mito, crendice e evangelização institucionalizada (inclusive de esquerda), considerei esse documentário um marco.

No entanto, a 2ª parte já entra em uma seara da qual discordo: o cara quer vender um ideal chamado The Venus Project ligado ao conceito Zeitgeist que, no fundo, não é horizontalizado, libertário e sustentável assim.

Um mundo sem capital e sem religião seria muito menos violento. Porém, receio de que a sociedade talvez não evolua o suficiente em termos de descobertas, de sustentabilidade, de empreendedorismo e de responsabilidade social (uso esses termos não no sentido do marketing dos assassinos econômicos mas, sim, no de um verdadeiro desenvolvimento).

Talvez (eu digo talvez) a necessidade da competitividade seja um mito. Porém, acho difícil haver esforço, interesse, rapidez e comprometimento em solucionar problemas e em produzir ciência e conhecimento.

Certamente haveria a tranquilidade necessária para a vida ser menos corrida, mais duradoura e muito mais saudável. Certamente a arte e o esporte tornar-se-iam prioridades. Porém, será que haveria prazer na realização de atividades mecânicas?!

O comunismo e o capitalismo não dão conta de um mundo harmônico e igualitário. A ditadura, a monarquia e a democracia representativa também não. Porém, o modelo que o cara propõe no filme infelizmente é incompleto e - pior - demonstra um interesse muito mais pessoal do que coletivo de parte do idealizador.

Isso rende um post. Mas tô bem desanimado com o blog e também com o fato da militância de esquerda predominantemente cometer os mesmos erros da direita, só que às avessas: valorizar a política partidária ao invés de propor mudar o sistema representativo é muito taylorista-fordista.

[]'s,
Hélio