quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Bilhões para resgatar especuladores de bolsa, apostadores do cassino capitalista. E para os outros?

O grande engodo da humanidade moderna, embebida no licor da burrice capitalista se chama Bolsa de Valores. Um cassino virtual em que brota-se dinheiro do nada, em que empresas sem lastro, de escritório e microcomputador, tornam-se "insitutições de capital aberto" valendo milhões, bilhões, em virtude de uma marca. Quando o homem resolveu em determinado momento da história atribuir valor a abstrações, ali começou a derrocada da economia fundada na realidade. A recessão é o sangue do capital.
Aqueles que perdem sempre são os outros - nunca os atores.
Aliás, quem são esses atores?
Nunca aparecem, não têm rosto, escondem-se atrás do... mercado!
A bolsa caiu porque o mercado está de mau-humor. Subiu porque o mercado vê com bons olhos as medidas do governo. E assim por diante.
Mas que mercado?! O Walter?!
Dar sentimentos a seres inanimados chama-se fábula.
É isso que é o capitalismo, uma grande fábula, onde tudo é de mentirinha. E as pessoas são hipnotizadas diariamente com argumentações vazias, esdrúxulas, que perambulam de um lado a outro ao bel prazer do... mercado!
"O Estado tem que ser mínimo, o mercado - de novo ele - tem que se auto-regular" - dizem. E no primeiro baque - na realidade golpe -, lá vai o Estado salvar o tal do mercado que se auto-regula.
"As empresas têm que ser autônomas, com gestão própria, e o Estado deve apenas administrar os recursos provenientes da captação de impostos, cuidando de educação, saúde e segurança" - e lá vai, de novo, o Estado arcar com os prejuízos da má administração dessas empresas.
Um grande banco quebra e... Foda-se! Não era isso que queriam??? Quebrou, foi mal administrado e os seus donos e diretores que arquem com as conseqüências! Mas não...
A mão invisível do Estado nunca foi tão visível, até porque a idéia de separação entre o privado e o público é fictícia. Tudo, no capitalismo, é privado. Tudo, inclusive o Estado. E isso está claro como nunca foi, até chegar o dia em que eles invadirão nossas casas e tomarão nossas posses, confiscando nossos bens em nome da economia e estabilidade pública.
Irônico, não?

Leia texto do RS Urgente, clique aqui.

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