Caracas - A televisão estatal venezuelana divulgou ontem novas gravações telefônicas em que militares da ativa e da reserva falam sobre tirar do ar os meios de comunicação estatal. Esses militares são suspeitos de tramar um plano para derrubar o presidente Hugo Chávez. "Não haverá eleições, essas eleições (as regionais, de 23 de novembro) nós adiaremos", diz também um dos militares suspeitos.
Em outra gravação, uma voz identificada como do general Wilfredo Barroso Herrera, ex-chefe do Estado Maior da Guarda Nacional, diz que quanto às comunicações do governo, "é preciso destruí-las", mas quanto às privadas, é preciso preservá-las, aparentemente para divulgar suas mensagens.
Não foram divulgadas nem a procedência nem as datas das gravações. Os venezuelanos estão bastante divididos entre os que acreditam que os radicais, respaldados pelos Estados Unidos, conspiram para assassinar o presidente, como afirma o governo, e os que rechaçam essa versão.
Até agora foram detidos cinco pessoas acusadas de envolvimento no plano, incluindo militares da ativa e da reserva. Promotores militares interrogam outros suspeitos no caso.
(AE-AP)
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