terça-feira, 10 de março de 2009

O "interessante" comportamento dos jornalistas da RBS em Candiota

Entre as várias coisas que ocorreram e que nos pusemos a observar, uma das mais interessantes foi o comportamento dos funcionários da maior "empresa de comunicação" do sul do Brasil.
A equipe da Catarse, o fotógrafo Eduardo Seidl e o repórter da Folha de São Paulo (sim!) estiveram praticamente 100% do tempo, até às 20h, ao lado da marcha, registrando, anotando depoimentos e lapidando a informação.
Durante o corte das árvores, ainda apareceu uma equipe do SBT, outra da Record apareceu já na fase de acampamento da ação.
Não vi os cinegrafistas da RBS, mas nos foi contado que eles apareceram rapidamente e fizeram algumas imagens, indo embora logo em seguida.
Depois disso, quando a marcha começou a tomar forma, já com a presença da Brigada Militar, surgiu um carro amarelo que acompanhava de longe o deslocamento, sempre muito perto dos policiais.
Quando da parada para descanso, eis que surge o fotógrafo, sem identificação nenhuma. Ele se aproximou do nosso grupo que estava à margem da estrada e começou a registrar a parada da marcha para o descanso.
"Hmmmm. Muito estranho eles pararem aqui, justamente onde estão os laboratórios da Votorantin, aí tem coisa" - especulou. "Até que eles estão mansinhos desta vez, hein?" - observou. "Quando fui cobrir lá em Rosário do Sul, depois que apedrejaram o ginásio que eles estavam, me chamaram pra fotografar os buracos no teto e as pedras no chão. Entrei lá e estavam todos eles deitadinhos em barracas, com colchão de ar, aparelho de DVD..." - mentiu.
Mais um tempo e ele retornou à guarida do carro amarelo, bem à frente da marcha.
Fomos vê-los, novamente, só lá na parada final. Estavam lá, juntamente com os brigadianos, o fotógrafo e um "repórter" com bloquinho no bolso de trás da calça.
Enquanto nós nos misturávamos com os integrantes da marcha (o repórter da Folha também!), o "repórter" do bloquinho caminhava em direção ao acampamento, chegava na metade do caminho, espichava o olho e voltava. Nunca chegava perto sequer pra identificar a fisionomia de qualquer pessoa que ali estivesse. Permaneceram por um bom tempo ao lado dos brigadianos, parecendo membros da mesma trupe, da mesma gangue.
Quando fomos embora, eles também já haviam saído.
Pela manhã, com o bicho pegando no acampamento e com apenas um jornalista no local (o da Catarse) para registrar os incidentes, mais coisas interessantes aconteceram. Na hora que os efetivos da Brigada começaram a chegar em peso, daí, então, que apareceram os "repórteres" da RBS - como se estivessem juntos.
Em seguida, em meio às ações dos policiais, nosso equipamento foi apreendido e o jornalista da Catarse impedido de trabalhar. Já na delegacia, na tentativa de se reaver a câmera e o material registrado, presencia-se uma pessoa chegando esfregando as mãos: "Que beleza! Mais um showzinho hoje!" - dizia exultante para os comandantes presentes no local.
Quem era essa pessoa???
Sim, um "repórter" da Rede Bunda Suja...

Isto foi um mero relato com algumas adjetivações, mas sem opinião.
Tirem suas próprias conclusões.

5 comentários:

Cristiano Muniz disse...

O Ungaretti, jornalista veterano e professor na Fabico, sempre denuncia em suas aulas esse tipo de comportamento por parte de repórteres e fotógrafos da RBS. Inclusive o sujeito conhecido como Fotonaldo processou o professor...

Aliás, o Salve o pampa está de volta à ativa. Post sobre o movimento das campesinas: http://salveopampa.blogspot.com/2009/03/o-poder-teme-as-mascaras.html

Abraço!

Anônimo disse...

Guga,

Se não gravar voz, imagem e foto escondida e se não derem nomes aos bois, ninguém vai fazer nem cosquinha na Bunda Suja.

Se eu tivesse acesso a esse tipo de gente, denunciaria.

[]'s,
Hélio

Jean Scharlau disse...

Rede Bunda Suja? Hummm... Vai ver é por isso que querem tanto papel.

Anônimo disse...

E o equipamento foi recuperado? Fiquei preocupada.

Anônimo disse...

Este é o tipo de jornalista bundinha quem tem a cara da elite gaucha que é covarde e mentirosa.E esta bem representa por esta empresa de comunicação racista,irresponsavel,e feita de bundas sujas.